LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 26 de novembro de 2011

MORTALHAS

Existem momentos na vida em que uma grande alegria subitamente vira uma grande tristeza. E quando isso acontece, é fácil esquecer que Deus pode transformar qualquer tragédia em triunfo.
     Mais cedo ou mais tarde, vamos enfrentar a tragédia. Ou ficamos com o símbolo da morte ou com o símbolo da vida. Pode ser uma pulseira com a identidade no hospital, uma nota de jornal sobre a morte de um amigo, um carro destruído. Nós não gostamos desses símbolos, nem desejamos. Eles ferem nossos corações com lembranças de dias ruins.
     Lembro- me de um culto realizado na despedida do pai de um amigo! Naquela manhã triste perguntei para aquelas pessoas: “Quantos leram a passagem bíblica na placa de bronze, que estava ao lado do caixão?”.  “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3: 16). A maioria não leu, outros gostaram daquela passagem bíblica, talvez esteja ao lado de seu caixão.
      Você já participou de bate- papos com seus amigos em que alguém perguntou: “O que você está planejando vestir no caixão?”. Ninguém gosta de falar sobre este assunto. Ninguém gosta de mortalhas. Talvez de uma placa de bronze com a passagem de João 3: 16, mas, de mortalha não!
     Embora seja um assunto que nós não gostamos de falar, precisamos estar firmes na palavra de Deus, quando as mortalhas chegarem. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Romanos 8: 28). Será que “todas as coisas” incluem adversidades, sofrimentos e tragédias? 
     Deus pode transformar qualquer tragédia em triunfo, mas para isso temos que aprender a esperar e observar. Convenhamos? Não é uma tarefa fácil, não é mesmo?   Gostaria de falar de uma tragédia, ela aconteceu numa da sexta- feira: “Depois disso, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus. E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigia de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com especiarias, como os judeus costumam fazer na preparação para o sepulcro” (João 19: 38- 40).
      Como uma mortalha pode mudar a vida de homem! Amedrontados durante a vida de Cristo, mas corajosos em sua morte. José de Arimatéia tinha dado à sepultura. Nicodemos tinha trazido mirra e aloés. Glória a Deus pelas mortalhas, recentemente eu fiquei com as marcas de uma mortalha, confesso! Cada vez que toco neste assunto o meu coração “arde”. Mas esta mortalha me aproximou maravilhosamente de Jesus, bendita mortalha. Pois, deixei de ser um covarde.
      João nos fala que Nicodemos levou cerca de três quilos meio de mirra e aloés. Essa quantidade é digna de nota, pois tal montante de óleos funerais era usada normalmente apenas em reis. João nos leva a ver os lençóis, pois, para ele, era um quadro de tragédia, a tragédia da sexta- feira.
      Quantas vidas que choram neste momento... Ficou apenas com aquela foto, aquele sorriso, a roupa dobrada carinhosamente sobre a cama... Mortalhas! Apenas mortalhas!
       Enquanto não houvesse mortalhas, enquanto não houvesse uma sepultura, havia esperança.
       Mas a chegada das especiarias e dos lençóis assinalavam o fim de qualquer esperança. Para o apóstolo, a mortalha simbolizava tragédia. João havia abandonado sua carreira e colocado sua vida nas mãos daqEle carpinteiro nazareno. Creio que foi o dia mais triste na vida de João. Pouco antes, naquela semana, João havia desfrutado de um desfile empolgante, quando Jesus e seus discípulos entraram em Jerusalém. “Pastor! Ele estava bem, conversamos... e agora ele se foi, gostaria de ter abraçado carinhosamente... gostaria de falar o quanto o amo... Quanto tempo eu desperdicei, poderia ter aproveitado melhor o tempo ao lado...”. Meu Deus! Como as coisas mudam depressa.
      As pessoas que o tinha chamado de Rei no domingo exigiam a sua morte na sexta- feira seguinte. Aqueles lençóis eram um memorial visível de que seu amigo e seu futuro estavam envolvidos numa mortalha e selados atrás da rocha. João não sabia naquela sexta- feira o que você e eu sabemos agora. Ele não sabia que a tragédia da sexta- feira seria o triunfo do domingo. João depois confessou que: “... ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos” (João 20: 9).
     O que João fez no sábado é muito importante para nós. Ele esperou. Confesse! Existe algo mais difícil do que esperar? Especialmente quando você não sabe pelo que está esperando. Não sabemos nada sobre o sábado após a morte de Jesus. Não temos nenhuma passagem para ler, nenhum conhecimento para compartilhar. Tudo o que sabemos é isso: quando chegou o domingo, João ainda estava presente. Quando Maria Madalena veio procurando por ele, ela o encontrou.
      Jesus estava morto. O corpo do Mestre estava sem vida. O amigo de João e seu futuro estavam enterrados. Mas João não tinha ido embora. Por quê? Ele estava esperando a ressurreição? Não! Leia atentamente:“Correu, pois, [Maria Madalena] e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse- lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então, Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando- se, viu no chão os lençóis e que o lenço que tinha sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu” (João 20: 2- 8).
      Então porque ele estava ali? Porque ele amava Jesus. Era o seu melhor amigo! Amigo de reclinar a cabeça no peito.
      Para muitos, Jesus era um realizador de milagres (cura, benção e prosperidade). Para outros era mestre (apenas teologia). Para outros era esperança de Israel (meio para se promover na política). Mas para João, Jesus era o amigo! O que Jesus é para você?
      Você não abandona um amigo... Nem mesmo quando aquele amigo está morto. João ficou perto.
      Ele tinha o hábito de fazer isso. Ele estava perto de Jesus no jardim do Getsêmani. Ele estava aos pés da cruz na crucificação, e estava bem perto da sepultura no enterro. Uma mensagem poderosa para nós. João esperou. E você? Quando é sábado em sua vida, como você reage? Quando você esta em algum lugar entre a tragédia de ontem e o triunfo da amanhã, o que você faz? Você abandona a Deus... ou permanece perto dEle?
     Lembre- se! Às vezes, as coisas mais maravilhosas acontecem quando você menos espera. João não estava esperando nada de maravilhoso naquele sábado depois da crucificação. Mas João decidiu permanecer perto de Jesus no sábado da espera, e pode desfrutar do domingo do milagre: “Finalmente entrou também o outro discípulo, que chegará primeiro ao sepulcro, e viu e creu” (João 20: 8).
     Oh mortalha maravilhosa! Aquela mortalha não tinha sido rasgada e jogada no chão. Os tecidos não tinham sido trocados. O lenço que cobria a cabeça de Jesus estava cuidadosamente dobrado. Através dos trapos da morte, João viu o poder da vida. Curioso Deus usar algo tão triste como uma mortalha para mudar uma vida!
      Será que Deus poderia fazer algo parecido em sua vida? Ele poderia pegar o que hoje representa tragédia, tristeza e dor, e transformar num símbolo de triunfo? O que devo fazer? Faça com João! Não vá embora. Fique perto de Jesus. “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8: 28 ênfases minha). João amava Jesus, ele não compreendia ou sempre concordava com Ele, mas o amava. E porque o amava, ficou perto dEle. E ela estava lá quando o mundo foi mudado para sempre.
       Diante desta palavra podemos falar: “A mortalha contribui juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”.
       Para minha irmã em Cristo, Maria, esposa do irmão Cândido  O câncer no seio, e a medicação errada (quimioterapia), onde queimou a sua boca, esôfago e pulmões, ela ficou sem se alimentar por dois meses, e hoje curada, caminhando sete quilômetros a pé para levar a santa ceia para um casal de irmão idosos. Para a irmã Maria lemos assim: “O câncer no seio contribuem para o bem”.
         Como Romanos 8: 28 seria lido na sua vida?
 “A despedida de um ente querido contribuem para o bem”.
 “Notas baixas contribuem juntamente para o bem”.
 “O divórcio dos pais contribui juntamente para o bem”
 “Uma amizade rompida contribui juntamente para o bem”.

      Se Deus pôde mudar a vida de João através de uma tragédia, seria o desejo dEle usar uma tragédia para mudar a sua? Por mais difícil que pareça você pode estar apenas a um sábado de distancia da ressurreição. Quando a sexta- feira da tragédia chegar, temos o sábado da espera (ao lado do Senhor Jesus Cristo), par finalmente desfrutarmos do domingo da ressurreição. Que este domingo do milagre, seja iluminado pelo sol da justiça, o choro do sábado cessou com domingo da alegria! Que Jesus abençoe a sua vida ricamente por partilhar esta palavra comigo. Pastor Elias fortes.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FIDELIDADE

Fidelidade! Uma palavra em desuso em nossos dias.  Como cristãos, isto é, termos fidelidade em nossa vida e em nossa fé cristã, e manifestar “a perseverança dos santos”. Desta maneira nos tornamos “dignos de confiança”.
      Fidelidade! (Gr. Pistis, “fidelidade”, “confiabilidade” “lealdade”): “Não defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamentado da doutrina de Deus, nosso Salvador”. (Tito 2: 10).
      Não é de hoje que o povo se reúne em torno de “profetas” que dizem palavras agradáveis aos ouvidos. “Então disse eu: Ah! Senhor, Senhor, os profetas lhe dizem: Não vereis espada, e não tereis fome. Deveras, dar- vos- ei paz verdadeira neste lugar. Disse o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome. Não os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu coração é o que vos profetizam. Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizaram em meu nome: Eu não os mandei, contudo dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra. À espada e à fome serão consumidos esses profetas”. (Jeremias 14: 13, 15).
      Milhares de pessoas vão à igreja em busca de uma mensagem (ou melhor, dizendo, uma massagem), as pessoas querem ouvir uma mensagem de auto- ajuda, motivadora. O mundo esta dentro de muitas igrejas, Reteté, dança do fogo, cair no “espírito”, “unção” do riso, do leão, para ficarem mais animados nos “embalos de domingos à noite” vem ai mais uma “novidade”, a festas a fantasias! É a mais nova “moda” de muitos crentes, você pode imaginar casais dançando coladinhos fantasiados de Fred e Vilma dentro de uma igreja “evangélica”? E o que dizer de crentes que fantasiam seus filhos para  Halloween gospeloutros estão aderindo “a festa caipira” com direito a roupa de caipira e dança de quadrilha. É o “arrai dos crentes” com direito a uma bebida (crentão). Foi por este motivo que Paulo alertou a Timóteo quanto aos crentes que se desviaram da verdade, voltando- se às fábulas: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, cercar- se- ao de mestres, segundo as suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando às fábulas” (2 Timóteo 4: 3- 4).
      O supremo objetivo de Deus para a sua vida na terra não é o conforto, mas o desenvolvimento de seu caráter. Um caráter fiel a sua palavra. Graças a Deus pelos cristãos desprendidos das coisas desta terra. Ainda que lhes sejas tirados empregos, casa, dinheiro e mesmo as roupas do corpo, continuarão amando a Deus de todo o coração. Ao confrontarmos esse “outro evangelho” da conveniência, do entretenimento, com a preciosa Palavra de Deus, descobrimos a falta de lealdade por parte de muitos que se dizem crentes.
      O escritor aos Hebreus nos dá uma compreensão melhor do que é fidelidade: “Pelo que, santos irmãos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus, o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão. Ele foi fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a casa de Deus”.(Hebreus 3: 1- 2 grifo meu).
     A frase participais da vocação celestial significa literalmente “ouvimos o céu nos chamando”. O céu esta a chamar a voz do Senhor, crentes que confessam: “Jesus tu és tudo para mim, nada neste mundo me satisfaz, somente tu Senhor é a minha vida”.
     Porém fidelidade a Deus não significa desejo de deixar tudo por Ele. Fazer marcha para Ele, ir ao monte “sacrificar” por Ele. Colocar uma camiseta escrito: "Sou apaixonado por Jesus". Podemos dar nosso corpo para ser queimado, mas sem fidelidade...? (1 Corintios 13: 3). Sem amor...? (apocalipse 2: 4).
     Alguns acham que ser fiel a Deus é viver sem concupiscência ou vencer os hábitos pecaminosos. Outros que a fidelidade a Deus resume- se a Constancia na literatura bíblica, oração, contribuições e assiduidades nos cultos. Essas coisas não podem tornar- nos fiéis a Deus. Você pode estar estranhando esta palavra, e até dizer: “Quer dizer que todo o meu empenho contra o pecado, o trabalho para Deus o fervor na oração não são fidelidade? Então pastor, o que é fidelidade?
    Faremos essas coisas naturalmente, se formos fiéis, mas elas próprias não são sinônimo de fidelidade! Este deve ser fruto de um coração confiante. Não poderemos ansiar por Jesus se houver raízes de incredulidade em nossos corações.
    Você pode desligar dos bens materiais, desejar ardentemente a vida de Jesus e cantar louvores a Deus todos os dias. Porém, a menos que ore para ouvir a Palavra no seu interior e aplica- lá a sua vida, essas coisas não lhe serão de nenhum proveito. A palavra que você ouve deve ser combinada com fé. “Pois também a nós foram anunciadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra que ouviram nada lhes aproveitou, visto não ser acompanhada pela fé, naqueles que a ouviram” (Hebreus 4: 2).
    A palavra deve ser absorvida. Se o que lemos e ouvimos não for combinado com fé, não tem valor para nós. Satanás trabalha para tirar a Palavra de nós, muitas igrejas viraram apenas “clube, cantoria e entretenimento”, e da- lhe oportunidade que não acaba mais (Pois, alguém pode sair da igreja se não lhe for dado à oportunidade!) no final, com tremenda hipocrisia, muitos têm a coragem de falar: “Vamos para a parte mais importante do culto! A mensagem!”. Não! A parte mais importante no culto é quando estamos em fidelidade ao Senhor adorando em espírito e em verdade. A palavra de Deus esta ficando em segundo plano em muitas cátedras. Satanás sabe que só há uma coisa que pode destruir o povo de Deus! A falta de conhecimento nas Escrituras. (Oséias 4: 6).
     Nossa juventude nunca teve tanta diversão em nossas igrejas como nos dias de hoje, recentemente minha sobrinha me falou: “Tio vou fazer um “acampadentro” na minha igreja, é legal passar a noite com as minhas coleguinhas”.
     É festa do travesseiro, retiro, incursão, passeio e muita gincana. Mas não isso que a palavra de Deus nos aconselha se quisermos ter uma juventude forte em nossas igrejas: “... Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno” (1 João 2: 14).
     O escritor aos Hebreus diz que Jesus era fiel a Deus, assim como Moises. Como foi medida esta fidelidade? Por quem foram chamados de fiéis? Foram considerados fiéis porque nunca duvidaram da Palavra de Deus. Sabiam que Ele faria tudo o que prometeu.
      Fidelidade, então, é simplesmente crer que Deus manterá sua palavra neste sentido, Jesus e Moises possuíam esta fidelidade: “Temo- nos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o fim a confiança que desde o principio tivemos” (Hebreus 3: 14).
      A fé que possuíam era constante, jamais esteve em perigo. Provaram sua fidelidade pela confiança ao Pai, e nós, que fazemos parte de sua casa, devemos imitá- los: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa. Essa casa somos nós, se tão- somente conservarmos firmes a confiança e a glória da esperança até o fim” (Hebreus 3: 6).
      Nossa carne se cansa quando aumenta a intensidade da prova. A maioria dos cristãos permite que o medo e a duvida os dominem. Questionamentos e desconfiança dominam suas vidas. Com isso muitos crentes desperdiçam um tempo precioso... E até mesmo a vida. Por não conhecerem sua própria condição diante de Deus.
      A falta de fidelidade leva ao desespero, a desconfiança. O que estamos presenciando em nossas igrejas? Crentes sem convicções! Vivem mendigando migalhas espirituais “Orem por mim” “Não tenho forças”. São presas fáceis para os mercenários da fé (que emprestam a fé, mediante uma ofertinha simbólica), pois, por não possuírem a palavra de Deus, logo são enganados por toalhinhas milagrosas, meias ungidas, sal grosso, martelo da prosperidade e todo tipo de patuá e feitiçaria evangélica.
     Jesus não venceu o Diabo com um acorde de guitarra ou uma dança exótica, mas somente com a Palavra de Deus: “... Está escrito, está escrito. Vai- te, Satanás! Pois está escrito...” (Mateus 4: 4- 10).
     A falta de fidelidade na Palavra de Deus trás conseqüências terríveis, pois, no momento mais decisivo, em vez de serem vivificados, muitos abandonaram a fé. Satanás lhes sussurra: “você não esta fazendo progresso espiritual”, “você é muito fraco para a batalha espiritual”, “Deus não esta com você”.
     O pai de todas as mentiras, o instigador de toda decepção e falsidade: (João 8: 44), ele nos acusa constantemente diante de Deus, lançado mentiras contra nós. Sua intenção é destruir nossa paz e confiança no Senhor. Lembre- se! De dia e de noite ele faz acusações contra nós. (Apocalipse 12: 9, 10).
     Satanás não desperdiça seu tempo mentindo a pecadores; eles já são seus prisioneiros. Ele trabalha entre os crentes, semeando mentiras nas mentes dos verdadeiros adoradores, os santos de Deus. Sua obra maléfica visa prejudicar até àqueles determinados a entrar no descanso de Deus: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus; pois aquele que entrou no descanso de Deus, ele próprio descansou de suas obras, como Deus das suas. Procuremos, portanto, entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência” (Hebreus 4: 9- 11).
     Esse descanso significa a total confiança na Palavra de Deus. É um lugar de fé, onde não há contenda, medo ou dúvida. É um permanente repouso, a certeza de que Deus está conosco e cuidará de nós até o fim. Mas lembre- se! O alvo de Satanás é a nossa fé em Deus. A nossa mente será bombardeada por dados inflamados do inimigo: “Você esta exausto... sem recursos... desista... diminua... devagar... cansado... muito cansado.”
     Daniel advertiu- nos que o diabo teria sucesso em fatigar os santos: “Proferirá palavras contra o Altíssimo...” (Daniel 7: 25). Esta expressão, no hebraico, significa “cansar mentalmente, tornar a mente fatigada”. Talvez você tenha dito para si mesmo: “Estou mentalmente esgotado, completamente exausto!”. Essa não é a linguagem do conquistador. Sim, às vezes sentimo- nos cansados, mas o diabo quer usar essas palavras para fazer- nos também espiritualmente fatigados e roubar- nos a vitória e a alegria, que são nossas no Espírito Santo.
     Orações que param em um teto de bronze: “Deus não esta com você, desista não vale a pena continuar mais”, “Depois que você aceitou a Jesus, veja como as coisas pioraram”. Nessas oras não ira adiantar lencinho com o suor de feiticeiro, toalha, arruda, sal grosso. Somente a palavra de Deus acompanhada de fé. “Vai-  te Satanás, pois esta escrito!”: “... Não te deixarei, nem te desampararei... O Senhor é meu auxilio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13: 5, 6). Vai- te Satanás, pois Jesus nos assegurou: “... eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28: 20).
     Em quem você tem confiado? No acusador ou no Sumo Sacerdote? Há infidelidade nos leva direto para o acusador. Mas, a fidelidade na Palavra de Deus, nos deixa convictos em quem é o nosso Sumo Sacerdote: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas fraquezas, porém um que, como nós, em tudo foi tentando, mas sem pecado. Cheguemo- nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos  graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4: 14- 16).
      Se ficar- mos olhando para os homens haverá decepções, desanimo e infidelidade. Pois, há brigas entre lideres por programas “evangélicos”, leilões da fé (ofertinha de 900 reais), escândalos, corrupção. Construções de obras mortas (templo de Salomão, cidade Mundial etc..). As modernas torres de Babel estão sendo erguidas, querem ir para o céu a base de argamassa e tijolo (Obras humanas), Mas, sem santificação?... Sem renúncia? Sem falar sobre o juízo eterno? Sem denunciar o pecado? O que importa é o dizimo e a oferta? E o caráter cristão? E a fidelidade a Palavra de Deus?
       Não fique “revoltado”, pois os homens passam com as suas mentiras, mas a Palavra de Deus jamais passará. Fomos convidados a entrar na sala do trono do Potentado do Universo. Ele sabe o que estamos atravessando, e o que ainda enfrentaremos: “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrario, todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4: 13).
      O próprio Jesus experimentou tudo aquilo pelo qual passamos, para poder ajudar- nos na hora da necessidade.
      Vivemos de promessas da palavra de Deus, não pelo que vemos. E se queremos ser fiéis a Deus, não podemos ficar por ai alimentando nossas dúvidas. Devemos encorajar- nos diariamente no Senhor, e não vivendo emprestando a “fé” (dos agiotas da fé), pois a bíblia nos ensina a batalhar pela fé (Veja no dicionário o que significa batalhar): “Amados, enquanto eu empregava toda diligência para vos escrever acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando- vos a batalhar pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3).
      Vivemos por fé (batalhada), e não por vista! A fidelidade a Palavra de Deus nos encoraja a viver diariamente driblando a incredulidade e rejeitando as mentiras do diabo. Edifiquemos nossa fé na Palavra de Deus: “Vós, porém, amados, edificando- vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai- vos no amor de Deus...” (Judas 20, 21). Pastor Elias Fortes.



      

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MENTIRA! CONHEÇO UM CARPINTEIRO QUE PODE DAR UM JEITO NISSO

Sem dúvida, um dos grandes problemas no relacionamento interpessoal está na dificuldade das pessoas em controlar a sua língua. Quantos ouvidos Deus nos deu? Quantas línguas? Você sabe o porquê? “Fala muito! Fala muito!”, declarou recentemente um técnico de futebol em nosso país. Porém, a Bíblia, nossa regra de fé nos ensina: “Sabei isto, meus amados irmãos: Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tiago 1: 19).
     Somos aquilo que falamos e ouvimos, somo frutos das nossas palavras. A qualidade de vida em família depende do que é falado no lar: “Pois quem quiser desfrutar a vida, e ter dias felizes, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano” (1 Pedro 3: 10).
     Há uma propaganda de uma empresa de telefonia, onde uma mulher fala sem parar, ela chega a dizer que quando começa a falar, as pessoas dormem. A Bíblia chama a pessoa que fala sem parar de tolo. Uma língua irrequieta demonstra um coração inquieto, precisa de cura. “Na multidão de palavras não falta pecado” (Provérbios 10: 19). Pessoas que falam demais são mais infelizes, pois são tolas: “Por que, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras” (Eclesiastes 5: 3).
      Palavra negativa é um dos “pecados respeitáveis” praticados regularmente por pessoas religiosas. Normalmente não é considerado pecado. Recebo inúmeras mensagens imails de pessoas dizendo: “Não tenho fé”. “Não creio que conseguirei o dinheiro a tempo.” “Tenho certeza que estou com uma doença grave”. “Não consigo nem orar mais”, “esse ai? É um caso perdido!” “Não esta adiantando nada eu ir à igreja”. As palavras podem ser muito educadas, respeitáveis e religiosas, mas em muitos casos são inaceitáveis a Deus. Muitas vezes, cavamos nossas próprias sepulturas com as nossas bocas. Há muitas pessoas mortas hoje que não deveriam ter morrido. Morreram por causa daquilo que falaram. Um bom exemplo esta em Números 13. Há uma diferença enorme entre o que os dez espias disseram e o que Josué e Calebe disseram. Josué e Calebe disseram: “Somos capazes”. Os outros disseram: “Disseram, não somos capazes”. Cada um selou o seu próprio destino pelo que disse.
     Você com certeza já ouviu esta frase: “O peixe morre pela boca”, recentemente lendo um artigo, descobri que o um sapo também morreu pela boca: “A morte e a vida estão no poder da língua, aqueles que a amam comerão do seu fruto” (Provérbios 18: 21).
     Em um verão muito forte, a água da lagoa estava secando. Se ele não encontrasse água rápido, ele iria secar também. Ele ouviu falar de um riacho que ficava logo depois da montanha mais próxima. Se ele pelo menos pudesse viver lá... Mas como poderia? As pernas curtas de um sapo não foram feitas para longas jornadas.
     Mas então ele teve uma idéia. Convencendo dois pássaros a carregarem, cada um, a ponta de um graveto, ele mordeu o centro do graveto e se segurou enquanto voavam. Enquanto eles voavam em direção à água, sua mandíbula segurava firme. Em terra, uma vaca que estava em um pasto viu aquela cena inusitada. Impressionada, ela pensou alto: “Quem foi que teve essa idéia?” O sapo ouviu a pergunta e não pode resistir em respondê- La: “FOI EUUUUUUUUUU...”
      Em provérbios 29: 20 diz: “Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele”. O Destino de nossa alma é determinado pelas nossas palavras: “Mas eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no dia do juízo. Pois pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado” (Mateus 12: 36- 37).
      Palavras vãs. No sermão da Montanha há um versículo paralelo: “Seja, porém, o vosso: “Sim”, sim; e o vosso “Não”, não. O que passar disto vem do maligno” (Mateus 5: 37). Segundo Dicionário Wycliffe mentira (pseudos) significa: Falsa declaração ou informação deliberadamente transmitida como se fosse verdade. Qualquer coisa que tenha a intenção de enganar. Milhares de pessoas estão atolados até o pescoço no pântano da mentira. São os “pseudos- crentes”. A autenticidade da minha religião se manifesta através do que eu falo: “Se alguém cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a sua religião é vã” (Tiago 1: 26). As palavras podem contaminar como vírus: “O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca, isto sim é o que contamina o homem” (Mateus 15: 11).
      Condenamos a mentira do mundo, mas, milhares de vidas estão vivendo na mentira dentro de suas religiões, pois fazem falsas declarações de sua vida espiritual. Lembre- se! Antes de grande parte dos incrédulos aceitarem a credibilidade da Bíblia, eles querem saber se nós temos credibilidade.
      Satanás foi o pai da mentira (to pseudos) em sua apostasia original (João 8: 44). Da mesma forma, o homem em sua apostasia preferiu “a mentira” (to pseudos) à verdade de Deus (Romanos 1: 25). Na apostasia final, pouco antes do segundo advento, o mundo irá receber “a mentira (to pseudos) do Anticristo (2 Tessalonicenses 2: 11- 12). Os falsos profetas, cujo os maiores sinais são autenticados por milagres e sinais (Há se todo cristão ficasse atento quanto a essas verdades bíblicas) (Apocalipse 13: 12). Esses falsos profetas tornam- se adeptos de Satanás (2 Coríntios 11: 13- 15). Enganando as pessoas com mentiras contra a verdade de Deus (Isaias 9: 15; Jeremias 23: 14, 25,26,32). Homens não regenerados, como seu pai espiritual (João 8: 44), Falam mentiras desde muito cedo (Salmos 58: 3), e fazem delas o seu refúgio (Isaias 28: 15, 17; 59: 3, 4) até se juntarem para sempre aos mentirosos (Apocalipse 21: 27; 22: 15). Mentirosos de todas espécies, juntamente com outros pecadores incorrigíveis, estarão no lago de fogo (Apocalipse 21: 8).
        A palavra de Deus não nos mostra apenas a enfermidade, mas também apresenta o remédio, a solução, a cura para esse mal, pois, muitas vezes, cavamos nossas próprias sepulturas com as nossas bocas. As Escrituras nos alerta que Deus abomina a língua mentirosa (Provérbios 6: 16- 19).
       Milhares pessoas, que estão dentro de igrejas estão sofrendo da “síndrome do Pinóquio”, só que ao invés do nariz é a “língua” que esta crescendo, tudo por que não sujeitaram a sua vida e língua ao Senhor Jesus Cristo! Conheço um carpinteiro que pode dar um jeito nisso. Compreenda por que você tem uma língua: “Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; ainda a minha carne há de viver em esperança” (Atos 2: 26).
      Reconheça que a indisciplina da língua é um problema do coração (Mateus 12: 33, 34), e se você não quer ter um coração enganoso, e uma língua mortífera aprenda através da palavra de Deus a guardar o seu coração: “Sobre tudo o que deve guardar, guarda o teu coração...” (Provérbios 4: 23). Portanto submeta- se à disciplina do corpo de Cristo (Mateus 18: 16- 17).
      Recuse o mal e entregue-se a Jesus Cristo, (Romanos 6: 12, 13). Recuse que os membros do seu corpo sejam usados como instrumento de injustiça. “O vento norte trás chuva, e a língua fingida o rosto irado” (Provérbios 25: 23).
      Entregue os membros do seu corpo para serem usados como instrumento de justiça e para louvor do nome do Senhor Jesus Cristo. “A boca do justo é manancial de vida, mas a violência cobre a boca dos ímpios” (Prevérbios 10: 11). Pastor Elias Fortes.

domingo, 6 de novembro de 2011

ESCANDALIZADOS

Jesus não nos chama apenas para vir a Ele, mas também para ir por Ele. Faça uma pausa e pense, apenas por um momento, sobre o Cordeiro sem mácula, Jesus Cristo. Na cruz, Ele realizou o que nenhum programa de auto- ajuda poderia fazer. Com dor excruciante, Ele tomou sobre o seu precioso corpo os pecados do mundo inteiro. Passados, presentes e futuros. Ele tornou- se o nosso pecado, impregnado do odor vil da homossexualidade, adultério, roubo, orgulho, amargura, mentira e rebelião. Ele se identificou conosco a ponto do Pai não poder olhar para ele, enquanto pagava o preço pelos nossos pecados.
     Ele olhou fixamente para a morte, como dizendo: “Onde está o teu aguilhão? Onde esta o teu poder?”
     Ele examinou Satanás, como se dizendo: “Onde está o seu sucesso? A sua realização?”
     Ele lançou os olhos para cada ser humano que já viveu, como se dizendo: “Amo você até este ponto. Aceitará minha morte como pagamento?”
     A seguir, olhou para o Pai e disse: “Em tuas mãos entrego o Meu espírito”.
     Ele terminou Sua obra. Realizou Sua missão. Morreu.
     Com a cruz bem clara à nossa frente, permita- me fazer algumas perguntas penetrantes.
     Qual seu sistema principal de apoio na vida? É a sua saúde? Seu emprego? Sua família? Seu dinheiro?
      Para o que você se volta em meio a uma crise? Entra em pânico? Come muito? Dorme muito? Trabalha muito?
      Como você reage ao ser tratado “injustamente”? Deseja vingança? Tem acessos de raiva por trás da porta fechada? Guarda ressentimento? Sofre silenciosamente?
      Embora essas perguntas sejam difíceis de responder, às vezes adoecemos por causa da condição de nossos corações. Em cada funeral tomamos consciência penosa de nossa mortalidade. Vemos claramente quão frágeis somos. Percebemos como a tragédia pode abater- se num instante sobre nós. (Num momento eles estavam no carro, rindo e brincando. No seguinte estavam mortos.) É fácil tornar- se cínico. É fácil desenvolver uma postura existencial. Uma vida sem significado.
      Em nossa busca de respostas, nos voltamos para a Bíblia, esperando encontrar significado em meio a um mundo que sofre. Nossas sobrancelhas se enrugam ao lermos alguns versículos saídos dos lábios de Jesus, imaginando porque Ele parece estar tornando a vida ainda mais complexa do que já é:
     “Não penseis que vim trazer paz a terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e sua sogra” (Mt 10: 34, 35).
     “Segue- me, e deixe aos mortos o sepultar os seus próprios mortos (Mt 8: 22).
     “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga- me (Mt 16: 24).
     “Jesus... disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; então vem, e segue- me. Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou- se (Mc 10: 21, 22).
     “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só” (Jo 12: 24).
      Ao lermos essas declarações duras de Jesus, podemos lutar com varias racionalizações: é possível que desejamos que ele quisesse dizer algo completamente diverso às pessoas que estavam ao seu redor. Talvez Jesus não quisesse impor exigências tão rígidas aos seres humanos fracos e débeis. Ou, possivelmente, Ele estivesse simplesmente reagindo às pressões sociais especificas daquela época particular na história humana, que não têm qualquer relação com os desafios do cristianismo contemporâneo.
      Qualquer seja nossa reação automática, a verdade é que a mensagem de “escândalos” de Jesus é tão vital hoje como o era quando Ele andava na terra. Ele veio para morrer, a fim de que nós pudéssemos viver.
     Há cerca de mais de dois mil anos atrás, Jesus foi confrontado por corações espiritualmente frios e indiferentes. Não leva muito tempo para estudioso atento das Escrituras compreender que o amável Jesus tomou tempo para “ofender” várias pessoas. Em um ponto os discípulos advertiram Jesus que os fariseus ficaram ofendidos com Seus atos e palavras: “Então, cercando- se dele os seus discípulos, lhe disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?” (Mt 15: 12). E outra ocasião, os fariseus obstinados tentaram depreciá- lo com as palavras mordazes: “Não é este carpinteiro, filho de Maria?” (Mc 6: 3).
     Jesus curou no Sábado e permitiu que Seus discípulos apanhassem espigas no sábado. Tudo isto foi calculado para produzir uma reação que revelasse os verdadeiros sentimentos dos observadores casuais. Até mesmo Seus discípulos foram “ofendidos” por Ele em várias ocasiões “... Todos vós esta noite vos escandalizareis, pois esta escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão. Mas, depois que eu tiver ressurgido, irei adiante de vós para a Galiléia. Declarou Pedro: Ainda que todos se escandalizarem, nunca, porém, eu!” (Mc 14: 27- 29).
      A fim de compreendermos isto melhor, devemos descobrir o sentido do termo “ofender” na língua grega. A interpretação original é skandalizo, da qual obtemos o vocábulo “escandalizar”. A palavra significa literalmente chocar alguém por meios ultrajantes, o que por sua vez desperta o preconceito humano.
     Jesus discerniu no Novo Testamento muitas “vacas sagradas” entre o povo de Sua época. Ele então passou a esmagar diligentemente cada “vaca sagrada”. Como é natural, esta atitude não foi recebida com entusiasmo. O ódio por Ele cresceu a cada dia que passava. Na hora oportuna, Ele seguiu para Jerusalém a fim de morrer.
     Porque que as multidões se voltaram contra Aquele que se preocupou o bastante para falar a verdade? A resposta é simples. Ele se recusou a coexistir com relacionamentos sentimentais, introduzindo a autenticidade da cruz em cada transação.  
     É interessante notar que depois de sua morte os discípulos ficaram profundamente ofendidos, ou escandalizados por causa dEle. A sua crucificação provocou medo, ira e desilusão no coração de cada discípulo. Sem a cruz, eles teriam provavelmente passado a vida em luta com a superficialidade e o desvio periódico.
     Em nossos dias, milhares de pessoas vão a igreja atrás do “meu milagre”, cura, prosperidade, felicidade e entretenimento, mas, levar a sua cruz todos os dias? Jamais! E ter que se desfazer de sua “vaca sagrada”!
     Já os discípulos, foram confrontados e escandalizados pelo fato do Messias Jesus, o seu Messias, ter sido crucificado em fraqueza! Antes do Calvário eles tinham apenas uma compreensão passiva de quem Jesus era, mas depois da Ressurreição e do Pentecostes, as suas convicções sobre Jesus fizeram deles soldados destemidos da cruz. Cada um dos discípulos foi torturado e açoitado. Onze dos discípulos enfrentaram finalmente a morte pelo martírio, sem vacilar:
1.      Pedro, crucificado de cabeça para baixo.
2.     Tiago, filho de Zebedeu, pela espada.
3. João, morte natural (depois de sobreviver a um caldeirão de óleo fervente).
4. Andre, crucificado lentamente (amarrado com cordas).
5.     Tiago, filho de Alfeu, crucificado.
6.     Tomé, golpe de lança.
7.     Simão, crucificado.
8.     Bartolomeu, crucificado.
9.     Tadeu, morto por flechas.
10.  Mateus, pela espada.
11.  Tiago, irmão de Jesus, apedrejado.
12.  Filipe, crucificado.

     Alguma coisa grandiosa aconteceu! Os discípulos se transformaram. A fraqueza do Calvário tinha de preceder o recebimento de poder e orientação do Espírito Santo no Pentecostes. A. W. Tozer escreveu: Deus não pode usar alguém até que essa pessoa tenha sofrido profundamente (e, portanto, aqueles dentre nós que passaram por essa experiência podem consolar- se). Da mesma forma que nos tempos bíblicos, a dor parece ser uma das únicas mensagens que podemos entender claramente. Deus faz uso dela para chamar nossa atenção.
    Deus se utiliza de pessoas, lugares e coisas a fim de nos levar a ver a perversidade de nossos corações. É então que nos prostramos humildemente ao pé da cruz para receber Sua provisão sob medida de perdão e misericórdia para nossa necessidade especifica. Ele toma o pecado que reconhecemos e o lança no mais profundo mar. A seguir, Ele nos enche com o poder da ressurreição para enfrentarmos o próximo desafio.
    Infelizmente com o mau uso da mídia, por muitos lideres inescrupulosos, temos uma mensagem incompleta do evangelho, onde apresentam Jesus como uma simples caricatura, fazendo com que muitos o conheçam como Salvador e não como Senhor. A ofensa da cruz é considerada vulgar, enquanto o evangelho moderno da conveniência é popularizado.
    Em meio a testes severos, é fácil retirar nossa confiança absoluta na soberania de Deus. Essa a razão porque devemos compreender não só o significado da cruz, mas devemos também levar a nossa cruz (nosso lugar de morte, nossa cadeira elétrica) diariamente, aplicando os princípios da morte, sepultamento e ressurreição em cada detalhe de nossas vidas. “Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê- La- á, mas quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, esse a salvará” (Marcos 8: 35).
    Essa mensagem pode escandalizar a muitos, mas a realidade é que Deus faz uso de pessoas, lugares e coisas como instrumentos para fazer- nos chegar ao fim de nossos recursos próprios. O dinheiro não terá utilidade no céu, mas na terra é um instrumento usado para ensinar- nos as aventuras da mordomia. O casamento como conhecemos hoje não será realizado no céu. Mas na terra é um meio sagrado pelo qual Deus pode ensinar- nos a arte do perdão e do amor incondicional. Corpos enfermos e paralíticos não estarão presentes na eternidade, mas neste mundo eles podem fornecer grandes oportunidades para que as pessoas sejam pacientes, tranqüilas e confiantes. As críticas injustas não serão ouvidas no paraíso, mas neste planeta aprendemos a enfrentá- las com honestidade, misericórdia e senso de humor.
    Não é fácil andarmos na contramão do “evangelho de conveniência”, mas não vamos permitir que nos detenham, vamos progredir num movimento de avanço perpétuo, deixando que a morte na cruz nos escandalize, golpeando a raiz do egoísmo pessoal. Nós saímos então de nosso pequeno mundo e ministramos o amor da ressurreição de Jesus Cristo para os que estão prisioneiros no pecado e na morte eterna.
    Que possamos “escandalizar” as pessoas com esta mensagem da cruz, e não ser escândalos por não carregar a nossa a cruz todos os dias. Permita- me fazer mais uma pergunta antes de finalizar esta mensagem. Como você reage diante dessas palavras de Jesus em João 21: 15- 19?
         Simão, filho de João, amas- me mais do que estes?
         Apascenta os meus cordeiros.
         Simão, filho de João, amas- me?
         Apascenta as minhas ovelhas.
         Simão, filho de João, amas- me?
         Amas- me?
         Apascenta as minhas ovelhas.
         Segue- me!
     Quando respondemos à sua provisão de graça, recebemos a capacidade de atravessar (e não estacionar) os vales profundos cobertos pelas sombras da morte... Não temendo mal algum. Pastor Elias Fortes.