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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O REI E A COROA DE ESPINHOS

Enquanto Martinho Lutero estava tendo sua Bíblia impressa em alemão, a filha do impressor encontrou o amor de Deus. Ninguém havia falado sobre Jesus para ela. Com relação a Deus ela não tinha nenhuma emoção a não ser medo. Um dia, ela juntou pedaços das Escrituras que haviam caído no chão. Em um papel ela encontrou as palavras: “Pois Deus amava tanto o mundo, que deu...”. O resto do verso ainda não havia sido impresso. Ainda assim o que ela viu foi o suficiente para comovê- La. A ideia de que Deus poderia dar alguma coisa levou- a do medo para a alegria. A mãe dela notou uma mudança em sua atitude. Quando questionada sobre o motivo de sua felicidade, a filha entregou o pedaço amassado que continha parte do verso de seu bolso.  A mãe leu e perguntou: “O que ele deu?” A criança ficou perplexa por um momento e então respondeu: “Eu não sei. Mas se ele nos amou tanto a ponto de nos dar alguma coisa, não devemos ter medo dele”.
    Deus nos amou tanto que nos deu um Rei, Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Ele sentiu tanto a dor da injustiça de Deus, quando saiu para levar sobre Si a total maldição do pecado e, assim, receber a maldição de Deus. Cabia- Lhe morrer numa cruz, e “maldito todo aquele que for pendurado numa arvore”. (Gálatas 3: 13).
    A santidade de Deus requeria um sacrifício livre de pecados, o único sacrifício livre de pecados era seu Filho. E uma vez que o amor de Deus nunca falha, para pagar o preço ele o fez. Deus amou tanto o mundo que nos deu um amor infalível, seu nome é Jesus Cristo.
    Era prática comum expor um quadro com a lista de crimes cometidos pela pessoa condenada à crucificação. Pilatos mandou colocar este “titulo” acima da cabeça de Cristo: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Com isso ele, deliberadamente, zombou dos judeus. Ele não estava interessado em ultrajar o crucificado, que ele sabia que era inocente, mas sim insultar os judeus. O letreiro que mandou colocar repetia suas próprias palavras: “Crucificarei o vosso Rei?”, e os judeus se sentiram imediatamente feridos profundamente pelo calculado insulto do governador. Pilatos tinha despejado todo desdém e sarcasmos de que era capaz naquela inscrição. Praticamente ele estava dizendo: “Vejam vocês, judeus, ai está o vosso rei!” Que rei! Esta figura abatida de tanto apanhar, sangrando, crucificada. Não é difícil imaginar o sorriso sardônico e o riso cruel de Pilatos quando leu inscrição que mandará fazer: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus!”. INRI: Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum. “Então entregou- lho, para que fosse crucifido”. (João 19: 12, 15, 16).
    Nos bastidores os saldados tiveram sua diversão com o prisioneiro. Como ouviram que Ele se dizia rei, vestiram- no com uma veste de púrpura, possivelmente o manto vermelho de um soldado, fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em Sua cabeça, e puseram uma cana em Sua mão direita, como se fosse um cetro. E continuaram essa paródia, inclinando- se diante dEle, em zombaria mesura, e dizendo: “Salve, Rei dos judeus”, batendo nEle, cuspindo nEle e surrando Sua cabeça com a dura cana que servira de cetro”. (Mateus 27: 28- 30). A zombaria dirigida mais à nação judaica, desprezada pelos romanos, do que pessoalmente a Cristo. Mas isso não diminui o sofrimento e o caráter abusivo resultantes desta brincadeira terrivelmente rude. A tradução de João 19: 5 na versão do King James aponta para o momento dramático em que Cristo foi levado para fora para que todos o vissem: “Então Jesus saiu para fora, usando a coroa de espinhos”. Esse triste espetáculo deixou indelével marca, para sempre, na mente de João.
 Deus amou o mundo de tal maneira, que deu a si mesmo. “Cristo amou- nos e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus”. (Efésios 5: 2).
     Lá estava o Rei dos judeus com uma coroa de espinho na cabeça, rosto ferido, inflamado e sangrando. Ele estava só. “sem amigos, abandonado, traído por todos”. Aquela coroa simbolizava o que o homem pecador pensa de Cristo. Ele não deveria ser levado a sério. Ele só servia para atuar numa peça de teatro! Fizeram dEle um rei do  carnaval, e Lhe puseram a estampa do ridículo. Com a veste ridícula, a cana como cetro e a coroa de espinhos, fizeram- no parecer uma figura teatral. A ignominiosa coroa de espinhos tecida pelas mãos dos homens e colocada sobre a fronte do Salvador, assim o homem avalia  Cristo.
     Pode bem ser que os cristãos se perturbem e se comovam diante desta cena. Não assim a multidão que estava do lado de fora do palácio de Pilatos. Quando Pilatos apontou para aquela figura surrada que sangrava, e disse “Eis o Homem!”, esperava ver alguma piedade, alguma compaixão, mas em vão. Ao contrario, o que eles viram só serviu para fortalecer o seu desejo de sangue e um coro ensurdecedor: “Crucifica! Crucifica!”. Bem típico do homem sem Deus, dias antes eles saudavam o Salvador com gritos: Hosana! Hosana! “Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas”. (Salmos 2: 2, 3).
    O Santo de Israel os tinha exposto, os tinha desmascarado, os tinha condenado, os tinha condenado, e eles se voltaram contra Ele com maligno ódio e com um consumidor desejo de destruí- ló. Não queriam dar glória nenhuma a Jesus, nenhuma honra nada senão vergonha e desprezo. A coroa  de espinhos agradou- os muitíssimo. Herodes queria um show, Pilatos só queria terminar logo com aquilo, os soldados queriam sangue e os religiosos à crucificação.
    “Deus amou o mundo de tal maneira que...”. Perdoou seus filhos sem abaixar seus padrões. Ele colocou nossos pecados em seu Filho e os puniu nEle. “[Aquele] que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. (2 Coríntios 5: 21).
    A coroa de espinhos foi colocada ali pela mão de Deus como pela do homem. A cruz era de Deus, como também do homem. Oh, como poderemos entender o amor de Deus? Que amor é esse? “excede todo conhecimento”. (Efésios 3: 19). Embora não somos capazes de medir esse amor, podemos confiar totalmente nele.
     Se havemos de receber a coroa da vida, Cristo deve receber, necessariamente, a coroa de espinhos. Somente com a coroa de espinhos ele pode dizer ao ladrão moribundo: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Somente com a coroa de espinhos Ele pode dizer a uma Madalena ou um publicano: “Vai- te em az, são- te perdoados os teus pecados”. Deus ama você. O Filho de Deus morreu por você, e é com Sua diadema de espinho que Ele desce tanto em Sua humilhação, vergonha e tristeza que pode buscar e salvar pecadores. “Bem- aventurado o homem que suporta a provação, porque depois de ter passado na prova, porque depois de ter passado na prova, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”. (Tiago 1: 12).
     Somente pelo agudo espinho do seu sofrimento é que o venenoso espinho do nosso pecado é extraído. Noutras palavras, sem a cruz Deus não pode perdoar o pecado. A coroa de espinhos nos faz lembrar que Jesus é Rei, e que é vitorioso, mesmo quando parece derrotado. Por mais rebaixado que Cristo possa parecer aos homens, Ele continua sendo Rei. Ele realiza uma obra real no Calvário e conquista para nós um perdão real. Ele ascende a um trono quando vai ser crucificado, o trono da graça. Nessa aparente fraqueza Ele é o poderoso vencedor sobre satanás, sobre o pecado e sobre a morte; Ele é o dominador deste mundo. A cruz parece uma loucura para o mundo, mas para o povo de Deus redimido a cruz de Cristo é vitoria, é salvação, é o poder de Deus. “E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa de glória”. (Tiago 5: 4).
    A fronte que uma vez teve sobre si a cruel coroa de espinhos, agora vê- se adornada com o diadema do universo, pois toda a autoridade no céu e na terra foi dada a Cristo. O Filho de Deus tornou- se o Cordeiro de Deus, a cruz tornou- se o altar, e nós fomos “santificados pela oblação do corpo de Jesus cristo, feita uma vez”. (Hebreus 10: 10).
     Somente quando observamos a cruz de Cristo, e que podemos ouvir Deus nos assegurar: “Eu te amo”. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3: 16). Deus enviou o Seu próprio Filho como sacrifício vivo, após o sacrifício de Cristo não houve mais necessidade de derramamento de sangue. “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. (Hebreus 9: 12).
     Fora das portas! Um rejeitado no universo de Deus! Nenhum lugar de repouso, nenhum santuário! Mas não por muito tempo. Logo as portas do céu se abriram de par em par para Cristo, o guerreiro e Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai- vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória”. (Salmos 24: 7).  Pastor Elias Fortes.
     

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

UM FRACO REI FAZ FRACA A FORTE GENTE

Estamos cada dia mais desencantados com os políticos e descrentes da política. As promessas de palanque já não acendem mais a candeia da esperança na alma do povo.
    Camões colocou em sua obra imortal, Os lusíadas, esta frase perturbadora: “Um fraco rei faz fraca a forte gente”. A Bíblia nos ensina: “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Provérbios 29: 4). Um rei fraco oprime o povo com pesados tributos, mas não serve ao povo com serviços correspondentes. Usa o povo para manter- se no poder, mas mantém o povo na miséria. “O rei que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu trono para sempre”. (Provérbios 29; 14).
    Pagamos pesados tributos, mas vemos esse dinheiro suado alimentando esquemas de enriquecimento ilícito. O Brasil é o segundo país que mais cobra impostos do consumidor, atrás apenas da Índia. Mas se o povo dá muito ao governo, ele dá pouco ao povo. O governo cobra alto demais, mas o dinheiro não retorna à população em serviços públicos de qualidade.
    A respeito dos subornos, Isaías profetizou: “Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. (Isaías 1: 23). Alguns não acreditam mais na integridade dos políticos. Afirmam sem medo de errar que o poder corrompe. Mas será que é o poder que corrompe ou o poder revela o corrompido? A corrupção está no poder ou no coração do ser humano?
     A Bíblia nos ensina a respeito de nossos deveres cívicos, Jesus pagou tributo. “Mas, para que não os escandalizemos, vão ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo- lhe a boca, encontrarás um estáter. Toma- o, e dá o por mim e por ti”. (Mateus 17: 27). Temos que exercer a nossa cidadania, precisamos votar. “Reponderam- lhe: De César. Então ele lhes disse: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mateus 22: 21). Sim! É nossos dever honrar os lideres: “Honrai a todos. Amai aos irmãos. Temei a Deus. Honrai o rei”. (1 Pedro 2: 17).
    Precisamos e devemos ter cristãos envolvidos na política e ocupando cargos de liderança que venham a influenciar positivamente a sociedade no seu todo, e não apenas a igreja ou ao grupo que o elegeu. O sociólogo Paul Freston escreveu: “Nossa preocupação tem que ser com a promoção do Evangelho e não com a promoção dos evangélicos”. Amados! Precisamos de candidatos evangélicos e não de candidatos dos evangélicos. Robinson Cavalcanti nos alertou: “Devemos nos precaver das tentações teocráticas: O governo de um Aiatollah protestante, que dividiria o bolo do Estado entre nós”.
    Um rei fraco é um rei populista que, para manter- se no trono, oferece à fraca gente pão e circo, mas não a encoraja a alçar voos mais altaneiros. Precisamos ser mais cuidadoso na escolha da nossa liderança política. Ao rei fraco a Bíblia adverte: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades”. (Isaías 10: 1). Quando indivíduos comprometidos com a probidade governam, o povo se alegra; porém, quando pessoas regidas pela ganância e entregues à corrupção sobem ao poder, o povo geme. “Quando os justos triunfam há grande alegria, mas quando os ímpios sobem, escondem- se os homens”. (Provérbios 28; 12). Outra questão é de não estarmos ainda preparados para atuar de forma saudável numa sociedade pluralista como a nossa, onde o tamanho das pressões exige dos candidatos evangélicos uma postura que muitos deles ainda não possuem.
    Precisamos de políticos com o mesmo espírito de Daniel. “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê- los sobre todo o reino”. (Daniel 6: 3).  Daniel era um político (governador) integro, foi jogado na cova dos leões e saiu ileso. Graças a Deus estamos no período da Graça, do jeito que esta a nossa política, sobrariam leões e faltariam políticos.
   Um político íntegro, que não vende sua consciência, que não se deixa seduzir pelo suborno, que não é apanhado na rede mortal da ganância insaciável, é uma pedra de tropeço no caminho dos corruptos.
    Cristão que é cristão, não anula o seu voto, ele exerce o seu dever cívico: “Sujeitai- vos a toda autoridade humana, por causa do Senhor, quer rei, como soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem”. (1 Pedro 2: 13- 14).
    Precisamos ter bons crentes em posição de liderança e causando influência positiva na sociedade como um todo. É assim que a Bíblia nos ensina: “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra; quando, porém, domina o perverso, o povo suspira”. (Provérbios 29: 2).
    Jamais podemos nos esquecer, porém, que a missão principal da Igreja antes da volta do Senhor é o evangelismo e o discipulado, e não formar cruzadas para tomar o poder ou conquistar o domínio político em uma nação ou mundo.
    Infelizmente, muitas igrejas estão cedendo os seus púlpitos para a política. Esquecem eles que a união da igreja com o Estado nem sempre trouxe bons dividendos para a causa de Cristo, é só lembrar- mos de Constantino, imperador romano. A Bíblia adverte sobre essa “união”. “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo”. (Apocalipse 17: 16).
   Aqui encontra- se uma advertência contra o casamento entre política e religião. Sempre quando vemos essa associação, a história mostra que ela termina com um divórcio violento.
   Vamos cumprir o nosso dever cívico de votar bem, sem esquecer qual é a missão da Igreja na terral, a bíblia declara: “Pela bênção dos retos se exalta a cidade, mas pela boca dos ímpios é destruída”. (Provérbios 11: 11). Não acredite em qualquer promessa política, mas na Palavra de Deus que é fiel e verdadeira! Pastor Elias Fortes