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sábado, 18 de fevereiro de 2012

ESCUDO DE BRONZE, O OURO DO TOLO


Medindo o sucesso apenas pela quantidade de membros, algumas igrejas deixaram de pregar o verdadeiro evangelho de Cristo. Embora desejamos que os templos estejam cheios de pessoas, a busca pela quantidade, sem compromisso as Escrituras leva a falsificação da verdade, priorizando apenas a quantidade. Você já ouviu essa frase? “Nem tudo o que reluz é ouro?”. A Bíblia nos alerta: “Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E quanto mais excelente, adquirir a prudência do que a prata!”. (Provérbios 16: 16).
    Realmente! Nem tudo o que reluz é ouro! “Subiu, pois Sisaque, rei do Egito, contra Jerusalém, e tomou os tesouros da casa do rei, tomou tudo. Também levou consigo os escudos de ouro que Salomão tinha feito. Em lugar destes, fez o rei Roboão escudos de bronze, e os entregou nas mãos dos capitães da guarda, que guardavam na porta da casa do rei. Toda vez que o rei entrava na casa do Senhor, os guardas vinham e usavam os escudos e tornavam a trazê- lós para a câmara da guarda. Tendo- se ele humilhado, apartou- se dele a ira do Senhor para que não o destruísse de todo porque em Judá ainda havia coisas boas”. (2 Crônicas 12: 9- 12; 1 Reis 14: 25- 28;)
     A Bíblia nos revela que os escudos de ouro feito por Salomão representavam as coisas importantes para o povo de Deus. Proteção e segurança, beleza e prosperidade. O Salmista diz que: “Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido". (Salmos 84: 9). Todavia o povo foi punido por causa dos seus pecados e os escudos de ouro foram levados pelos inimigos. O rei da época fez escudos de bronze porque não havia mais ouro, este era polido todos os dias para brilhar e parecer com ouro.
      Toda vez que o rei entrava na casa do Senhor, os guardas vinham e usavam os escudos, procurando mostrar ao povo que a segurança e a prosperidade divina estavam ainda com eles. Não isso que esta ocorrendo em muitas igrejas? Quando perdem o ouro, procuram refazer esta perda usando o bronze no seu lugar. Brilha mas não é ouro. Isso ocorre quando o Evangelho simples de Jesus se descaracteriza e passa a ser outro evangelho. Quando o ouro é substituído pelo bronze, temos um “evangelho de fachada”, latão polido, até brilha, mas, não é verdadeiro!
      Roboão, cujo significado é (povo é aumentado) representa bem essas igrejas lotadas de pessoas em busca do latão reluzente. Milhares de vidas agem como se Deus tivesse assinado um cheque em branco em nome do seu Filho Jesus Cristo, podem fazer tudo o que querem qualquer desejo será realizado! “Coloque Deus na parede”, “Determine”, “Eu exijo”, “Eu declaro”, Essas frases tem certo brilho, mas não passa de latão polido.
      Quando o bronze substitui o ouro, deixamos de brilhar a luz de Cristo em um mundo de trevas e começamos a ver todo tipo de aberração em muitos altares. A fé é uma fé morta no homem. Resultado? Um brilho falso! Um evangelho diluído, uma mistura de barro com ferro.
      Enquanto a humanidade torna- se cada vez mais ímpia a sua volta, chio de cobiça, sensualidade e dureza de coração.
     Amados! A essa altura, nós deveríamos tornar- mos mais parecidos com Jesus. “Você e eu estamos mudando?”.
     E a essa altura, muitos cristãos deveriam ter se tornado muito parecido com Jesus. Mas, pelo contrario, tornaram- se duros, materialistas e egoístas ao extremo. Deveriam estar crescendo na graça, completamente satisfeitos com Ele. Mas não: muitos estão dando as costas, se desviando, andando para trás.
     Raramente oram. Raramente vasculham a Palavra de Deus. E quando se referem à oração é muito triste: “Deus me incomodou esta madrugada para orar”. Deus não incomoda ninguém, quem incomoda é o diabo. Milhares de crentes estão sem o escudo da oração, trocaram o ouro (Evangelho de Cristo), e agora estão em busca do brilho do bronze deste mundo (Falsa paz e prosperidade). Ouça o que a Bíblia diz sobre andar com Deus: “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si” (Gn 5: 24, Atualizada). Portanto se queremos ser arrebatados por Cristo, esta é a hora de andarmos com Ele.
     Quando o ouro é substituído pelo bronze. Há confusão, medo e infidelidade em muitos lares cristãos. Igrejas mergulhadas em divisões e facções. “Alguns dirigem seminários de fé, distribuem CDs de fé”, citam Escrituras de fé, tudo para tentar produzir fé. E é verdade: “A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Romanos 10: 17).
      Mas Jesus é a Palavra! A letra mata, dizem as Escrituras, e sem intimidade com Jesus, a letra produz emoção morta, egoísta, exigente, que não é fé de jeito nenhum. E Deus odeia isso.
     Jerusalém foi saqueada pelo inimigo, o ouro foi roubado, a alternativa foi substituir pelo bronze. Muitas igrejas perderam o seu escudo de ouro devido ao pecado e substituíram pelo escudo de bronze uma fé morta no homem. A “fé” que essas igrejas exportam não é fé. “A fé é pelo ouvir, ouvir a sua Palavra, e pelo andar junto a Ele”. Não pelo falar sem o andar! Deveríamos estar sempre “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hebreus 12: 2).
      A igreja carece desse caminhar íntimo com Deus. Fé é conhecer de fato quem é Deus. É se tornar íntimo de sua glória e majestade. Os que o conhecem melhor, confiam melhor nEle.
     Mostre- me um povo andando bem perto de Deus, odiando o pecado, desprendendo- se deste mundo e procurando conhecer sua voz, e você verá um povo que não precisará de muita pregação e ensino de fé. Você certamente não precisará de “dez passos” sobre o que seja fé e como alcança- La. A verdadeira fé brota do próprio coração de Jesus. E será sua própria fé, não a nossa, que cresce lá dentro e emerge de nossos corações esse é o verdadeiro ouro, a verdadeira riqueza!
      Nesse “evangelho do latão polido” a fé deles é totalmente centrada no “eu”, minhas necessidades, meus desejos. E muitas vezes obtêm o que desejam, mas isso apenas os torna mais miseráveis. Muitos desses crentes já não creem mais que serão transportados das trevas do diabo para as mãos do Filho Amado de Deus.
      Ouça esse texto: “... porque em Judá ainda havia coisas boas”. (2 Crônicas 12: 12). Diz o texto que a ira do Senhor foi suspensa porque em Judá havia remanescentes, eles não se envolveram com as inovações do rei. Louvado seja Deus que, ainda temos os remanescentes que não se envolvem com essas inovações falsas.
        Através dos remanescentes fiéis veio o avivamento. O verdadeiro ouro agora é polido. A luz dele começa a brilhar, a poeira que ofuscava é retirada. Isso é avivamento! O sopro de Deus veio para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos.
    Não importa as espessuras nem o tipo de poeira. O reavivamento é uma obra de Deus, periódica e poderosa. Ele recoloca a igreja em seu primeiro amor; produz convicção e confissão de pecado; santifica e movimenta a igreja. Desperta o gosto e a disciplina de praticas devocionais particulares, como a leitura e a meditação da Palavra de Deus, a oração, o desabafo, a auto- sondagem, confissão espontânea de fraqueza e fracassos, os sentimentos de carência de Deus e a vigilância pessoal.  O reavivamento leva a igreja a redescobrir a pessoa e a obra do Espírito para servir outra vez, como nos dias dos apóstolos. Embora o reavivamento conduza ao evangelismo, este é uma coisa e aquele é outra. “O evangelismo é a boa nova e o reavivamento é vida nova”. No evangelismo é o homem que trabalha para Deus, no reavivamento é Deus que trabalha de forma soberana em favor do homem. “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra- te da misericórdia”. (Habacuque 3: 2).
      Louvado seja Deus! Os remanescentes do Senhor estão trabalhando neste momento em sua seara. Quando o ouro é substituído pelo bronze, é hora de entrar em cena os remanescentes do Leão da tribo de Judá. Creio que através desses remanescentes o reavivamento esta acontecendo. Há uma visitação sobrenatural do Espírito de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma de consciência de sua santa presença e é surpreendida por ela. E quando isso acontece, os inconversos se convertem do pecado, arrependem- se e clamam a Deus por misericórdia, os desviado são restaurados. Os indecisos são revigorados. Quando os escudo de ouro (proteção de Deus), esta no meio do povo, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro. Louvado seja Deus, Jesus Cristo é melhor do que suas dádivas. Alegre- se nEle! Pastor Elias Fortes. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A SEARA ESTA MADURA

Jesus declara, "Os campos estão maduros, e a colheita é abundante. Está na hora de começar a colheita". Naquele momento, a grande e última colheita espiritual começou. Começou como colheita dentre os judeus e gentios da geração de Jesus. E essa mesma colheita vai durar até a volta de Cristo. "Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mateus 9: 36-38).
     Devemos orar incansavelmente ao senhor da seara que mande os ceifeiros, sabendo que a seara realmente esta madura. "A colheita está pronta, está na hora de colher"? Mas, eu te pergunto: Jesus viu um despertamento espiritual em Israel? Estaria havendo um avivamento nas sinagogas? Os sacerdotes estavam se voltando a Deus? Os escribas e fariseus estariam se vendo convencidos de culpa diante de Deus? Que prova havia de que a colheita estava madura?
     Os evangelhos mostram o oposto. Jesus era zombado nas sinagogas; os líderes espirituais do país O rejeitavam, questionando Sua integridade e divindade; uma multidão religiosa tentou lançá-Lo sobre um penhasco. E o próprio Cristo repreendeu as cidades de Israel por não se arrependerem diante de Sua mensagem: "Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida, Tiro, Sidom! Ai de ti, Cafarnaum!".
     Já as multidões, estavam confusas em caótico desespero. As escrituras nos dizem, "Quando as viu... estavam aflitas e abatidas, como ovelhas sem pastor". Era uma sociedade cheia de medo, opressão, depressão; as pessoas corriam de um lado para o outro como um rebanho disperso, procurando ajuda em qualquer lugar onde pudessem ir. Ainda assim foi nesse tempo de grande aflição que Cristo declarou, "Os campos estão maduros, e a colheita é farta".
     Essas palavras de Jesus se aplicam há nós? Os campos estão brancos e prontos para serem colhidos? As nações estão se arrependendo? Está havendo um grande mover em nossa sociedade? E a igreja organizada está despertando? Os líderes religiosos estão famintos por avivamento, buscando novamente Cristo? Há um grito por santidade nessa geração?
     Infelizmente temos poucas exceções, a realidade é que nada disso acontecendo hoje! Contudo, não foi nenhuma dessas coisas que tocou Jesus em Seu tempo. Antes, Ele foi tocado pela triste situação que via por todo lado. Para todo lado que olhava, as pessoas estavam batidas pela agonia. Hoje não é diferente?
     Ao olhar sobre Jerusalém, Ele chora. Suas lágrimas foram pela dureza e pela cegueira espiritual que viu lá. Lá estava um povo a caminho do juízo, sem paz, só com temor e depressão. E Ele profetizou em cima desta cena, "A sua casa será assolada".
     É nesse momento que Jesus nos dá um quadro de como seriam os últimos dias. Ora, esse período começa na Sua ascensão, e acaba somente quando Ele volta. Estamos muito perto disso agora. E Jesus o descreve aos discípulos quando Lhe perguntam quais sinais deveriam buscar. Eles queriam saber a situação das coisas ao se aproximarem aqueles que seriam definitivamente os últimos dias.
     Cristo respondeu falando de fomes, terremotos, tribulações, nações divididas. Falsos profetas e falsos cristos enganariam a muitos e levariam multidões a se apostatarem. Os crentes seriam odiados apenas por mencionarem o nome de Cristo. E o amor de muitos esfriaria, com alguns se desviando devido ao ousado crescimento do pecado e da corrupção. "Haverá...angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que sobreviverão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados" (Lucas 21: 25- 26). Resumindo, O homem terminal terá a sua psique abalada. Jesus está descrevendo aqui o período mais cheio de ansiedade, depressão e pressões de todos os tempos.
     Esta geração está cheia ansiedade e preocupações. Multidões se atemorizam observando desastres em cima de desastres: furacões, terremotos, tsunamis, desmoronamentos. Nações inteiras tremem de medo diante da ameaça do terrorismo. E a síncope cardíaca é o assassino número um no mundo atualmente. Falsas religiões, falsos profetas, falsos cristos estão desviando a muitos. Milhões de pessoas estão se voltando para o Islamismo, e nação após nação sendo infiltrada pelos muçulmanos. Não há como negar que tudo esta sendo terrivelmente abalado.
     Em meio a todas essas tragédias e perplexidade, ouço as palavras de Jesus: "Os campos estão brancos. A colheita é abundante". Em essência Jesus esta dizendo às igrejas: "As pessoas estão prontas para ouvir. Essa é a hora de crer para a colheita. Chegou o momento de você começar a colher".
     Jesus é o Senhor dessa colheita. E se Ele declara que a ceifa está preparada, temos de acreditar. Não importa o quão corrupta esta geração se torne. Não importa o quão poderoso Satanás pareça ter se tornado. O nosso Senhor está nos dizendo: "Pare de se concentrar nas dificuldades ao redor. Pelo contrário, levante os olhos. Chegou a hora de você ver que os campos estão maduros".
     Cristo sabia que em tempos de pressão e calamidades, as pessoas são forçadas a enfrentar a eternidade. Sofrimento, medo e períodos difíceis amadurecem o povo para ouvir e receber o evangelho. Veja o contexto de Suas palavras: "Vendo ele as multidões... porque estavam aflitas... E então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande" (Mateus 9: 36- 37).
     As Escrituras nos dizem a esse respeito! Moisés repreendeu sua geração dizendo, "Deus guiou vocês. Aumentou os seus números. E grandemente os abençoou, lhes dando campos verdejantes, mel, manteiga, leite, ovelhas, óleo, frutas. Mas vocês se enriqueceram e se rebelaram. Vocês subestimaram a Rocha da sua salvação, e A desprezaram". "Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se... abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação" (Deuteronômio 32 :15).
     Israel foi rebaixado após isso. Contudo, na tribulação, eles invocaram o Senhor, e Ele os livrou: "Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (Salmo 107: 6). O rei Davi clamou em meio a angustia: "Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos" (Salmo 18: 4- 6).
     Problemas, angústias e perplexidade sempre geraram gritos de socorro. Esse tem sido o padrão ao longo dos séculos. É em meio às tragédias que o campo ficará maduro, e isso resume a lei da colheita: QUANTO MAIS NEGROS OS DIAS, MAIS BRANCA É A COLHEITA. É por isso que Jesus diz para não temermos, mesmo que os montes caiam no mar. Países que julgamos ser inalcançáveis se tornarão campos brancos para colheita. Em meio a angustia e perplexidade ha muitos cristãos orando para que se levantem os ceifeiros desta geração, pois a ceifa esta próxima.
     Quando Moisés disse ao faraó, "Deixe ir o meu povo", foi porque Deus havia anunciado tempo de colheita. Tinha chegado à hora de Israel se libertar do cativeiro. Mas o faraó respondeu, "Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Êxodo 5:2) O faraó significa o próprio Diabo, ele representa o sistema demoníaco de Satanás, incluindo as falsas religiões e a opressão que prende o povo em cativeiro.
      Antes que Israel pudesse ser liberto, os poderes das trevas teriam de ser abalados. Então Deus atacou o Egito com nove calamidades naturais. Mas essas nove tragédias apenas endureceram o coração do faraó. Finalmente, veio uma calamidade tão devastadora, que todos no Egito, desde o governo até os cidadãos comuns, souberam que não se tratava apenas de a natureza fora de controle. Era Deus falando. O Senhor havia enviado um anjo da morte. E uma noite, o filho mais velho de toda família egípcia morreu. O filho do faraó foi incluído entre eles.
      Bem no dia seguinte, Israel desfilou saindo do Egito. Cá estava a ceifa vinda imediatamente antes do juízo. Séculos depois, quando Jesus anunciou a colheita madura em Jerusalém, Ele sabia que o juízo estava preste a vir. Alguns anos após, o general Tito e seu exército invadiriam a cidade, e 1.200.000 pessoas seriam mortas. Muitos seriam presos a cruzes, e a própria cidade seria queimada. É por isso que Jesus advertiu Sua geração: "Vocês dizem que faltam quatro meses para a ceifa. Mas lhes digo a colheita  tem de começar agora. Vocês precisam estar na vontade de Deus, pois a maior calamidade está às portas. Eu os estou  comissionando para terminarem a Minha obra. O tempo de começar a colheita é hoje".
     Como Jesus descreveu a calamidade que viria? "Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (Mateus 24: 21). Porém, antes dessa calamidade chegar, haveria à hora da colheita.
     Infelizmente muitas igrejas começaram a se concentrar em novos métodos para produzir conforto e riqueza. Deixando de lado os campos maduros e a colheita maravilhosa. Hoje temos mega- igrejas. Com membros aos milhares ou dezenas de milhares. Algumas construíram dependências lembrando shopping centers, incluindo restaurantes e outras conveniências. A “cidade de Deus”. Igrejas centradas nas necessidades físicas e financeiras oferecendo todo tipo de conveniência e entretenimento. Os cultos foram substituídos por “sessões, reuniões, concentrações de fé”. Estes shopping centers da fé.  Igrejas centradas e números. (Indico o livro do pastor William Chadwick "Stealing Sheep", roubando ovelhas). Resultado? Muita diversão e entretenimento e pouquíssimos ceifeiros! Há uma estatística que essas megas- igrejas não valorizam; um número diminuto de cristãos alguma vez ganhou uma alma para Cristo. Isso atualiza as palavras de Jesus de que "os trabalhadores são poucos".
      Os campos estão brancos prontos para a colheita, onde estão os ceifeiros desta ultima hora? Milhares de crentes estão gastando o tempo e a energia procurando o sucesso do mundo nas coisas materiais. Que influência esses crentes tem no mundo hoje? Como poderiam produzir uma colheita, estando tão presos ao mundanismo? O testemunho de muitos se tornaram nulo. Estão vazios do poder espiritual, vagam de igreja em igreja em busca apenas de milagres e prosperidade, outros estão esta guinados com medo e dúvidas.
       Como as pessoas ao redor desses crentes haveria de querer esse evangelho, vendo elas neste estado de miséria espiritual?  Crentes estressados e sem alegria? Por que iriam crer na mensagem de que "Jesus é suficiente, o meu tudo, o meu sustentador", sempre estão temerosos, preocupados, sem paz. Com isso vêm os questionamentos: "Que diferença produz o teu Cristo? Ele não parece ser um bom médico, se você está sempre desse jeito". O nosso semblante conta tudo. Ouça o que Cristo diz de Sua noiva, em Cantares: "Pomba minha... mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável" (Cantares 2: 14). Cristo está nos dizendo basicamente, "Quero ver o teu sorriso". Essa é a descrição da tua fisionomia? Você sente alegria da salvação em sua vida? Isso tem contagiados outras pessoas?
       Jesus pôs a coisa de maneira simples: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos". Mas, por que há tão poucos trabalhadores? As igrejas agora estão empanturradas de crentes que dizem ser Cristo a razão de suas vidas. Mega- Igrejas com todo tipo de equipamentos para a comodidade de seus ouvintes. Estão gastando muito dinheiro em centros de adoração por todo lado. Shows e mais shows, mas, cadê os ceifeiros da ultima hora?
       A verdade é se não somos capazes de colher almas, se as nossas vidas não refletem o poder transformador do evangelho que pregamos, então já anulamos a nós mesmos como trabalhadores. O nosso caminhar com Cristo deveria oferecer prova ao mundo de que as promessas de Deus são verdadeiras. Como obreiros, somos os instrumentos de ceifa nas mãos do Senhor. Nos dias de Cristo, esse instrumento era uma foice, uma lâmina comprida, curva, e com um cabo longo. Era forjada pelo ferreiro, que a punha no fogo, e a seguir sobre a bigorna onde a golpeava e moldava sua forma. Então todo o processo era repetido várias vezes, até que a lâmina cortante estivesse afiada e dura. O paralelo é claro. Deus está forjando trabalhadores. Ele não está simplesmente golpeando o pecado. E esse processo de forja explica porque os trabalhadores são poucos. As maiorias dos frequentadores de igreja são como os milhares que foram voluntários a ir com Gideão no Velho Testamento. Deus viu o medo em muitos deles, sabendo que não suportariam o fogo, os golpes, a dureza. E dentre os milhares que seguiram Gideão, só trezentos foram escolhidos. O mesmo acontece hoje. Os que são verdadeiramente chamados  à colheita são chamados a suportar o refinamento, o fogo usado para dar a forma, e o martelar contínuo. Mas não são muitos os que conseguem.
     Onde os discípulos começaram o ministério? Segundo essa passagem, Jesus os enviou aos oprimidos, aos pobres, aos dobrados sob o pecado e o cativeiro, sob-hábitos que controlavam suas vidas. Infelizmente muitas igrejas estão sendo transformada em “clube de bacanas”, você paga para ser feliz. Poucos são os que querem ministrar a salvação junto aos mais necessitados, aos mais pobres, às pessoas mais presas ao diabo.
     Eles estão começando a ceifar exatamente onde Jesus iniciou Sua colheita: entre as ovelhas perdidas, entre os cativos, os de coração partido, os prisioneiros, os leprosos, os cegos, os pobres, os que choram os de coração pesado, os oprimidos, os transtornados. Veja as palavras de Paulo: "Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as cousas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as cousas fracas do mundo para envergonhar os fortes; e Deus escolheu as cousas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são... a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus" (I Coríntios 1: 26- 29).
        Há muito trabalho na vinha do Senhor, pois esta requer constante cuidados. Para tanto é necessário que se tenha persistência até ao tempo da colheita (Tiago 5: 7). È tempo de trabalhar. Na parábola da vinha (Mateus 20: 1- 10), o pai de família buscou obreiros para cuidar de sua vinha. Na 1ª, 3ª, 6ª e 9ª hora, o vinhateiro encontrou obreiros que iam das 6 horas da manhã (primeira hora), a 3ª hora (9 horas); a 6ª horas (12 horas), apesar do mormaço do dia, 9ª (15 horas; e, por último, 11ª hora undécima, 17 horas), cumprindo seus deveres de acordo com o combinado. Entretanto, foi somente no crepúsculo do dia, antes que o sol se pusesse no horizonte, que o dono da vinha pôde completar o número de trabalhadores de que precisava.
        Na história da Igreja Cristã, entramos na undêcima hora. É o crepúsculo do último trabalho da Igreja na terra, quando se fará a grande colheita para o Reino de Deus! Todos os que trabalham na vinha do Senhor, da primeira à nona hora, tornara possível este momento. Não podemos, portanto, correr o risco de lamentar o tempo perdido e confessar como Israel: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jeremias 8: 20).  O apóstolo João previa esse tempo, quando nos exortou: “Filhinhos, é já a última hora”. (1 João 2: 18).
        Lembre- se: Não se trabalha na vinha de Deus visando recompensa ou vantagens.  A recompensa não é maior nem menor, porque é direito de todos. Pequenos e grandes, pobres e ricos, todos são tratados de igual modo na vinha do Senhor. Pastor Elias Fortes.