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sábado, 27 de dezembro de 2014

OS QUE ESTÃO NOS SEPULCROS OUVIRÃO A SUA VOZ E SAIRÃO.

É muito comum nos dias atuais, ouvirmos: “Quando eu morrer tudo estará acabado”. “Porque não morro logo”. Será a morte a solução final para os nossos problemas? Através dessa mensagem você descobrirá que a morte será o pior pesadelo para milhares de almas impenitentes. E será o inicio de grande alegria para aqueles que viveram e morreram em Cristo.
     Deus fez o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. Quando o vento cessa, o pó cai em casa, na rua, no hospital. O homem te uma caminhada transitória neste mundo. Nossa vida aqui é como a neblina que logo se dissipa. “Ora, não sabeis o que acontecerá amanhã. O que é a vossa vida? È um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece”. (Tiago 4: 14). Portanto! É insensatez confiar no braço da carne. Não podemos colocar nosso refugio naquele que é pó. Maldito é o homem que confia no homem. Jamais podemos confiar em nossa força ou sabedoria. Mas, em Deus; pois, em todas as épocas o homem tem ouvido esta sentença: “... porque tu és pó e ao pó tornarás”. (Genesis 3: 19).
      Desde que o pecado entrou no mundo e a morte pelo pecado, esta terra tem sido um vasto cemitério para seus filhos. Um exército muito extenso: crianças que apenas mal conheceram nosso mundo e depois partiram para um mundo desconhecido; a mocidade esbanjando saúde, no auge do vigor físico, a meia- idade com toda a sua experiência de vida, os idoso que tiveram uma jornada longa na vida; meu Deus. Que vasta e surpreendente multidão!
      Não há nenhum ser humano poderoso, autossuficiente, capaz de ficar de pé estribado no bordão da autoconfiança. A Bíblia diz que Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.  Um após o outro, em rápida sucessão estão caindo, naquele lugar designado a todos que vivem. Sim! Em algumas horas fatais, pelas armas, por um acidente de carro, por desastres naturais, por uma enfermidade. Milhares de vidas, que tiveram o fio da vida cortado e foram imediatamente limpos e deixados em enorme e promiscua mortandade. “Pois ele conhece a nossa estrutura, e se lembra de que somos pó”. (Salmos 103: 14).
      “Quando a morte chegar, tudo estará acabado”. Que terrível engano! Jesus Cristo alertou: “Vem à hora em que todos os que estão nos sepulcros”, sem exceção, “ouvirão a sua voz [do Filho de Deus], e {...} sairão”. (João 5: 28, 29).
      “... Sairão...”. Diz as Escrituras, para propósitos diferentes: uns para: “a ressurreição da vida”; e outros para: “A ressurreição da condenação”.
1) A RESSUREIÇÃO DA CONDENAÇÃO:
Quão terrível será para aqueles que achavam que a morte selaria o fim de todas as coisas. Naquele terrível dia irão descobri que sairão para a condenação, pois fizeram o mal.
      Quando o som da trombeta tocar, multidões são chamadas dos sepulcros para comparecer diante do tribunal, e tiradas da prisão por guardas angelicais para sofrer o ultimo julgamento. Que terror será o som desta trombeta para os impenitentes. Agora eles veem aquele tremendo dia do qual foram avisados em vão, e estremecem diante dos terrores dos quais fizeram pouco caso. “Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que depois de matar tem poder para lançar no inferno. Sim, digo- vos, a esse temei”. (Lucas 12: 5).
      Ao som da trombeta a alma torna ao corpo que outrora era um templo de prazeres, alegrias momentâneas, onde cultuava os vícios, o sexo e a violência. Os olhos que contemplaram a beleza da natureza, ouvidos que se deliciaram a harmonia dos sons, bocas que degustaram as delicias da culinária, línguas que foram usadas para escárnio, queixas, blasfêmia e palavras torpes. Os pés que outrora andavam nos caminhos floridos do pecado. Mas, que agora encontram- se no maior terror e agonia. O corpo que outrora era instrumento de prazer, agora torna- se um instrumento de castigo, pois nunca continha os membros de serem os instrumentos da justiça. Os joelhos não se dobraram diante do trono da graça. Não deram ouvido aos verdadeiros Atalaias do Senhor, antes tiveram prazer e coceiras nos ouvidos, seguindo as palavras de paz, prosperidade e felicidade dos falsos mestres e falsos profetas, blasfemando do caminho da verdade e zombando da vinda de Cristo:  “... Onde esta a promessa da sua vinda? Desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o principio da criação”. (2 Pedro 3: 4).
      Os olhos foram fechados e ouvidos surdos ao chamamento do Evangelho. Agora com o novo corpo miserável, comparece diante do juiz de toda terra, o corpo sai do sepulcro para se juntar a alma novamente, para estar diante do juiz para ouvir a sentença: “Aparta- te de mim maldito”. (Mateus 25: 41).
       Agora com todos os sentidos aguçados (O rico reconheceu Abraão que havia morrido 700 anos antes. Lucas 16: 23), vê com horror o trono ardente a face carrancuda do justo juiz. Em sua mente vêm as lembranças de quantas oportunidades de salvação que ele rejeitou, e desprezou a tão grande salvação. “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi- nos depois confirmada pelos que a ouviram”. (Hebreus 2: 3). Com a visão, audição, olfato, tato e paladar funcionando 100%, o corpo é ressuscitado, e será agora a sua eterna prisão, lhe é ordenado a se juntar com o ladrão que estava à esquerda de Jesus, junto outros criminosos trêmulos para encarar os olhos em chamas de Jesus que pede para o impenitente se aparte da sua santa presença e se junte com o diabo e seus demônios. Naquele terrível dia. A alma miserável tomara posse da estrutura preparada para o fogo eterno.
      Hoje é o dia aceitável, a porta da graça esta escancarada para aqueles que quiseram ter uma ressurreição para a vida eterna.  Sim! Hoje é o dia de acordar, da falsa segurança e preparar- se para a morte e o julgamento, pois: “Todavia, o homem, que apesar das suas riquezas, não permanece; antes, é como os animais que perecem”. (Salmos 49: 12). Não desperdice o seu tempo com coisas vãs, leve a sério a tua vida e a tua morte em Cristo. Pois, no toque da trombeta, seu corpo ressuscitará ou para a condenação eterna ou para vida eterna. Quando o Juiz Todo- poderoso pronunciar a sentença, ela é imediatamente executada. “Estes irão para o castigo eterno”. Os demônios os arrastam para o inferno, e os empurram com força para baixo. Lá, eles são confinados em cadeias de trevas, e num lago que queima com fogo e enxofre, para sempre! “Onde o seu verme não morre, e o fogo nunca se apaga. Cada um será salgado com fogo”. (Marcos 9: 48, 49).
     Os que fizeram o mal. Sim! Os que desprezaram a Cristo e o seu Evangelho, estarão conscientes que são culpados, trêmulos ouvirá do Juiz Supremo, na majestade severa e justiça inexorável, troveja a sentença terrível: “Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”. (Mateus 25: 41). Esse será o terrível destino de todos os que praticam a impiedade. O mundo está morrendo à sua volta, enquanto milhares de almas impenitentes estão totalmente despreparados para eternidade. Melhor é obedecer a gentil chamada do Evangelho, do que ouvir o terrível alarme da ultima trombeta!
2) RESSURREIÇÃO PARA VIDA ETERNA.
      Esta chegando o grande dia em que os que estão nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus que significa o som da trombeta. Esta chamada despertará os inquilinos dos sepulcros. Os que ressuscitam para ressurreição da vida sairão dos sepulcros e terão os seus corpos incorruptíveis. “Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a ultima trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1 Coríntios 15: 51, 52).
      Antes que os vivos sejam arrebatados nas nuvens para o encontro do Senhor nos ares. Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro e os vivos serão transformados, são todos aqueles que estão: “Aguardando a bem- aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. (Tito 2: 15).
      Naquele grande dia! Nosso Deus onisciente coletará, distinguirá e ira compor átomo a seu átomo, osso a seu osso, ao som da trombeta, serão coletados onde quer que tenham sido espalhados. Haverá um tremendo barulho nos sepulcros, um grande exército se levantará ao som da trombeta: “Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Fazei entrar em vós o espírito, e vivereis”. (Ezequiel 37: 5).
      O corpo glorificado de Cristo será o padrão segundo o qual nosso corpo será formado. “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”. (Filipenses 3: 20, 21). Glória ao nosso Deus. O corpo dos santos será glorioso, incorruptível, sem as sementes da doença e da morte, pois, o seu pó e o meu serão reanimados e organizados. “Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus”. (Jó 19: 25. 26).
      O corpo será substancialmente o mesmo; mas muito diferente em qualidade, em força, em agilidade, em capacidade ao prazer, em beleza, em glória. “Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia- se o corpo em corrupção, é ressuscitado em incorrupção. Semeia- se em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia- se em fraqueza, é ressuscitado em poder. E agora digo isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Pois convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade”. (1 Coríntios 15: 42, 43, 50, 53).
      Ao toque da trombeta, o espírito do justo dará as boas- vindas a seu antigo companheiro do longo sono no pó. Sim! O corpo que outrora sentiu dor, perseguições, escárnio, falsas acusações, enfermidades, tragédias e tristezas. Mas, agora todas as suas faculdades transbordam de felicidade. Conhecerão a todos e serão conhecidos. Nesse corpo glorioso multidões de santos. “a qual ninguém pode contar”. (Apocalipse 7: 9). Criaturas ilustres formadas do pó que agora tiveram os seus corpos ressuscitados para a gloriosa ressurreição da vida. Que dia glorioso será, o dia em que o Senhor e Salvador Jesus Cristo dará as boas- vindas: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. (Mateus 25: 34).
     Jamais temerão nem sentirão o menor toque de tristeza, dor ou qualquer tipo de miséria, mas serão tão felizes, na gloriosa companhia dos anjos; veem o Salvador, a quem, não vendo, amavam; habitam em intimidade eterna com o Pai dos espíritos; servem- se de delicias sempre novas e crescentes nos sublimes serviços do santuário divino, eles “resplandecerão como resplendor do firmamento, [...] como as estrelas, sempre e eternamente”. (Daniel 12: 3).
     O corpo que outrora era frágil e mortal, no qual estava encarcerado e enfraquecido, outrora sua tentação, maculado com as sementes do pecado, agora seu assistente e sócio nos assuntos do céu, agora vigoroso, incorruptível e imortal, agora livre de todas as misturas corruptas e brilhando em toda a beleza da santidade perfeita. Naquele dia glorioso, os santos irão glorificar a Deus por cada oração feita naquele corpo que outrora era mortal, os momentos em que meditaram na Palavra, nas perseguições por amor a Cristo, no carregar a cruz, nos momentos que adoraram a Deus em Espírito e em verdade. Quanto se regozijará ao reentrar na sua antiga habitação, agora tão inteiramente restaurada e altamente aperfeiçoada. “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”. (1 Coríntios 2: 9).
     Quando aquele dia chegar, as multidões adormecidas sairão dos sepulcros. “Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”.  Louvado seja Deus, por que hoje nós temos um advogado! “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, porém, alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. (1 João 2: 1).
    Amigo! No toque da trombeta, teu corpo ressuscitará para a ressurreição da vida ou para a ressurreição da condenação? O Juiz Todo- poderoso será seu amigo ou será o seu inimigo? Pastor Elias Fortes.

    
  


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DEIXO- VOZ A PAZ, A MINHA PAZ VOS DOU.

Milhões de reais são gastos todos os anos com calmantes. A marca desta geração é o stress, as pessoas vivem atormentadas pelo medo, magoa, pela desesperança e ansiedade. A depressão é um problema de saúde publica, é o mal do século 21.
     Somos mais de 7 bilhões de habitantes no planeta. Os grandes centros urbanos parecem formigueiros. Multidões se acotovelam todos os dias nas ruas, nos metros, nos diversos transportes coletivos, mas são rostos sem nome. Vivem no anonimato. Essas multidões são como ovelhas sem pastor. Andam inquietas e desassossegadas. A Bíblia alerta! “A ansiedade do coração do homem o abate...”. (Provérbios 12: 25a).
     Embora estejamos vivendo na era da tecnologia, onde milhões de pessoas tem acesso às redes sociais, com tantos “amigos virtuais” e acesso a tantas informações, milhares as pessoas estão vivendo um vazio existencial. Vivem perturbadas, porque a consciência esta atormentada pela culpa do pecado. Essas pessoas não possuem o calmante para alma. “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele dá aos seus amados o sono”. (Salmos 12: 2).
     Deitam, mas não dormem seguras. Rolam na cama, mas não conciliam o sono. Sabemos que hoje há profissionais nesta área que tem ajudado a muitas pessoas, é importante buscar ajuda especializada. O melhor remédio para a alma é experimentar a paz de Deus. A paz de Deus é o resultado da paz com Deus. “Em paz me deitarei e dormirei, pois só tu, ó Senhor, me fazes habitar em segurança”. (Salmos 4: 8).
     É possível encontrar paz em meio a tantas tragédias, calamidades e desespero?  Como é possível ter paz diante de tantas noticias ruim da corrupção, do descaso e injustiça? Jesus prometeu: “Deixo- vos a paz, a minha paz vos dou. Não vo- la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14: 27).
     Quando temos a experiência do perdão dos nossos pecados e quando trilhamos o caminho da santidade, então sentimos uma doce paz na alma, a paz de Deus. “O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoa o seu povo com a paz”. (Salmos 29: 11).
     Somente a paz de Deus remove a ansiedade. Quando a paz de Deus realmente esta conosco sentimos a nossa mente e o nosso coração sendo vigiado, a paz é a sentinela do coração e da mente. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e a vossas mentes em Cristo Jesus”. (Filipenses 4: 7).
     Essa paz não é humana, mas divina; não é limitada pelas circunstâncias, mas excede todo entendimento. Coexiste com a dor, é temperada com as lágrimas e triunfa mesmo nas circunstancia mais amargas da vida. Como essa paz faz falta, milhares de pessoas estão sofrendo angustias profundas por não possuírem essa paz, esse calmante da alma. Esse remédio esta a nossa disposição, mas, infelizmente são poucos os que fazem uso dele. “Muita paz tem os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço”. (Salmos 116: 165).
    Ao rejeitar a palavra de Deus, o homem troca a paz pela ansiedade, e a ansiedade é a mãe das neoroses, e a doença do século 21, não há tecnologia que possa produzir paz, apenas conforto físico e diversão. A ansiedade é prejudicial, pois nos rouba a energia do presente em vez de nos capacitar a enfrentar os problemas futuros. Hoje as noticia chegam muito rápido, somos bombardeados com todo tipo de informações, mas com ela, vem à ansiedade, Jesus nos advertiu: “Portanto, não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. (Mateus 6: 34).
     A falta de paz tem deixado milhares de pessoas neuróticas, angustiadas e perplexas, do que tem adiantado toda essa ansiedade? “Qual de vós poderá, com as suas preocupações, acrescentar uma única hora ao curso da sua vida”. (Mateus 6: 27).
     Como podemos ser curado da ansiedade? Somente através da paz! O apostolo Paulo fala sobre a cura da ansiedade dando três conselhos:
 1). ORAR CORRETAMENTE: “Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e pela súplica, com ações de graças, sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus”. (Filipenses 4: 6).
2). PENSAR CORRETAMENTE: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo é puro, tudo é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Filipenses 4: 8).
3). AGIR CORRETAMENTE: “O que aprendestes, e recebestes, e ouvistes de mim, e em mim vistes, isso fazei. E o Deus de paz será convosco”. (Filipenses 4: 9).
     Quando adoramos Deus a ansiedade bate em retirada, e a paz de Deus, como sentinela divina, vem proteger nossa razão e nossas emoções. “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. (Romanos 5: 1). Elias Fortes.

     

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO A LUZ DA BÍBLIA

Jesus alertou: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falar serão ouvidos”. (Mateus 6: 7). Oração do Pai Nosso ou oração modelo?”. Essa oração não deveria ser chamada da “oração do Pai Nosso”. Essa não é a oração que o Senhor mesmo orava nem deveria ser repetida, palavra por palavra, por ninguém. Por quê? Porque esse era apenas um padrão de oração. “Portanto, vós orareis assim”. (Mateus 6: 9).
     Jesus ensinou a seus discípulos em resposta à solicitação: “Senhor, ensina- nos a orar”. (Lucas 11: 1). Portanto! Ela deveria chamar- se a “Oração dos discípulos”.
     Quando Jesus ensinou esse padrão (lembre- se! Um padrão ou modelo), de oração, disse a seus discípulos: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome...”. (Lucas 11: 2). Não há sugestão de que o próprio Jesus sempre fez essa oração. Na verdade, isso seria totalmente inapropriado para Ele, pois a oração inclui a frase: “Perdoa- nos os nossos pecados”. (Lucas 11: 4), algo que Jesus, sendo sem mácula, nunca oraria. Portanto, fica claro que essa oração modelo, era para seus seguidores orarem, e não para Jesus. Outro fato importante esta relacionada à frase: “Não nos induza em tentação...” (Mateus 6: 13).
    O que significa essa frase para seus seguidores? Ninguém que pede a Deus: “Não nos induza em tentação”, recebe essa garantia de imunidade em relação a ela, como o próprio Cristo que foi tentado por Satanás. “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. (Mateus 4: 1). Essa frase, bem como o restante da oração, esta no contexto da afirmação: “Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu”. (Mateus 6: 10). Assim, a pessoa, ao fazer a oração modelo, está preparada para submeter- se ao desejo de Deus, qualquer que seja até mesmo ser tentado por Satanás.
     Portanto, por que pedir para não ser induzido à tentação? É a voz da humildade admitindo nossa fragilidade. Isso é o contrário de orar orgulhosamente: “Induza- nos a toda tentação que quiser Senhor, pois estamos preparados para lidar com isso!”. Orar como a Bíblia ensina é reconhecer a conveniência de Paulo: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia”. (1 Coríntios 10: 12). Ao mesmo tempo, isso é a voz da confiança em Deus no caso de tentação surgir.
“Perdoa- nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. (Mateus 6: 12). Na oração modelo, Jesus nos ensinou que sem o perdão horizontal, jamais vamos obter o perdão vertical, a maioria das pessoas que repetem a “oração do pai Nosso”, desconhecem esses princípios da oração, apenas fazem uma repetição mecânica e sem vida.

     A oração é toda sobre pedir a Deus para que faça o que Ele planejou fazer. A oração é nossa admissão na parceria com Deus e, portanto, nossos desejos são reflexos dos dEle. Orar: “Pai nosso, que estás nos céus, [...] venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra quanto no céu...” (Mateus 6: 10). É afirmar nosso desejo veemente de que os planos de Deus sejam realizados e que seu propósito se realize do começo ao fim no universo para promover a alegria e a esperança do homem. Que oração poderia ser melhor do que essa? Pastor Elias Fortes.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O JUSTO JUÍZ

Os profetas do Antigo testamento eram estudantes da Palavra de Deus revelada e eram capazes de identificar quando o “gatilho” estava preste a ser acionado. Pois, eles estudavam a história. Viam padrões e comportamentos nas sociedades. Eles tinham consciência de que Deus nunca destruiu uma sociedade ou nação, sem amplas advertências. Amós profetizou: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”. (Amós 3: 7).
     As profecias do Antigo Testamento que falavam de destruição estavam baseadas em deduções bíblicas saudáveis. “O Senhor me fez saber a sua conspiração, eu o soube, pois nesse dia me fez ver as suas ações”. (Jeremias 11: 18).
     Quando Noé começou a construir aquela embarcação esquisita na terra seca, provavelmente seus vizinhos riram e disseram: “Que sujeito pessimista". Mas ele temeu a Deus: “Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu”. (Hebreus 11: 7).
     Jeremias advertiu o povo de Judá que se não mudasse seu estilo de vida pecaminoso, o país sucumbiria diante do exército da Babilônia; Jeremias, porém, foi amarrado, lançado na prisão e jogado em um poço. A mensagem do julgamento divino não torna ninguém popular. “O Senhor mo fez saber, e eu o soube: então me fizeste ver as suas ações”. (Jeremias 11: 18).
     Esses homens, estavam bem familiarizados com a misericórdia de Deus e com sua longanimidade. Porém, eles eram capazes de discernir o “gatilho”, o ponto que desencadeia a ira de Deus, ou seja, quando Ele se farta!
     Deus alertou Samuel quanto à queda do ministério de Eli e à destruição de Siló. “E disse o Senhor a Samuel: Eis aqui vou eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas”. (1 Samuel 3: 11).
      Deus esta falando hoje de novo... Alto e claro. Mas com tantas mensagens de paz, benção e vitória. Quem quer ouvir sobre destruição e trevas? No evangelho diluído no mundanismo, Deus aparece como o bom velhinho, distribuindo mimos, dádivas, bênçãos, prosperidade e realizando todos os desejos do homem. Para complicar ainda mais, Satanás tem enviado falsos profetas, imorais, loucos, dementes, que se autodenominam videntes que estão proclamando julgamento para desacreditar a verdadeira palavra dos atalaias enviados por Deus. Ele continua falando: “As nações mostrarei a tua nudez, e aos reinos a tua vergonha”. (Naum 3: 13).
      As modernas igrejas de Laudicéia estão ocupadas demais se vangloriando de suas riquezas e ostentação. Os pastores cegos e inúteis de Zacarias 11: 17 são tão preguiçosos e pecadores, que Deus teve de recorrer a escritores e a artistas seculares para alertar que as nações estão morrendo. A advertência veio através de um grupo de cientistas que acionaram o gatilho do alerta do aquecimento global, especialistas de finanças advertem para um colapso econômico iminente! O que dizer dos nossos jornais estampado em suas capas o grande exército de moradores de rua viciados em crak?
     Esses pastores cegos estão franqueando suas visões de sucesso. São construtores de impérios terrenos, que dependem de prédios, orçamentos, equipes, planos de organização e crescimento sob o seu controle, deixaram de ser igreja para ser uma empresa. O púlpito virou balcão de negócios. Vendem curas, prosperidades, água ungida, lenços com suor, sal grosso e todo tipo de patuá encantado para promoverem seus nomes e ministérios arrebanhando multidões de incautos, enquanto isso as pessoas do mundo veem a realidade sombria que está sobre nós neste momento. Muitos estão se preparando para o que será conhecido como a pior depressão do mundo.
      Louvado seja Deus pelos estudantes das Escrituras, que não buscam aprovação dos homens, mas, sim da Palavra de Deus e do Deus da Palavra! São homens como Daniel. Eles compreendem os escritos dos profetas anteriores. “Eu , Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias”. (Daniel 9: 2).
      Daniel compreendeu o cativeiro de Israel na Babilônia, e listou todas as coisas terríveis que estavam acontecendo com o povo de Deus em seus dias. Daniel comparou tudo àquilo com Deuteronômio 28, e concluiu: “a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele... Como está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele... Como está escrito na lei de Moisés, todo aquele mal nos sobreveio... pois não obedecemos a sua voz”. (Daniel 9: 11, 13, 14).
      A mensagem de alerta vem dos nossos telejornais, das revistas. Ao ler tais relatos nos jornais, isto poderia levar de volta a profecia bíblica dos últimos dias. Vemos uma sociedade amedrontada, refém da “multiplicação da iniquidade”. Este é um sinal claro que não podemos ignorar: “se não deres ouvidos à voz do Senhor teu para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então sobre ti virão todas estas maldições, e te alcançarão”. (Deuteronômio 28: 15).
      Através das Escrituras, Daniel viu que a maldição havia chegado às cidades e aos campos. A lista de maldiçoes esta diante dele: “Maldito serás tu na cidade, e maldito serás no campo”. (Deuteronômio 28: 16). Assassinatos, chacinas, assaltos, arrombamentos, estupros, prostituição, homossexualismo, latrocínio. Estamos presenciando o surgimento de um grande exército de cadáveres ambulantes dependentes do crak, vagando pelas nossas cidades e invadindo a tranquilidade na zona rural, medo, desepero chegou até as pacatas cidadezinhas, a Bíblia alerta: “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis”. (2 Timóteo 3: 1).
     Daniel viu dias de incerteza, inflação fora de controle, juros alto, o preço elevadíssimos dos alimentos: “Maldito o teu cesto e a tua amassadeira”. (Deuteronômio 28: 17). A disseminação do desemprego. “Eu vos quebrantarei o sustento do pão”. (Leviticos 26: 26). A maldição sobre nossas plantações e o gado: “Maldito o fruto do teu ventre e o fruto da vossa terra, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas”. (Deuteronômio 28: 18). Hoje, há muitos cristãos que acreditam na transformação da sociedade através de programas governamentais, "lobbies", insurreição civil e grupos de pressão. Daniel viu a maldição nas relações exteriores daquele país: “Maldito serás ao entrares, e maldito serás ao saíres. O Senhor mandará sobre ti a maldição, a turbação e a perdição em tudo em puseres a tua mão para fazer... por causa da maldade das tuas obras, com que me deixaste”. (Deuteronômio 28: 19- 20).  A maldição das pragas de doenças incuráveis havia chegado. A Aids a úlcera vermelha, a ferida incurável é apenas o começo, cada vez mais peste surgirá: “O Senhor te fará pegar a pestilência... com a tísica e com a febre, e com a quentura... O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito... e com sarna... de que não possas curar- te; o Senhor te ferirá com loucura, e com cegueira, e com pasmo [pânico] do coração... O Senhor te ferirá com úlceras malignas... de que não possas sarar, desde a planta do teu pé até o alto da cabeça”. (Deuteronômio 28: 21, 22, 27, 28, 35).
      Sim! Daniel foi capaz de discernir o gatilho, o ponto que desencadeia a ira de Deus, quando Ele se farta da podridão do pecado. Muitas pessoas perguntam: “Como pode um Deus de amor permitir que alguém vá para o inferno?”. A resposta é: “Como pode um Deus santo permitir essa enxurrada de pecado, sendo Ele Santo?”. O pecado só trás maldições.  Olhe para a falta de chuvas, falta de água, terra seca. Esse é um ato de Deus: “O Senhor por chuva da tua terra te dará pó e poeira; dos céus descerá sobre ti”. (Deuteronômio 28: 24).
     Traficantes ditam as normas em grandes centros urbanos, toque de recolher, incêndio a ônibus. Os reis das drogas ditam o terror, com execuções sumarias cadáveres são expostos a céu aberto. Os cidadãos de bem correm apavorados, muitos estão presos em suas casas: “O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho saíras contra eles, e por sete caminhos fugirá diante deles... E o teu cadáver será por comida a todos as aves dos céus”. (Deuteronômio 28: 25- 26).
      Uma epidemia de divórcios esta assolando nossa sociedade. O índice de divórcio na terceira idade no Brasil cresceu 51% na última década. O divorcio é a apostasia do amor, esta maldição esta adentrando no seio das igrejas que desprezam o conhecimento do Senhor, falamos sobre o homossexualismo, mas esquecemos do alto índice dos divórcios: “Desposar- te- ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não lograrás o seu fruto”. (Deuteronômio 28: 30).
      Uma onda de roubo, assaltos, arrombamentos esta sobrevindo sobre as nossas cidades amaldiçoadas que desprezam o conhecimento de Deus: “O teu boi será morto aos teus olhos... o teu jumento será roubado diante de ti, e não voltará a ti: as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve”. (Deuteronômio 28: 31).
      A violência urbana atingiu índices alarmantes, os jovens são as maiores vitimas. Os pais assistem a morte dos filhos pela violência, os que não sucumbem pela violência são levados para o cativeiro das drogas. “Teus filhos e tuas filhas serão dados a outro povo, os teus olhos o verão, e após deles desfalecerão todo dia... Filhos e filhas gerarás; porém não serão para ti; porque irão em cativeiro”. (Deuteronômio 28: 32, 41).
     A maldição nas nossas exportações, outras nações enriquecerão as nossas custas. O Profeta Oséias descreve a cegueira do povo sob essa maldição: “Estrangeiros lhe comeram a força, e ele não sabe; também as cãs se espalham sobre ele, e não o sabe”. Qualquer que seja a plantação, qualquer que seja o fruto, “tragá- la- ão os estrangeiros”. (Oseias 8: 7). Daniel observou que o povo estava sob esta maldição. “O estrangeiro, que está no meio de ti, se elevará muito sobre ti, e tu mui baixo descerás”. (Deuteronômio 28: 43).
     O aumento de inadimplência, falência e dividas juntos aos bancos. “Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele: ele será por cabeça, e tu será por cauda”. (Deuteronômio 28: 44).
      Daniel (Deus é meu juiz) sabia que Deus é amor e que usa de misericórdia, porém, tinha o conhecimento que Ele é o justo Juiz de toda a terra.
       Um decreto havia proibido que se fizessem pedidos a qualquer pessoa, exceto ao rei e, ao ser visto orando a seu Deus, Daniel foi acusado de desobedecer ao decreto. Foi atirado numa cova de leões. Ele sobreviveu, e escreveu a respeito do fim dos dias: “Agora vim, para fazer- te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias, porque a visão é ainda para muitos dias”. (Daniel 10: 14). Ele diz que há de vir “o príncipe do povo”. (Daniel 9: 26). O impostor virá para colocar “ordem no mundo”. Dias de trevas se aproximam rapidamente. A Grande Tribulação. Sua duração de “sete anos” é calculada pelo estudo das passagens de Daniel. (Daniel 9: 24- 27). A Grande Tribulação, que se prolongará por sete anos, terá sua parte mais cruel na sua segunda metade (três anos e meio) 1260 dias. (Daniel 12: 12).
       Esta se aproximando o dia, quando nem a oração dos santos piedosos pela terra destruída surtirá efeito. O alerta é de Deus: “Quando uma terra pecar contra mim, gravemente se rebelando, então estenderei a minha mão contra ela... e arrancarei dela homens e animais; ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor Jeová”. (Ezequiel 14: 13- 14).
       O “evangelho” da paz, amor e heresia esta se alastrando no meio evangélico, a Bíblia, porém alerta: “Quando andarem dizendo: Há a paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão”. (1 Tessalonicenses 5: 3).
       Amados! Ainda há esperança. Mas o tempo está se esgotando, precisamos praticar o que lemos. “Os que forem sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento, e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente”. (Daniel 12: 3). Pastor Elias Fortes
     
     
     
     
                   


      

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MARCHA PARA JESUS A LUZ DA BÍBLIA

Se você perguntar a qualquer cristão: "Você ama a Jesus?" A resposta mais ouvida será: "Sim, completamente!". Nos dias de Hoje, temos até a “MARCHA PARA JESUS”, sim! Ela serve para medir a temperatura dos fãs espalhados por todo nosso país, com adesivos em carros e camisetas com dizeres: “DEUS É FIEL"; "PROPRIEDADE DE JESUS"; "SOU APAIXONADO POR JESUS"; "EU AMO JESUS"; "EU SOU DE JESUS". Porém, a Bíblia nos ensina: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama... e eu também o amarei e me manifestarei a ele". (João 14: 21). Se a manifestação de Jesus não for evidente em sua vida, seu amor por Ele consiste em palavras, e não obras e verdade. Manifestar significa "brilhar ou jorrar". Devemos ser um instrumento que irradie a presença de Cristo. Costuma- se orar: "Senhor, envia- nos tua presença! Desça, revela- te a nós!”. A presença de Deus não "desce" somente. Nem aparece de surpresa, assustando a congregação. Parece que a imaginamos uma fumaça invisível soprada por Deus na atmosfera, semelhante à nuvem de glória do Antigo Testamento, a encher o templo, impedindo às pessoas permanecerem de pé.
      Esquecemo- nos facilmente de que são nossos corpos o templo do Senhor: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é o santuário do Espírito Santo que está em vós” (1 Coríntios 6: 19). A glória de Deus deve aparecer em nossos corações e encher- nos. Cristo não habita em edifícios ou determinados ambientes como muitos imaginam; o próprio céu não pode contê- lo. Antes, Ele manifesta- se através de nossos corpos obedientes e santificados. “porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. (2 Coríntios 6: 16).
   Na marcha para Cristo, vemos uma geração de “sonhadores apaixonados”, com gritos e “atitudes proféticas” declarando que Curitiba, o Brasil e o mundo são de Jesus. Não adianta nada alguém usar uma camiseta com os dizeres: “Apaixonado por Jesus” ou viver cantando: “Apaixonado, apaixonado, apaixonado...”, se não andar como Jesus andou. “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”. (1 João 2: 6).
     Muitas igrejas têm apoiado esse movimento, mais pelo poder político do que o poder de Deus, tendo como meta construir um império na terra do que “Buscar o Reino de Deus e sua justiça”. Nessa marcha desenfreada em busca das multidões, as frases de impactos são usadas como se fossem verdades bíblicas. “Pense, acredite e receba”, endossada com “orações fortes”. As Escrituras, nos ensina que não sabemos orar como convém: “Da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas. Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. (Romanos 8: 26). 
      Não basta falar; é preciso fazer. O Ser humano não é o que fala, é o que ele faz. “Tornai- vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando- vos a vós mesmos” (Tiago 1: 22).
     Há um grande abismo entre o que as pessoas falam e o que elas fazem; há um hiato entre a teologia e a vida; um fosso entre o credo e a conduta. Não podemos separar o que Deus uniu: ortodoxia e piedade; doutrina e vida; teologia e ética; credo e conduta. Paulo, conhecedor desse perigo, alertou o jovem pastor Timóteo, como segue: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvaras tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”. (1 Timóteo 4: 16).
     Onde quer que se expresse a presença de Jesus, a jorrar de corações obedientes, a pessoa que abrigar algum pecado em sua vida reagirá, arrependendo- se e confessando seu erro... Ou correrá para esconder- se! Um dia Jesus revelar- se- á completamente à humanidade perversa. E quando acontecer, de acordo com o predito no livro de Apocalipse de sua temível presença: “... se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Cai sobre nós, e escondei- nos da face daquele que se assenta no trono...”. (Apocalipse 6: 15, 16).
   Somente diante da santa presença de Jesus aprenderemos a odiar o pecado, e esta condição nos permitirá viver as mais profundas experiências com Ele, do que ficarmos marchando sem direção com palavras vazias e jargões sem valor, enquanto a iniquidade assola nossas igrejas.
      Como deve entristecer- se o Espírito Santo, ao ver pastores e evangelistas fazendo de seu ministério um circo! Ele não suporta a manipulação e o exibicionismo feitos em seu nome. Homens se auto- proclamando profetas e apóstolos nesses últimos dias, porém, desprezando o evangelho de Cristo e proclamando outro evangelho diluído em heresias, priorizando o poder financeiro do que o poder de Deus, e se auto promovendo através das curas e milagres. “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se o espírito vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas têm surgido no mundo”. (1 João 4: 1).
      Como identificar a marcha desses falsos profetas nas igrejas? Você participou de uma reunião de curas e milagres? Ao participar desses movimentos: marcha para Jesus, sessão, reunião, concentração de fé; ao assistir a isso fez sentir- se humilhado? Mostrou sua tendência ao pecado? Encheu seu coração de amor por Jesus? Despertou em você o desejo pelo seu retorno? Se você não experimentou essas sensações, o Espírito Santo não estava presente, porque esta é a sua obra. Ele procura trazer a Noiva para mais perto do Noivo. Se isso não aconteceu, o que você viu era de origem carnal. O Espírito Santo não se manifesta apenas para nos fazer sentir bem, mas para dar- nos uma visão antecipada de Cristo: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. (João 16: 8).
      Há muitos perdidos dentro da igreja. Pois o povo de Deus esta desorientado quanto à questão do arrependimento. Recentemente, recebemos um musico em nossa igreja, percebi que ele não orava e que não possuía uma Bíblia, questionado a respeito, ele me respondeu: “Faz mais de trinta anos que toco na igreja, Jamais os pastores falaram para mim que isso era necessário, eu até recebia salário dessas igrejas”. Rapidamente providenciamos para ele uma Bíblia, estou orando com ele, para que ele possa entender que o caráter cristão é mais importante que o talento. 
     Que o Senhor Jesus nos ajude! Quantos músicos e artistas gospel estão vivendo nessa mesma condição espiritual?  Valorizando mais o talento do que o caráter cristão? Amados! Creio que Jesus está bradando: “Não é o perdido que precisa se arrepender... É você! Somos nós os que se afastaram do Senhor”. “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar”. (Malaquias 3: 6, 7).
      Por que há pouca ou nenhuma presença de Jesus no meio de nossas igrejas? Por que muitas congregações estão mortas? Porque o pastor ou membros, ou ambos estão espiritualmente mortos! Experimentar a presença de Jesus na igreja, não é tanto um problema coletivo, quanto individual. O pastor espiritualmente sem vida pode espalhar a morte na congregação. Contudo, cada membro pode permanecer um templo e manter- se obediente a Deus. A igreja pode estar morta, e o crente cheio da presença de Cristo. Pois, quando conduzo corretamente minha vida diante de Deus, ela se torna uma estrada, que pode ser percorrida por Deus para convencer outras pessoas de seu pecado.
     Não precisamos sair pela cidade marchando com “gritos de guerra”, cartazes com dizeres “sou apaixonado por Jesus”. Isso é um movimento de águas paradas, não produz vida! O que nós precisamos, é percorrer o caminho de santidade criado por Deus. E digo com toda a reverência... Os impuros não passarão por ele! Não passarão! “E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. Ali, não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; mas os remidos andarão por ele. E os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com júbilo; a alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. (Isaías 35: 8- 10). Pastor Elias Fortes.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

ENOQUE! O CRENTE TRASLADADO

Por mais de trezentas vezes, numa média de um versículo a cada vinte e seis, o Novo Testamento refere- se à segunda vinda de Jesus Cristo. Por conseguinte, não corremos qualquer risco em depositar a nossa confiança nesta verdade. O que não podemos fazer é marcar a data de sua volta. Este é um assunto que compete única e exclusivamente a Deus.
    Entre os evangélicos, hoje, há um consenso generalizado sobre o fato de que Jesus Cristo realmente está preste a voltar. Até mesmo entre os teólogos modernos, aquela conversa sobre a morte de Deus já é coisa passada. Hoje, eles já se voltam à doutrina das últimas coisas. Entretanto, a despeito dos modismos teológicos, precisamos estabelecer nossas convicções sobre a verdade revelada na Palavra de Deus. Afinal, o próprio Jesus, durante o seu ministério terreno, afirmou categoricamente: “Eu voltarei”. E alertou! “... Quando, porém, vier o Filho do homem, achará fé na terra?”. (Lucas 18: 8b).
    No Antigo Testamento nós vemos a figura de Enoque, ele tipifica o crente que será arrebatado para junto com Deus. Crentes que vivem pela fé e não por vista. A Bíblia nos diz que Enoque “Andou com Deus”. (Gênesis 5: 24). Esse homem ia e vinha de braços dados com Deus todos os dias de sua vida. “Foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos”. (Gênesis 5: 23). Ele tipifica o crente que, durante 365 dias cada ano, por todos os seus 365 anos, andou com Deus e foi recompensado pela sua fé. “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o transladara. Pois antes da sua transladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. (Hebreus 11: 5, 6).
    Aqueles que andam com Deus são compensados por Ele, somos transportados diariamente do alcance de Satanás. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. (Colossenses 1: 13).
    Temos a promessa que o próprio Jesus nos leva para longe do poder do diabo e nos coloca num lugar de repouso. Crentes que em meio às dificuldades encontram paz em seus corações, não são reféns das circunstâncias, pois, guardam as palavras do Mestre Amado. “... No mundo tereis aflições, mas tende bom animo! Eu venci o mundo”. (João 16: 33b).
   Enoque provou que o testemunho maior é andar com Deus no meio da tempestade. Hoje, há muitos crentes que acreditam na transformação da sociedade através de programas governamentais, "lobbies", insurreição civil e grupos de pressão. Não acho em lugar algum da Bíblia que esta é a missão da Igreja militante de Jesus cristo. A missão da Igreja é a de falar às almas perdidas a respeito da redenção proporcionada por Jesus Cristo. Essa missão está sendo substituída por aqueles que acreditam que o Reino de Deus pode ser estabelecido aqui e agora mediante ações humanas. “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis”. (2 Timóteo 3: 1, leia os versículos 2 ao 9).
      Enoque profetizou sobre o tempo que a impiedade tomaria proporções inimagináveis. “Concernente a estes profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão: Vede, o Senhor vem com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos, e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticam, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram”. (Judas 14, 15).
    Ímpios! Ímpios! Ímpios! Era isso que Enoque via, uma geração de ímpios, ímpios aos milhares transvestidos de crentes, cujos altares, os louvores e pregações estão de mãos dadas com o mundo. Crentes Inimigos de Deus e amigos do mundo, mas que em breve entrarão em juízo com Ele. “... aquele que quiser ser amigo do mundo, constitui- se inimigo de Deus”. (Tiago 4: 4).
    Enoque andava com Deus em meio aquela geração de pessoas malignas, sua confiança em Deus aumentava a cada dia, sua fé era fortalecida nos 365 dias do ano. “Andou Enoque com Deus; e já não era...”. (Gênesis 5: 24a). Essa expressão e já não era, significa: “ele não era deste mundo”. Na oração sacerdotal Jesus intercedeu por nós usando a mesma expressão: “Eles não são do mundo, como eu do mundo sou”. (João 17: 16).
    Já não era preso a este mundo, morria diariamente para esta vida, não era parte deste mundo que jaz no maligno, sua s obrigações diárias não o afastavam de Deus.
     Diferente do que é ensinado nos dia de hoje. Muitos só buscam a Deus quando querem bênçãos, curas, livramentos. Não sabem o que é andar com Deus os 365 dias do ano.
     Os ministérios carnais têm contribuído em muito para isso.  Esses ministérios tornaram- se objeto de culto, são verdadeiros ídolos na vida desses lideres espirituais, arrebanhando multidões de prosélitos a viver por vista e não por Fé. O verdadeiro ministério é aquele que foi designado e biblicamente ordenado, provido por nosso Senhor Jesus Cristo com o tríplice propósito de liderar a igreja:
(1)   evangelização do mundo (marcos 16: 15- 20);
(2)   adoração a Deus (João 4: 23, 24);
(3) edificação de um corpo de santos que está sendo aperfeiçoado segundo a imagem do Filho de Deus (Efésios 4: 11, 16).
     Enoque tipifica a igreja que será arrebatada, uma igreja que anda em comunhão com Deus diariamente 365 dias do ano, com um povo cheio de fé em Jesus Cristo, essa é verdadeira fé que agrada a Deus. Pois: “a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo”. (Romanos 10: 17).
    Não uma fé no homem, ministérios, em placas de Igrejas. Nem uma “fé placebo” focada em patuás e objetos “ungidos”, com mensagens para dar coceira aos ouvidos, essa é uma fé morta e destrutiva. A Bíblia nos alerta: “... pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”. (Coríntios 3: 6b). O crente que não anda com Deus todos os dias, vive uma vida sem intimidade com Jesus, esse crente ligado à letra produz em si uma emoção morta, egoísta e exigente, que não é fé de modo algum. Com certeza Deus não se agrada disso. Ele até pode enganar por um tempo, mas não todo o tempo.
     A fé que agrada a Deus é aquela que vem pelo ouvir a Palavra e andar intimamente com Deus. Falar somente, sem agir, não nos leva a lugar algum. Precisamos: “olhar para o autor e consumador da fé”. (Hebreus 12: 2). Fé é andar com Deus, conhece- ló e estar familiarizado com a sua glória e majestade, ai esta um povo que não precisa de curso e nem de culto de oração, pois a oração faz parte de sua vida, como o ar que respira, e muito menos precisaria participar de seminários de fé.
    Precisamos olhar para o nosso autor e consumador da nossa fé todos os dias, sendo transportados da escuridão do diabo para as mãos do Filho de Deus. Somente pela fé que agrada a Deus, somos transladados para estar- mos em sua presença, todos os dias crescemos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo, nos tornamos menos ligados às coisas terrenas e mais próximo da glória dos céus. Somente então, podemos fazer a ultima oração da Bíblia: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22: 20). Venha Senhor, não há nada aqui para mim! Pastor Elias Fortes.

    

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O REI E A COROA DE ESPINHOS

Enquanto Martinho Lutero estava tendo sua Bíblia impressa em alemão, a filha do impressor encontrou o amor de Deus. Ninguém havia falado sobre Jesus para ela. Com relação a Deus ela não tinha nenhuma emoção a não ser medo. Um dia, ela juntou pedaços das Escrituras que haviam caído no chão. Em um papel ela encontrou as palavras: “Pois Deus amava tanto o mundo, que deu...”. O resto do verso ainda não havia sido impresso. Ainda assim o que ela viu foi o suficiente para comovê- La. A ideia de que Deus poderia dar alguma coisa levou- a do medo para a alegria. A mãe dela notou uma mudança em sua atitude. Quando questionada sobre o motivo de sua felicidade, a filha entregou o pedaço amassado que continha parte do verso de seu bolso.  A mãe leu e perguntou: “O que ele deu?” A criança ficou perplexa por um momento e então respondeu: “Eu não sei. Mas se ele nos amou tanto a ponto de nos dar alguma coisa, não devemos ter medo dele”.
    Deus nos amou tanto que nos deu um Rei, Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Ele sentiu tanto a dor da injustiça de Deus, quando saiu para levar sobre Si a total maldição do pecado e, assim, receber a maldição de Deus. Cabia- Lhe morrer numa cruz, e “maldito todo aquele que for pendurado numa arvore”. (Gálatas 3: 13).
    A santidade de Deus requeria um sacrifício livre de pecados, o único sacrifício livre de pecados era seu Filho. E uma vez que o amor de Deus nunca falha, para pagar o preço ele o fez. Deus amou tanto o mundo que nos deu um amor infalível, seu nome é Jesus Cristo.
    Era prática comum expor um quadro com a lista de crimes cometidos pela pessoa condenada à crucificação. Pilatos mandou colocar este “titulo” acima da cabeça de Cristo: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Com isso ele, deliberadamente, zombou dos judeus. Ele não estava interessado em ultrajar o crucificado, que ele sabia que era inocente, mas sim insultar os judeus. O letreiro que mandou colocar repetia suas próprias palavras: “Crucificarei o vosso Rei?”, e os judeus se sentiram imediatamente feridos profundamente pelo calculado insulto do governador. Pilatos tinha despejado todo desdém e sarcasmos de que era capaz naquela inscrição. Praticamente ele estava dizendo: “Vejam vocês, judeus, ai está o vosso rei!” Que rei! Esta figura abatida de tanto apanhar, sangrando, crucificada. Não é difícil imaginar o sorriso sardônico e o riso cruel de Pilatos quando leu inscrição que mandará fazer: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus!”. INRI: Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum. “Então entregou- lho, para que fosse crucifido”. (João 19: 12, 15, 16).
    Nos bastidores os saldados tiveram sua diversão com o prisioneiro. Como ouviram que Ele se dizia rei, vestiram- no com uma veste de púrpura, possivelmente o manto vermelho de um soldado, fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em Sua cabeça, e puseram uma cana em Sua mão direita, como se fosse um cetro. E continuaram essa paródia, inclinando- se diante dEle, em zombaria mesura, e dizendo: “Salve, Rei dos judeus”, batendo nEle, cuspindo nEle e surrando Sua cabeça com a dura cana que servira de cetro”. (Mateus 27: 28- 30). A zombaria dirigida mais à nação judaica, desprezada pelos romanos, do que pessoalmente a Cristo. Mas isso não diminui o sofrimento e o caráter abusivo resultantes desta brincadeira terrivelmente rude. A tradução de João 19: 5 na versão do King James aponta para o momento dramático em que Cristo foi levado para fora para que todos o vissem: “Então Jesus saiu para fora, usando a coroa de espinhos”. Esse triste espetáculo deixou indelével marca, para sempre, na mente de João.
 Deus amou o mundo de tal maneira, que deu a si mesmo. “Cristo amou- nos e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”. (Efésios 5: 2).
     Lá estava o Rei dos judeus com uma coroa de espinho na cabeça, rosto ferido, inflamado e sangrando. Ele estava só. “sem amigos, abandonado, traído por todos”. Aquela coroa simbolizava o que o homem pecador pensa de Cristo. Ele não deveria ser levado a sério. Ele só servia para atuar numa peça de teatro! Fizeram dEle um rei do  carnaval, e Lhe puseram a estampa do ridículo. Com a veste ridícula, a cana como cetro e a coroa de espinhos, fizeram- no parecer uma figura teatral. A ignominiosa coroa de espinhos tecida pelas mãos dos homens e colocada sobre a fronte do Salvador, assim o homem avalia  Cristo.
     Pode bem ser que os cristãos se perturbem e se comovam diante desta cena. Não assim a multidão que estava do lado de fora do palácio de Pilatos. Quando Pilatos apontou para aquela figura surrada que sangrava, e disse “Eis o Homem!”, esperava ver alguma piedade, alguma compaixão, mas em vão. Ao contrario, o que eles viram só serviu para fortalecer o seu desejo de sangue e um coro ensurdecedor: “Crucifica! Crucifica!”. Bem típico do homem sem Deus, dias antes eles saudavam o Salvador com gritos: Hosana! Hosana! “Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas”. (Salmos 2: 2, 3).
    O Santo de Israel os tinha exposto, os tinha desmascarado, os tinha condenado, os tinha condenado, e eles se voltaram contra Ele com maligno ódio e com um consumidor desejo de destruí- ló. Não queriam dar glória nenhuma a Jesus, nenhuma honra nada senão vergonha e desprezo. A coroa  de espinhos agradou- os muitíssimo. Herodes queria um show, Pilatos só queria terminar logo com aquilo, os soldados queriam sangue e os religiosos à crucificação.
    “Deus amou o mundo de tal maneira que...”. Perdoou seus filhos sem abaixar seus padrões. Ele colocou nossos pecados em seu Filho e os puniu nEle. “[Aquele] que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. (2 Coríntios 5: 21).
    A coroa de espinhos foi colocada ali pela mão de Deus como pela do homem. A cruz era de Deus, como também do homem. Oh, como poderemos entender o amor de Deus? Que amor é esse? “excede todo conhecimento”. (Efésios 3: 19). Embora não somos capazes de medir esse amor, podemos confiar totalmente nele.
     Se havemos de receber a coroa da vida, Cristo deve receber, necessariamente, a coroa de espinhos. Somente com a coroa de espinhos ele pode dizer ao ladrão moribundo: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Somente com a coroa de espinhos Ele pode dizer a uma Madalena ou um publicano: “Vai- te em az, são- te perdoados os teus pecados”. Deus ama você. O Filho de Deus morreu por você, e é com Sua diadema de espinho que Ele desce tanto em Sua humilhação, vergonha e tristeza que pode buscar e salvar pecadores. “Bem- aventurado o homem que suporta a provação, porque depois de ter passado na prova, porque depois de ter passado na prova, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”. (Tiago 1: 12).
     Somente pelo agudo espinho do seu sofrimento é que o venenoso espinho do nosso pecado é extraído. Noutras palavras, sem a cruz Deus não pode perdoar o pecado. A coroa de espinhos nos faz lembrar que Jesus é Rei, e que é vitorioso, mesmo quando parece derrotado. Por mais rebaixado que Cristo possa parecer aos homens, Ele continua sendo Rei. Ele realiza uma obra real no Calvário e conquista para nós um perdão real. Ele ascende a um trono quando vai ser crucificado, o trono da graça. Nessa aparente fraqueza Ele é o poderoso vencedor sobre satanás, sobre o pecado e sobre a morte; Ele é o dominador deste mundo. A cruz parece uma loucura para o mundo, mas para o povo de Deus redimido a cruz de Cristo é vitoria, é salvação, é o poder de Deus. “E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa de glória”. (Tiago 5: 4).
    A fronte que uma vez teve sobre si a cruel coroa de espinhos, agora vê- se adornada com o diadema do universo, pois toda a autoridade no céu e na terra foi dada a Cristo. O Filho de Deus tornou- se o Cordeiro de Deus, a cruz tornou- se o altar, e nós fomos “santificados pela oblação do corpo de Jesus cristo, feita uma vez”. (Hebreus 10: 10).
     Somente quando observamos a cruz de Cristo, e que podemos ouvir Deus nos assegurar: “Eu te amo”. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3: 16). Deus enviou o Seu próprio Filho como sacrifício vivo, após o sacrifício de Cristo não houve mais necessidade de derramamento de sangue. “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. (Hebreus 9: 12).
     Fora das portas! Um rejeitado no universo de Deus! Nenhum lugar de repouso, nenhum santuário! Mas não por muito tempo. Logo as portas do céu se abriram de par em par para Cristo, o guerreiro e Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai- vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória”. (Salmos 24: 7).  Pastor Elias Fortes.
     

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

UM FRACO REI FAZ FRACA A FORTE GENTE

Estamos cada dia mais desencantados com os políticos e descrentes da política. As promessas de palanque já não acendem mais a candeia da esperança na alma do povo.
    Camões colocou em sua obra imortal, Os lusíadas, esta frase perturbadora: “Um fraco rei faz fraca a forte gente”. A Bíblia nos ensina: “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Provérbios 29: 4). Um rei fraco oprime o povo com pesados tributos, mas não serve ao povo com serviços correspondentes. Usa o povo para manter- se no poder, mas mantém o povo na miséria. “O rei que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu trono para sempre”. (Provérbios 29; 14).
    Pagamos pesados tributos, mas vemos esse dinheiro suado alimentando esquemas de enriquecimento ilícito. O Brasil é o segundo país que mais cobra impostos do consumidor, atrás apenas da Índia. Mas se o povo dá muito ao governo, ele dá pouco ao povo. O governo cobra alto demais, mas o dinheiro não retorna à população em serviços públicos de qualidade.
    A respeito dos subornos, Isaías profetizou: “Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. (Isaías 1: 23). Alguns não acreditam mais na integridade dos políticos. Afirmam sem medo de errar que o poder corrompe. Mas será que é o poder que corrompe ou o poder revela o corrompido? A corrupção está no poder ou no coração do ser humano?
     A Bíblia nos ensina a respeito de nossos deveres cívicos, Jesus pagou tributo. “Mas, para que não os escandalizemos, vão ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo- lhe a boca, encontrarás um estáter. Toma- o, e dá o por mim e por ti”. (Mateus 17: 27). Temos que exercer a nossa cidadania, precisamos votar. “Reponderam- lhe: De César. Então ele lhes disse: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mateus 22: 21). Sim! É nossos dever honrar os lideres: “Honrai a todos. Amai aos irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei”. (1 Pedro 2: 17).
    Precisamos e devemos ter cristãos envolvidos na política e ocupando cargos de liderança que venham a influenciar positivamente a sociedade no seu todo, e não apenas a igreja ou ao grupo que o elegeu. O sociólogo Paul Freston escreveu: “Nossa preocupação tem que ser com a promoção do Evangelho e não com a promoção dos evangélicos”. Amados! Precisamos de candidatos evangélicos e não de candidatos dos evangélicos. Robinson Cavalcanti nos alertou: “Devemos nos precaver das tentações teocráticas: O governo de um Aiatollah protestante, que dividiria o bolo do Estado entre nós”.
    Um rei fraco é um rei populista que, para manter- se no trono, oferece à fraca gente pão e circo, mas não a encoraja a alçar voos mais altaneiros. Precisamos ser mais cuidadoso na escolha da nossa liderança política. Ao rei fraco a Bíblia adverte: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades”. (Isaías 10: 1). Quando indivíduos comprometidos com a probidade governam, o povo se alegra; porém, quando pessoas regidas pela ganância e entregues à corrupção sobem ao poder, o povo geme. “Quando os justos triunfam há grande alegria, mas quando os ímpios sobem, escondem- se os homens”. (Provérbios 28; 12). Outra questão é de não estarmos ainda preparados para atuar de forma saudável numa sociedade pluralista como a nossa, onde o tamanho das pressões exige dos candidatos evangélicos uma postura que muitos deles ainda não possuem.
    Precisamos de políticos com o mesmo espírito de Daniel. “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê- los sobre todo o reino”. (Daniel 6: 3).  Daniel era um político (governador) integro, foi jogado na cova dos leões e saiu ileso. Graças a Deus estamos no período da Graça, do jeito que esta a nossa política, sobrariam leões e faltariam políticos.
   Um político íntegro, que não vende sua consciência, que não se deixa seduzir pelo suborno, que não é apanhado na rede mortal da ganância insaciável, é uma pedra de tropeço no caminho dos corruptos.
    Cristão que é cristão, não anula o seu voto, ele exerce o seu dever cívico: “Sujeitai- vos a toda autoridade humana, por causa do Senhor, quer rei, como soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem”. (1 Pedro 2: 13- 14).
    Precisamos ter bons crentes em posição de liderança e causando influência positiva na sociedade como um todo. É assim que a Bíblia nos ensina: “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra; quando, porém, domina o perverso, o povo suspira”. (Provérbios 29: 2).
    Jamais podemos nos esquecer, porém, que a missão principal da Igreja antes da volta do Senhor é o evangelismo e o discipulado, e não formar cruzadas para tomar o poder ou conquistar o domínio político em uma nação ou mundo.
    Infelizmente, muitas igrejas estão cedendo os seus púlpitos para a política. Esquecem eles que a união da igreja com o Estado nem sempre trouxe bons dividendos para a causa de Cristo, é só lembrar- mos de Constantino, imperador romano. A Bíblia adverte sobre essa “união”. “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo”. (Apocalipse 17: 16).
   Aqui encontra- se uma advertência contra o casamento entre política e religião. Sempre quando vemos essa associação, a história mostra que ela termina com um divórcio violento.
   Vamos cumprir o nosso dever cívico de votar bem, sem esquecer qual é a missão da Igreja na terral, a bíblia declara: “Pela bênção dos retos se exalta a cidade, mas pela boca dos ímpios é destruída”. (Provérbios 11: 11). Não acredite em qualquer promessa política, mas na Palavra de Deus que é fiel e verdadeira! Pastor Elias Fortes