“... Porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Josué 24: 15b). Quem está
orando fielmente por sua família? Olhando para as famílias de hoje, vemos o
quão distante estamos das promessas do Senhor em relação a nossa família, esse
projeto maravilhoso de Deus.
Quem esta orando pelo seu pai, mãe, irmã,
irmão, primo, prima, ou pelos avós não salvos? Orar por nossos queridos deveria
ser da maior importância em nossas vidas. Afinal, a responsabilidade por este
tipo de oração recai sobre aqueles que têm acesso ao ouvido de Deus, que estão
suficientemente próximos dEle para fazer um pedido. Agora, se este alguém não é
você, então quem é? Quem há de orar fervorosamente pela salvação da sua
família, se você não o faz? “Mas, se alguém não cuida dos seus, e
principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior que o incrédulo” (1
Timóteo 5: 8).
“Eu e
a minha casa servimos ao senhor”. Que
casa é esta? Uma casa feita de cimento, de tijolos, de areia e ferro? Não! Esta
casa é a nossa família, nossos entes queridos! Nossa preciosa herança
emprestada por Deus aqui neste mundo por um breve período.
Muitos constroem magníficas casas, mas
não possuem um lar. Casa coloridas, com fachadas e arquitetura moderna, mas,
interiormente são verdadeiras jaulas de feras, onde os familiares se “mordem”,
se devoram, se maltratam, se odeiam! Por trás da fachada bonita, se esconde a
discussão, as brigas, lamentações e tristeza. Chega
uma hora que as circunstâncias da vida vão além da esperança humana. Não há
conselho, nem médico, remédio, ou qualquer outra coisa que possa ajudar. A
situação torna-se impossível. E requer um milagre, senão tudo acabará em
devastação, a casa vai cair. “Bem vi eu o tolo lançar raízes, mas de
repente a sua casa foi amaldiçoada” (Jó 5: 3).
Quantas famílias estão vivendo debaixo da
maldição do pecado! Brigas, discussões, álcool, drogas, traições, roubo,
assassinatos, divórcios e prostituição. Em tais momentos, a única esperança que
resta é que alguém se aproxime de Jesus. Alguém precisa ganhar o seu ouvido,
sua atenção. Não importa quem seja o pai, a mãe ou o filho. Esta pessoa precisa
tomar a responsabilidade de se apropriar de Jesus. E precisa resolver que: “Não
vou sair daqui enquanto não escutar a voz do Senhor”. Ele precisa me dizer: “Eu
vou cuidar da sua família”.
No
evangelho de João, encontramos uma família que estava com este tipo de crise. “Ora,
havia um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum” (João 4: 46).
Esta era uma família distinta, talvez até nobre. Um espírito de morte pairava
sobre o lar, enquanto os pais cuidavam do filho moribundo. Poderia haver outros
membros da família na casa, talvez tias e tios, ou avós, ou outros filhos. As
escrituras dizem que toda a casa creu, incluindo os empregados.
“... e ele creu (o pai) com toda sua casa” (João 4: 53).
Alguém naquela casa infelicitada sabia
quem era Jesus, e tinha ouvido sobre o seu poder milagroso. E de alguma forma
chegou à notícia de que Cristo estava em Caná; a uns quarenta quilômetros de
distância. Desesperado, o pai tomou sobre si o encargo de aproximar-se do
Senhor. As escrituras dizem: “Tendo ouvido dizer que Jesus viera da
Judéia para a Galileia, foi ter com ele...” (João 4: 47).
Quantas mães estão chorando por ver suas
famílias devastadas. Maridos que abandonara a família, ou o filhos que estão nas
drogas ou prisão, a filha que se tornara prostituta para sustentar o vício de
drogas. Muitas vezes, a mãe é a última esperança que a família tem para se
aproximar de Jesus. Então ela assume a responsabilidade da intercessão. E se
determina a orar até que o Senhor traga libertação. Ela conclama outros a orar
com ela, dizendo: “Não há mais esperança. Precisamos de um milagre”.
Louvado seja Deus pelos pais determinados em oração! O pai perseverante de João 4 tinha este
tipo de determinação, e conseguiu aproximar-se de Jesus. A Bíblia diz que ele “lhe
rogou que descesse para curar seu filho, que estava à morte” (João 4: 47).
Que quadro maravilhoso de intercessão. Este homem deixou tudo de lado, e buscou
ao Senhor para que lhe desse uma palavra.
No entanto Cristo lhe respondeu: “Se,
porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis” (João 4: 48).
O que Jesus quis dizer com isto? Ele estava dizendo ao oficial que uma
libertação milagrosa não era a sua necessidade mais premente. Na verdade, a
questão número um era a fé deste homem. Pense sobre isto: Cristo poderia ter
entrado na casa daquela família, imposto as mãos sobre o filho moribundo e o
curado. Mas assim, tudo que a família saberia a respeito de Jesus era que
operava milagres.
Cristo desejava mais para este homem e sua
família. Queria que cressem que Ele era Deus encarnado. Por isto, disse
basicamente isso ao oficial: “Você crê
que é para Deus que você está suplicando para resolver esta necessidade? Você
crê que sou o Cristo, o Salvador do mundo?”. O oficial respondeu: “Senhor,
desce, antes que meu filho morra” (João 4: 49). Neste momento, Jesus
deve ter visto fé neste homem. É como se Jesus dissesse: “Ele crê que sou Deus em forma humana”. Porque logo em seguida
lemos: “Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive” (João 4: 50).
Infelizmente, muitos crentes seguem seu
caminho antes de ouvirem Jesus. Mas este homem voltou à sua casa em fé. Qual
foi a diferença? A diferença é que ele havia recebido uma palavra do Senhor.
Buscara a Deus e esperara nEle em fé. E estava decidido a não ir embora até que
recebesse uma promessa de vida. “O homem creu na palavra de Jesus e partiu”
(João 4: 50).
Há! Se todo pai, mães e filhos crescem em
Jesus. Quantas mortes e tragédias seriam evitadas, temos acompanhado os noticiários com muita tristeza
a morte de 238 jovens em uma boate em nosso país, quantas famílias enlutadas.
Quantos lares desfeitos. O profeta Isaías deveria estar pensando em lares
desfeitos quando disse, "Preparai a matança para os filhos por
causa da maldade de seus pais" (Isaías 14: 21).
Milhares de casa estão em ruínas
incineradas pelo pecado. Pais se separando, estão provocando uma incrível ira
nos seus filhos. Muitas famílias crentes foram
arruinadas pelo caos, tristeza e dor. E a devastação demoníaca chegou de muitas
formas: através do divórcio, de filhos rebeldes, de vícios de todas as
espécies. Entretanto o resultado é sempre o mesmo: uma família antes feliz é
desintegrada, devorada em volta das cinzas e escombros. Como recomeçar
novamente? Aonde encontrar forças para prosseguir? Somente em Cristo Jesus e na
sua fiel Palavra!
Uma mãe com a sua filha enferma persistiu em buscar
a Jesus. Finalmente, os discípulos instaram com o Mestre: “Senhor, mande-a embora; livre-se
dela. Ela não pára de nos perturbar”. Observe a reação de Jesus às súplicas da
mulher: “Ele, porém, não lhe respondeu palavra” (Mateus 15: 23).
Evidentemente, Ele estava ignorando toda a situação. Por que faria isto?
Sabemos que nosso Senhor nunca se fez de surdo diante do clamor de qualquer
pessoa que O buscasse com sinceridade.
A
verdade é que Jesus sabia que a história desta mulher seria contada às gerações
futuras. Eu e você temos acesso a ela neste momento. Jesus queria revelar uma
verdade a todos que viessem a ouvi-la. Por isso, testou a tenacidade da fé
daquela mulher. Quando finalmente se dirigiu a ela, disse: “Não
fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 15: 24).
Em outras palavras, estava dizendo: “Vim
trazer salvação aos judeus. Por que deveria desperdiçar o evangelho deles com
uma gentia?”.
Para
a maioria de nós, uma declaração como esta teria sido motivo suficiente para
darmos meia volta e voltar para casa. Mas aquela mulher não se moveu; a
situação da sua filha era uma questão de vida ou morte para ela. E ela não ia
dar descanso a Jesus até que Ele lhe desse a resposta de que precisava. “Olha pelo governo da sua casa, e não come o pão da
preguiça”. (Provérbios 31: 27).
Amado! Quantas vezes você já desistiu de orar? Quantas vezes, você se
cansou e raciocinou: “Já busquei ao
Senhor. Tenho orado e suplicado. Mas simplesmente não recebo respostas”? Bem,
era uma questão de vida ou morte para você? Você realmente buscou ao Senhor com
todo o seu coração, toda sua alma, seu entendimento e sua força, sabendo que
não havia outra solução?
Veja
como esta mulher respondeu. Não foi com uma queixa ou um dedo de acusação,
dizendo: “Por que estás me negando isso,
Jesus?”. Não, as escrituras dizem exatamente o contrário: “Ela,
porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre- me!” (Mateus 15: 25).
O que vem depois é difícil de entender. Uma
vez mais, Jesus rechaçou a mulher. Só que desta vez sua resposta foi ainda mais
ríspida. “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” (Mateus 15:
26).
É importante que se entenda que os judeus
religiosos daquela época consideravam os gentios menos que cachorros aos olhos
de Deus. É claro que Jesus não aceitava isto; Ele jamais daria uma conotação de
inferioridade racial a qualquer das criaturas do Pai Criador. Mas Ele sabia que
esta mulher estava consciente da atitude dos judeus em relação aos gentios. E,
uma vez mais, Ele a estava provando.
Agora
aquela mãe lhe responde: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem
das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mateus 15: 27). Que
resposta incrível! Esta mulher tão determinada não pretendia abandonar sua
busca intensa por Jesus; e o Senhor a elogiou por isto. Ele lhe disse: “Ó
mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele
momento, sua filha ficou sã...” (Mateus 15: 28).
Amado,
não devemos nos contentar com migalhas. As migalhas do divórcio, das drogas, do
álcool, do materialismo desenfreado. Quantas famílias vivem hoje de migalhas,
embora armazenam, depositam, acumulam, se esquecem da igreja e de tudo mais, é só diversão e ambição ao dinheiro, mais, muito mais, não sabendo que muitas vezes estão a
margem da eternidade! “... Põe a tua casa em ordem, porque
morrerás e não viverás” (2 Reis 20: 1).
A promessa é que temos toda a graça e
misericórdia de que precisamos para as nossas crises. E isto inclui as crises
que envolvem nossas famílias, tanto as pessoas salvas como as não salvas. Somos
convidados a chegar com ousadia ao trono de Cristo, com confiança. E devemos
apresentar a Ele todas as necessidades, tanto as relativas a um pai incrédulo,
quanto a um filho rebelde. Pode ser que não vejamos todos os nossos queridos
acertarem-se com o Senhor, ou darem uma virada na vida. Mas podemos levantar
grandes muralhas ao seu redor, a fim de interromper sua trajetória rumo ao
inferno. Podemos orar para que haja convencimento (da parte de Deus) sobre
eles, e pela oração levantar muros de proteção ao seu redor. Também podemos
orar para que pessoas cheguem às suas vidas para testemunhar a eles. “No
temor do Senhor há firme confiança, e será um refugio seguro para os seus
filhos” (Provérbios 14: 26).
Se
você esta lendo esta mensagem é porque alguém derramou o suor espiritual por
mim, quantas lagrimas as servas de Deus derramaram diante do trono da graça! Minha
mãe e minha avó oraram incansavelmente para que eu pudesse sair das migalhas
das drogas, do álcool, da mentira e do charco de lodo do diabo. Aceitei a Jesus
aos dezoito anos, e hoje aprendi a levantar muralhas, para os meus familiares e
todos aqueles que me cercam. Você quer levantar muralha aos redor dos seus queridos? Comece
crendo nas promessas de Deus, é nessa muralha que devemos nos proteger. “...
Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16: 31).
Qual
é o lar ideal? A resposta é: um lar cheio de fé! Fé em Jesus Cristo como
alicerce. É o lar feliz ao serviço do Senhor. É o lar onde existe a esperança.
E Cristo reina e domina. É o lar onde existe a luz da Palavra de Deus, onde os
familiares se amam e se entendem. Que tipo de lar é o seu? Pastor Elias Fortes
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