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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NECESSÁRIO VOS É NASCER DE NOVO


Há milhares de pessoas hoje, assentadas nos bancos das igrejas, que nunca ouviram a mensagem do novo nascimento, sendo assim privadas de ter uma transformação genuína de dentro para fora, infelizmente o que temos visto hoje são crentes “capas de Bíblia”.
      Somos bombardeados com mensagens de auto- ajuda, de sucesso financeiro, “sete passos para ser feliz”, como obter a saúde perfeita, em como exigir, determinar. Mas a realidade é que milhares de almas estão na mesma escuridão espiritual de Nicodemos. Ignoram a única coisa que realmente poderá resolver o problema do homem. O “Nascer de novo”. Ou seja: “transformação completa de dentro para fora”.
     Jesus disse que Deus pode transformar o homem de dentro para fora. Observe que foi um desafio... Um mandamento. Ele não disse: “Seria bom se vocês nascessem de novo”, ou “Seria bom para se vocês nascessem de novo”, mas o que Ele disse foi: “Não te maravilhes de eu te dizer: Necessário vos é nascer de novo” (João 3: 7).
      O mais surpreendente foi que Jesus falou para um homem devotado, um líder religioso. Nicodemos era um homem bom, de boa moral e totalmente religioso. Nicodemos jejuava duas vezes por semana; passava duas horas por dia no templo, em oração, e dava os dízimos de toda a sua renda. Era professor de teologia no seminário local. Com toda a certeza, Nicodemos seria aceito como pastor em muitas cátedras de hoje. Mas Jesus afirmou que toda a sua religiosidade e bondade não eram suficientes. Ele disse: “... Necessário vos é  nascer de novo”. Uma mudança de dentro para fora, totalmente diferente da mensagem dos escribas e fariseus daquela época, Jesus os advertiu: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Limpai- o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo” (Mateus 23: 25- 26).
      Nicodemos era um homem altamente preparado e com uma excelente posição profissional, mas ele viu em Jesus uma nova qualidade de vida, uma autoridade que ele não compreendia. “Porque ele ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas” (Mateus 7: 29).
      Quando Jesus lhe falou que a menos que nascesse de novo não poderia ver o reino de Deus, estava- lhe explicando que não precisava melhorar seus padrões morais nem aumentar seus títulos de doutorado, mas precisava receber uma nova qualidade de vida... A vida eterna... Que começa neste mundo e continua até o além.
      Nicodemos, um mestre em Israel não compreendia o fato de que Deus pode mudar o coração do homem. Como professor de teologia não conseguia entender esse novo nascimento, na qual Ezequiel profetizou: “Então espargirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar- vos- ei um coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de carne” (Ezequiel 36: 25- 26).
      Muitos intelectuais dizem: “Como um homem inteligente pode crer na Bíblia, com todos aqueles mitos e contradições?” (Querendo dizer com isso que o evangelho de Jesus Cristo é anti- intelectual.) Esta inferência é totalmente falsa. A compreensão exige o esforço da mente, mas quando a mente está afetada pelo pecado, ela é nebulosa e confusa. Nicodemos não compreendia esta simples verdade. “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4: 4). Mas como seria possível a mente de um homem religioso estar totalmente cega? A “cegueira espiritual” sobreveio- lhes por que esses religiosos viviam uma religião de “fachada”, sem nenhuma autoridade espiritual. Não é exatamente o que estamos presenciando em nossos dias? Barulho, gincana, show, artistas, animadores de auditório, preletores, teólogos, filósofos, ritual e, liturgia. Infelizmente temos tudo isso, mas sem o novo nascimento e nenhuma autoridade espiritual. É o cadavérico evangelho do “faça o que eu mando, mas, não faça o que eu faço”. “Portanto observai e fazei tudo o que vos disserem. Mas não procedais de conformidade com as suas obras, pois dizem e não fazem” (Mateus 23: 3).
      O novo nascimento é algo que somente Deus pode realizar no homem, quando este se dispõe a render- se a ele. O novo nascimento não é uma mera reforma; é uma transformação completa. Milhares de vidas fazem propósitos de se aperfeiçoarem, de se modificarem, mas quebram rapidamente esses propósitos pouco depois de os fazerem. Mas Jesus ensinou a Nicodemos que o novo nascimento transforma por completo o homem de dentro para fora. Da concupiscência para a santidade; das trevas para luz; da morte para ressurreição; de estranhos ao reino de Deus para o status de cidadão dele. “Desse modo ele nos tem dado grandíssima e preciosas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” (2 Pedro 1: 4).
      Assim como Nicodemos, milhares de vidas que lotam igrejas, não conseguem compreender esse “novo nascimento”. Deus em sua bondade, amor e compaixão revela- se ao homem através de algo tão simples como a fé de uma criança, em vez de fazê- ló pelo intelecto. De outra forma, não haveria esperança para as criancinhas, nem para os retardados ou pessoas com deficiências cerebrais. O mais maravilhoso desta verdade é que, tanto um cientista brilhante como o verdadeiro intelectual e o gênio, todos têm que vir a Cristo do mesmo modo. “e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18: 3).
     Recentemente alguém me falou: “Pastor! Eu estava em obras, agora estou sob nova direção”. Eu respondi para essa pessoa. “O problema muitas vezes de estar sob ‘nova direção’, é que na maioria das vezes apenas a propaganda é nova, mas, o interior é o serviço é mesmo”. Para que possamos falar com autoridade que estamos sob “nova direção” é preciso obedecer à ordem de Jesus: “... Necessário vos é nascer de novo”. “O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (João 3: 8). Não estou falando de cair, pular e dançar no “espírito”, a realidade é que muitas dessas pessoas que gostam de uns shows pirotécnicos na igreja, jamais experimentaram o novo nascimento, não possuem um testemunho pessoal, apenas umas aparências de piedade, um gesso de religiosidade. 
    Nesse “evangelho da aparência” há uma supervalorização do exterior, mas a advertência de Jesus continua valendo para todos nós: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia” (Mateus 23: 27).
     Deus tem a prerrogativa de gerar em um sentido espiritual, o que, por sua vez, consiste da regeneração, santificação, do novo nascimento e da dignificação dos poderes do homem natural por meio da transmissão de uma nova vida e de um novo espírito em Cristo. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus, e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido” (1 João 5: 1).
      A mensagem do evangelho não precisa ser entendida pela pessoa que a busca, mas apenas recebida em fé simples. Não é a compreensão plena da mensagem do evangelho que me capacita a receber a bênção, mas simplesmente a crença nela e sua aceitação. Nicodemos principiou conhecendo a mensagem, mas depois creu e recebeu. Alguns anos mais tarde, Nicodemos nasceu de novo e se tornou um seguidor de Jesus: “Foi também Nicodemos, aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus, levando quase cem libras de uma mistura de mirra e aloés” (João 19: 39).
      A Bíblia ensina que a pessoa que nasce de novo tem uma vontade transformada, afeições diferentes, outros objetivos de vidas, uma nova disposição, um testemunho pessoal todos os dias, anda em novidade de vida, tem novos propósitos. Recebeu uma nova natureza e um coração novo. Tornando- se uma nova criatura. Você já nasceu de novo ou é apenas um religioso intelectual? Que nesse dia você possa ouvir a voz de Jesus ecoando em sua vida: “... Necessário vos é nascer de novo”. Pastor Elias Fortes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TANQUE DE BETESDA


O Brasil é um país místico e obcecado pelo sobrenatural. Esta é uma das razões porque muitos movimentos religiosos questionáveis crescem tanto por aqui. A realidade é que grande parte dos brasileiros vive correndo atrás da astrologia, adivinhações, consultas aos mortos, duendes, gurus, reencarnação, idolatria e todo tipo superstições  se não bastasse tudo isso vemos em nossas igrejas um movimento descriminador, na qual chamamos de “agito das águas”.
     Em João capitulo 5 versículo 2 nós lemos: “Ora, existe em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões”. Quando Jesus passou pelo tanque de Betesda, que significa; Casa de misericórdia divina. Ele viu que os judeus o haviam transformado aquele lugar em um grande centro de peregrinação, esse tanque era alimentado por uma corrente de água e em certas ocasiões a água se movimentava. Uma agitação inexplicável de água e era atribuída a um anjo invisível que liberava poder de cura no tanque, e o primeiro enfermo que entrasse era curado. João faz uma narrativa exatamente como o povo vivia essa experiência.
     O tanque de Betesda havia sido transformado em uma espécie de Aparecida- judaica. Milhares de paralíticos, aleijados, deficientes, aguardavam as águas serem agitadas para serem curados. A Bíblia descreve os cinco pavilhões que foram construídos para proteger e abrigar as multidões em torno desse tanque. João narra: “Um anjo descia em certo tempo, e agitava a água. O primeiro que entrasse no tanque, depois do movimento da água, sarava de qualquer que tivesse” (João 5: 4).
      A agitação da água criava uma reação em massa. Milhares de pessoas se amontoavam em volta daquele tanque. Nesse “movimento” Jesus vê uma cena terrível de egoísmo e insensibilidade. Pois, os que chegavam primeiro nesse “agito” eram os mais fortes, os mais astutos, os que tinham poder aquisitivo. Os pobres tinham que ficar do lado de fora, sem ter a mínima chance de fazer parte desses “movimentos”.
      João faz a narrativa de um pobre aleijado que há trinta e oito anos não tinha a chance de entrar no “agito das águas”, sempre alguém chagava a sua frente. Note que não havia ninguém para ajuda- ló nessa “roleta russa da sorte”. Na realidade, as curas no tanque de Betesda só aumentavam a angustia e o desespero dos mais necessitados. Imagine caravanas de doentes, que caminhavam dias para receber a cura, mas ao chagar próximo do tanque se deparavam com um sistema egoísta. “... Enquanto estou tentando entrar, desce outro antes de mim” (João 5: 7b).
      Se o templo estava infestado de cambista e salteadores, imagine como deveria estar em volta do tanque de Bestada. Crio que havia vendedores de todos os tipos, barraquinhas de souvenirs religiosos espalhado em volta do tanque, “comércio da desgraça alheia”. Pedro alertou: “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas...” (2 Pedro 2: 3a).
       Não é exatamente isso que estamos presenciando em nossas “casas de misericórdia divina” hoje? Milhares de pessoas são atraídas com a promessa que suas “águas serão agitadas”, o que temos presenciado em nossas concentrações de fé e em nossos seminários de fogo? Você já notou as barraquinhas com os souvenirs? Os cambistas religiosos? O comércio a “céus aberto”?
       Foi exatamente isso que O Senhor Jesus viu! Uma multidão de pessoas angustiadas, sofrendo em seu corpo, sendo manipuladas por um sistema discriminador. Bem! Não é de agora que o povo de Deus tem sido enganado por esses “ilusionistas da Fé”, verdadeiros “mágicos espirituais”. Em Atos capitulo 8 versículo 9 e 10 esta a seguinte narrativa: “Estava ali certo homem chamado Simão, que anteriormente exercerá naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido a gente de Samaria. Dizia ser um grande homem, e todos o atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o grande poder de Deus”. Não é exatamente isto que estamos ouvindo? “Venham ver! Este é o poder de Deus. Pois se não fosse não haveria cura”. Martinho Lutero escreveu: "Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias".  
       Que cena lamentável, pois se tratava do povo de Deus, um povo com promessas maravilhosas, agora milhares estavam deitados junto a um tanque cheio de águas com um movimento terrivelmente discriminador, eles não discerniram que estava ali. Isaias profetizou: “Nunca terão fome nem sede, nem a calam nem o sol os afligirá. Aquele que se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas” (Isaías 49: 10). Essa multidão de pessoas havia esquecido o “... Deus que te sara” (Êxodo 15: 26b).
        O tanque de Betesda nos revela uma multidão de pessoas sofredoras e cegas espiritualmente às promessas de Deus. Isaías profetizou: “Os pobres e necessitados buscam água, mas não há: a sua língua se seca de sede. Mas eu, o Senhor, os ouvirei; eu, o Deus de Israel, não os desampararei. Abrirei rios nos altos desnudos, e fontes no meio dos vales. Tornarei o deserto em açudes de água, e a terra seca em mananciais” (Isaías 41: 17- 18).
       Essa multidão não estava ali apenas devido aos seus pecados, embora esse traga moléstias e enfermidades. Mas para que Deus recebesse glória, se eles tivessem crido em suas promessas. “Os discípulos de Jesus perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais, mas isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9: 2- 3).
       Este homem paralisado representa milhares de crentes impotentes e em situações de desespero que é atraído com a promessa do “movimento de suas águas”, mas que é deixado de lado, gerando nele uma mágoa e sofrimento. Ouço com frequência esta queixa “ninguém vem me visitar”, “ninguém se importa comigo, não me cumprimentam na saída do culto”. Infelizmente há muitas pessoas insensíveis dentro das igrejas, alheia aos sofrimentos, que não são capazes de enxergar os mais fracos e necessitados e que vivem mentalmente e espiritualmente como aquele homem deitado, paralisado junto ao tanque de Betesda.
       Por outro lado, temos dentro de nossas igrejas aqueles conformaram com seu sofrimento, muitos dos que sofrem não conseguem sobreviver sem o seu sofrimento e a sua dor. A Bíblia nos ensina: “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34: 19). Porém, há pessoas que gostam de “abraçar o sofrimento” e dele não quer largar mais. Se Jesus a curar, ela não teria mais nada para falar, para quem ela ira reclamar?
      Note que Jesus faz a seguinte pergunta: “... Queres ser curado?” (João 5: 6). Creio que aquele homem havia desistido de sua cura, por isso a pergunta! Afinal já havia se passado trinta e oito anos, e o sofrimento pode transformar as pessoas, deixando- as mais amorosas como também pode transforma- las em resmungões e egoístas. Observe a resposta desse homem: “Respondeu- lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque quando a água é agitada...” (João 5: 7a).
      Quantas vezes ouvimos essas mesmas palavras em nossas igrejas? “Se alguém” fosse me visitar, “ninguém” se importa comigo, “se alguém” me desse oportunidade, “ninguém” me da oportunidade. Este homem não estava atrofiado apenas fisicamente, mas mentalmente e espiritualmente devido à amargura por ter sido deixado de “lado”. Quantas vidas se encontram nessa mesma situação nos dias de hoje?
       Porque Jesus foi atraído até esse Homem? Eis aqui a resposta: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas- novas aos pobres. Envio- me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e abertura de prisão aos presos” (Isaías 61: 1). Jesus sempre foi e sempre será atraído onde estiver os mais fracos e necessitados.
       Jesus não reprendeu esse homem devido a sua amargura ou autocomiseração, simplesmente o Mestre, olha para esse homem deitado a trinta e oito anos e faz jorrar a sua misericórdia em sua vida, pelos olhos da fé possa “ver” a alegria desse pobre homem agora se tornará um ex- paralitico quando Jesus disse: “... Toma a tua esteira, e anda” (João 5: 11b).
       Glória Deus! Jesus continua acolhendo os desafortunados, aqueles que não podem chegar ao “movimento das águas”, o amoroso Jesus não fez nenhuma exigência moral a esse homem, apenas que ele cresce em sua palavra: “... Toma a tua esteira, e anda”, mais tarde Jesus o encontrou no templo, agora Jesus lhe ordena: “... Olha, agora já estás curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (João 5: 14).
      Louvado Seja Deus! Foi no tanque de Betesda esse pobre irmão foi encontrado. Já se passaram dez anos, Lembro- me de minha vó, uma serva leal ao Senhor, (esta com Cristo), ela cuidava de um rapaz que vivia nas ruas, ela providenciava roupas limpas, alimentos e muito amor de Cristo. Com seu carrinho de reciclável ele ganhava a vida, quando minha vó estava no leito de enfermidade, ele foi visita- lá lembro- me de suas palavras: “Irmã Catarina! Eu lhe trouxe um presente para a senhora”, e entregou para aquela serva, dois pacotes de bolachas. Ela olhou para ele e disse: “Não precisava meu filho, você gastar o seu dinheiro comigo”. Nunca vou me esquecer da sua resposta: “Estava chovendo, os papeis estão molhados, foi o que eu ganhei, mas se eu tivesse mais dinheiro eu compraria um presente muito melhor para a senhora, pois a irmã merece”.
     No culto de Santa Ceia passada eu tive a honra de rever o Leonelson, após dez anos sem ter noticia dele, a mensagem daquela noite era “Não olhe para aparência, pois Deus sonda os corações”. Louvo a Jesus pelas “casas de misericórdias divinas” espalhadas pelo nosso país.                                                                                                                                                                                                                                                               Foi no tanque de Betesda que aquele homem foi desafiado a tomar a maior decisão de sua vida. Ele recebeu uma palavra de esperança, a Vida em abundancia havia chegado até ele. Em essência Jesus lhe disse: “Levanta pela fé; se curado, junte- se aos vivos... ou então fique deitado em sua auto- piedade e morra sozinho”. Creio que este irmão respondeu a Jesus com as seguintes palavras: “Senhor! Baseado unicamente na tua Palavra eu me levantarei desta fragilidade que me aleija... mas a partir de agora eu sempre caminharei contigo”. “Levanta- te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti” (Isaías 60: 1). O desejo da minha alma é que, esta Palavra se cumpra em sua vida! Pastor Elias Fortes

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O TRIUNFO TEMPORÁRIO DA IGREJA


Jesus profetizou: “Eu edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16: 18). Mediante tantas promessas gloriosas, concretas e seguras, como podemos explicar uma situação de fracasso e decadência de uma igreja, se a mesma é eleita e soberana? Porque de tantas inovações na igreja moderna? A Bíblia nos da à resposta. Deus permite que isso aconteça para provar os fiéis: “E até importa que haja entre vós diferenças, para os que têm a aprovação de Deus se manifestem no vosso meio” (1 Coríntios 11: 19).
      É verdade que cada ser humano tem liberdade de expressar seus pensamentos, por mais exóticos que sejam, porém, causa- nos estranheza o fato de os agentes dessa ideia excêntricas encontrem adeptos, e muitos acreditarem nessas inovações. Os fundadores das seitas costumam dizer que receberam revelações diretas de Deus. Geralmente essas revelações contradizem a Bíblia. Seus adeptos muitas vezes, deixam a Bíblia para seguir seus lideres. Todo líder que procura impor uma inovação com base em suas supostas revelações, como doutrina básica de sua religião deve ser rejeitada. “Se alguém ensina outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavra, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmia, ruins suspeitas” (1 Timóteo 6: 3- 4).
      A inovação na “unção”: Lembre-se! “Quando acaba a unção, começa a inovação”.  A unção não foi manifesta para consolidar um emblema denominacional, exaltar um líder carismático, ou criar um novo movimento organizacional. Em Atos capítulo 2, nós podemos ver dois grupos de pessoas se manifestando no pentecostes.
       O primeiro grupo: Eles reconheceram o poder evangelístico manifestos no momento, não havia nenhum showmans, nenhum espetáculo humano foi registrado, eles disseram: “... Todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. Todos se maravilhavam e estavam perplexos, perguntando uns aos outros: Que quer dizer isto?” (Atos 2: 11- 12).
       O segundo grupo: Foram chamados de zombadores: “Outros, porém, zombando, diziam: Estão cheios de vinho” (Atos 2: 13). A Bíblia fala algo muito interessante para nós nesta questão: “... Cheio de mosto” (Atos 2: 13b). Mosto- (Grego. Gleukos), normalmente se refere ao suco de uva não fermentado. Aqueles que zombavam dos discípulos talvez hajam empregados este termo, ao invés da palavra mais comum no NT para “vinhos” (oinos), porque sabiam que os discípulos de Jesus usavam somente este tipo de vinho doce, não fermentado, neste caso, sua zombaria seria sarcástica, como se dissessem: “estão cheios de suco de uvas”.
      É lamentável o conceito errôneo existentes em algumas cátedras sobre o assunto “unção”, ou o “ser cheio do Espírito Santo”.  Certos modismos criados por pastores “meninos”, como; Gestos espetaculares, gritos irritantes, cai- cai nos púlpitos, caretas, fisionomias de retardados ou embriagados, muitos copiam as “danças do candomblé”, parecem mais ser praticantes de capoeira ou artes marciais do que pregadores do evangelho. Estes, de tudo falam, menos, do caminho da salvação. Lembre- se! Os discípulos foram cheios da unção divina para anunciar as grandezas de Deus e não para brincar de “rétété” ou ficarem berrando “RECEEEBA” “PEGA AI”, Esses “moleques” espirituais se apresentam como detentores da unção e distribuem- na toda a hora e em todo momento. “Unção esta que serve para tudo”. Derrubar pessoas no chão, fisionomias de alienados mentais, embriagados, a unção bíblica não derruba ninguém, mas; levanta vidas para Deus. “... Todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (Atos 2: 11).
      A igreja esta em decadência quando rejeita a Palavra de Deus. Sobre a unção nos lemos: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10: 38).
      A invenção e banalização da cura Divina, muitos pastores “meninos” usam a cura divina para autopromoção, enfatizam apenas a cura divina e fazem dela um comércio lucrativo. É vontade de Deus que os crentes usufruam dos benefícios das curas divinas hoje em dia. A igreja apostólica praticava as curas, conforme o desejo de Jesus. A autoridade do trecho de Mateus 10: 1 nunca foi rescindinda. “Chamando a si os seus doze discípulos, deu- lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda sorte de doenças e enfermidades”.
    É importante observar que ninguém, no Novo Testamento, exigia cura. As pessoas vinham a Jesus pedir- lhe que as curasse. Não olhavam a cura como direito, mas um gracioso privilégio a elas estendido. Claro está, porém, que o privilégio da cura não elimina o sofrimento pela causa de Cristo. E, sempre que tais sofrimentos tornam- se necessário, devemos estar preparados para seguir o exemplo do Mestre: “Para isto fostes chamados, porque também Cristo padeceu por vós, deixando- vos o exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1 Pedro 2: 21). Não devemos considerar a cura divina um substituto às praticas de boa saúde física e mental. Jesus reconheceu a necessidade de afastar os discípulos das multidões para que pudessem descansar por algum tempo: “... Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer” (Marcos 6: 31).
      Não conheço nenhuma pesquisa autorizada que tenha estabelecido que os crentes, em média, vivam mais que as pessoas de qualquer segmento da sociedade. Entretanto, não há razão (além da dieta mais saudável e do estilo de vida) para que isso acontecesse. A Bíblia não promete mais longevidade para os crentes, assim como não há fundamentos bíblico para orar por isso. Antes, aos cristãos é prometido perseguição e martírio. “Eu vos envio como ovelha ao meio de lobos. Portanto sede prudentes como serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10: 16).
     Há uma “invenção” de que o cristão que está cheio do Espírito e anda em fé nunca deveria ficar doente ou sentir dor. Eles afirmam que “a cura está na redenção”, uma idéia que é derivada da declaração de Isaias: “... pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Isaías 53: 5). Pedro, todavia, nos faz saber que essa afirmação não se refere à cura de doenças, mas do pecado: “Levando ele [Jesus] mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1 Pedro 2: 24).
    Em relação à cura de males físicos lemos: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si...” (Isaías 53: 4). Essa promessa foi cumprida no ministério de cura de nosso Senhor na terra e, portanto não se relaciona à continuidade da cura de nosso corpo atualmente. Essa interpretação nos foi apresentada com muita clareza: “E, chegada a tarde, troxeram- lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaias, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mateus 8: 16- 17).
     É claro, cada bênção que recebemos está “na redenção”. A verdade é que, por meio da morte redentora e da ressurreição de Cristo, temos a promessa de algo muito melhor e superior que a cura perpétua desse corpo corrompido pelo pecado a fim de prolongar nossa vida aqui neste “... presente século mau...” (Gálatas 1: 4). Temos a promessa de um novo corpo, como o de Cristo ressurreto, um corpo glorificado, e da vida eterna em um novo universo sem pecado nem sofrimento.
     Todos aqueles que pensam que “a cura está na redenção” como uma “garantia de que os cristãos nunca ficarão doentes nem morrerão”, estão eles mesmos mortos ou em vias de morrer. Nenhum deles foi capaz de prolongar sua vida substancialmente. Alguém poderia pensar que esse ensinamento fosse verdadeiro, assim, pelos menos alguns que advogam isso, de fato, poderiam ter prolongado sua vida acima da média, mas esse não é o caso.
     Quanto às orações pelos que estão doentes ou morrendo, muitas delas são respondidas por Deus de forma miraculosa. Portanto, no fim, todas as pessoas morrem e, usualmente, não muito depois dos setenta. Isso é o que a Bíblia ensina.
       A invenção da “teologia” da prosperidade feita pela arrogante e rica igreja dos últimos dias. “Dizes: rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Apocalipse 3: 17). Não é pecado ter dinheiro e bens materiais, conquanto a Bíblia condene o amor às riquezas. Muitos personagens bíblicos foram ricos sem perder o temor a Deus. Para o Senhor, o importante é o lugar que o dinheiro ocupa em nossos corações: “... se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Salmos 62: 10).
        A arrogante e rica igreja dos dias de hoje, ensina a “determinar”, a exigir, outorgar as bênçãos dos céus. Para essa igreja “mimada”, ser pobre é estar sobre maldição, é ser possuidor de algum “encosto”, diferente do que nos ensina as Escrituras: “Pois pareceu bem á Macedônia e à Acaia fazer uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” (Romanos 15: 26 grifo meu). Não seria mais fácil repreender o “encosto” da pobreza desses “pobres santos”?
        O apostolo Paulo estaria sob um forte ataque do “demônio da miséria” em Roma? Pois, já que morava de aluguel neste lugar! “Paulo ficou dois anos inteiros na sua casa alugada, e recebia a todos os que visitavam” (Atos 28: 30 grifo meu).
         Paulo estaria sendo “manipulado” pelo “demônio da miséria” ou um “encosto” ao declarar: Sei passar necessidade, e também sei ter abundância. Em toda maneira, e em todas as coisas aprendi tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundancia, como a padecer necessidade” (Filipenses 4: 12 grifo meu). Note que Paulo diz: “... aprendi a contentar- me em toda e qualquer situação” ele não diz para nós nos “conformar- mos” com as situações.
         Os “empresários da fé” e falsificadores da Palavra de Deus que são muitos e note, que eles possuem um grande publico, onde promovem o “culto da barganha” em seus “altares de favores” dizem que é preciso um alto valor de oferta, para que possam receber uma benção igualmente grande. Usam esta estratégia a fim de enriquecerem a custa de incautos que também erram, ao priorizarem a prosperidade material e o bem estar físico. “Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2 Pedro 2: 3).
         A pobreza nunca será sinônimo de derrota, maldição diabólica ou falta de comunhão com Deus. Nenhuma pessoa normal jamais se esqueceria do Senhor por colocar o coração na pobreza! Mas, infelizmente não podemos dizer o mesmo sobre a riqueza!
        Quanto a sua Igreja, Jesus declarou: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mateus 16: 18b), a confissão de Pedro feita anteriormente dizendo: “... Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16: 16b), é a pedra (fundamento) em que Jesus edificou a sua igreja.
         Esta é a primeira condição para uma igreja ser edificada, eleita e consolidada como triunfante na terra. Centralizar a pessoa de Jesus em sua liturgia de culto, em sua base doutrinaria e em seu modus vi vende (uso e costumes), quando uma igreja altera sua conduta inovando seu culto litúrgico, quando sua mensagem deixa de ser cristrocêntrica, e passa a centralizar um emblema denominacional, um líder carismático ou um sistema organizacional, esta igreja perderá sua eleição e soberania e estará prestes a ser rejeitada e quando isso ocorre esta rejeição, inicia- se uma decadência rápida e desenfreada acompanhada de reveses e repetidos fracassos, parece até contraditório, paradoxal, mas é a mais pura verdade.  
         É o momento de intercedermos pelas nossas igrejas, para que aja o genuíno arrependimento que é o caminho para restauração. Quando de forma humilde e sincera, uma igreja reconhece sua apostasia e se volta rapidamente ao Senhor Jesus, Ele promete seu restabelecimento e renovação espiritual. Pastor Elias Fortes.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PORÇÃO DOBRADA DO ESPIRITO SANTO

     Ao examinar as Escrituras, algo maravilhoso aconteceu ao    atravessar o "Jordão" e "Navegar em uma viagem missionária com Elias e Eliseu".
      Elias sabendo que era o seu último dia na terra, convidou Eliseu para visitar as cidades de Betel e Jericó. Creio que se tratava de uma “viagem de ensino”. Ao passar o rio Jordão Elias disse a Eliseu: “... Pede- me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti...” (2 Reis 2: 9), sem hesitar Eliseu lhe respondeu: “... Peço- te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (2 Reis 2: 9).
     Enquanto iam caminhando, subitamente uma carruagem surgiu no céu e os separou: “Indo eles andando e falando, derrepente um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2 Reis 2: 11). Imediatamente, Eliseu rasgou suas vestes e pôs o manto de Elias nas costas, voltou ao Jordão e fez como Elias havia feito, bateu o manto nas águas e atravessou a seco, assim iniciou o notável ministério pessoal deste jovem profeta.
      Há lições maravilhosas que podemos extrair desta passagem! Uma delas é que Deus deseja realizar coisas cada vez maiores, à medida que as gerações vão se sucedendo. Cada geração deve buscar diante de Deus sua própria experiência com Espírito Santo e com a doação de poder que este concede.
      Sim! Ficamos maravilhados quando lemos sobre Deus abrindo o Mar Vermelho, e dividindo o Jordão para Josué. Creio que da mesma forma, Deus quer nos dar porção dupla do Seu Espírito Santo, para sua Glória. Pois,  Jesus prometeu: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço. E as fará maiores do que eu estas, por que eu vou para o Pai” (João 14: 12), em essência Jesus esta dizendo: “Vocês precisam mais da minha unção, do meu poder e da minha autoridade, do que todas as gerações que passaram. E o meu Espírito lhes proverá de tudo que necessitam para vencer”.
      Quando Elias convidou Eliseu para irem a Betel e a Jericó, creio que se tratava de uma viagem missionária, com lições maravilhosas para o Ministério de Eliseu e para nós.
      Betel: Que significa “Asa de Deus”. Betel trazia grande esperança espiritual. Jacó havia oferecido sacrifício ali, porém com o passar dos anos. Jeroboão havia construído um bezerro de ouro nesta cidade, e logo o povo se entregou a idolatria. “Pelo que o rei, tendo tomado conselho, fez dois bezerros de ouro. E disse ao povo: É muito trabalho para vós o subir a Jerusalém. Vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. Pôs um em Betel, e o outro em Dã” (1 Reis 12: 28- 29). O resultado? Uma geração perdida para o ceticismo, para as piadas e zombaria. Não havia nenhuma raiz espiritual em Betel, apenas farra e zombaria: “Então subiu dali a Betel. Indo ele pelo caminho, uns rapazinhos pequenos saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: Sobe, calvo!” Sobe, calvo!”(2 Reis 2: 23).
      Ao passar por Betel talvez Elias tenha dito para Eliseu “Fica- te aqui...”, (2 Reis 2: 6),esse povo precisa de um homem de Deus, mas Eliseu sabia que precisava de poder dobrada para enfrentar esta mal, esta geração perversa, e então Eliseu respondeu para Elias “...Peço- te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (2 Reis 2: 6b). Betel representa a nossa atual geração, cheio de zombadores, entregues a luxuria e a idolatria. Uma geração cruel. Este “tempos difíceis” exige que o povo de Deus receba porção dobrada de poder e autoridade.
     Jericó: Que significa “lugar chamado agradável”, porém a cidade estava Arida, seca, totalmente morta. Esta cidade representa o cristianismo morto, seco, aquela Igreja que Jesus descreve em Apocalipse 3: 1b: “... Tens nome que vive, mas estás morto”.
      Havia profetas estudiosos da Bíblia em Jericó. Até possuíam alguma visão profética, sabiam que Elias seria levado aquele dia. Era uma geração de ministros, enviado por toda a Judá e Israel para ministrar a sociedade: edificando escolas, alimentando os pobres, pregando a Palavra. Creio que  até gostavam do “réteté”, de um “barulho”, mas, algo faltava neles: poder, a unção e a autoridade do Espírito Santo: “Os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e perguntaram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? Respondeu ele: Sim, eu sei, mas calai- vos” (2 Reis 2: 5).
      Esses ministros eram totalmente ignorantes quanto às maneiras de operar e as obras do Espírito Santo. Eles até poderiam testemunhar pregar, falar de milagres... Mas não haviam experimentado o poder de Deus para si próprio: “Disseram- lhe: Com teus servos há cinquenta homens valentes. Deixa- os ir buscar do teu senhor. Pode ser que o Espírito do Senhor o tenha arrebatado e lançado nalgum monte, ou nalgum vale. Respondeu Eliseu: Não os envieis” (2 Reis 2: 16). É esse quadro em nossa Betel, crentes, se gabando de ir orar no “monte”, palitós ungidos, rodopio, danças, um cai cai sem noção, verdadeiros “espetáculos”, mas, não há porção dobrada do Espírito Santo.
      Ao passar por Jericó, Elias mostrou para Eliseu que aquele ministério era carnal, uma geração de ministros que precisavam de autoridade e poder, talvez Elias tenha dito para Eliseu “Fica- te aqui...”, mas Eliseu sabia que necessitava de porção dobrada para lidar com esses ministros carnais, todos queriam ser como Elias, usar o seu método, seus livros, sua doutrina, na esperança de criar seus milagres e fazer chover fogo do céu, talvez imitar até o tom da sua voz. Porém, sem o poder e a autoridade do Espírito Santo? Eliseu discerniu a igreja morta e seca, mas agora queria receber o toque do próprio Deus. Ele sabia que somente com a unção dobrada do espírito Santo, aqueles ministros seriam tocados, e ele diz para Elias: “... Tão certo como vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. Assim ambos foram juntos” (2 Reis 2: 6b).
      Porque Elias insistiu fazer a travessia de uma maneira milagrosa? Havia cinquenta jovens que poderiam construir uma jangada, como construíram aquela casa para Eliseu. “Vamos até o Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e construamos ali um lugar, para habitarmos. Disse ele: Ide” (2 Reis 6: 2). Elias mostrou a Eliseu que ele teria que ir além das travessias milagrosas do passado. Eliseu precisava testificar o poder de Deus na sua vida pessoal.
     Ao atravessar o Jordão, Eliseu tinha uma experiência pessoal não vivia apoiado no passado de Elias: “Então tomou a capa que caíra de Elias, feriu as águas, e disse: Onde está agora o Senhor, Deus de Elias? Quando feriu as águas, estas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou” (2 Reis 2: 14). Em essência Eliseu estava dizendo: “Senhor, todos os meus antepassados espirituais morreram e se foram. E esta hora terrível requer ainda mais do que destes até aqui. Opera novamente, Senhor desta vez através de mim. Tenho de ser possuído por mais de teu Espírito”.
     Ao fazer uma viagem Missionária com Elias em Betel e Jericó, Eliseu volta para essas cidades novamente, mas agora com a porção dobrada do Espírito,
     Betel: Eliseu vê uma sociedade corrupta com uma geração morta de jovens: Então subiu dali a Betel. Indo ele pelo caminho, uns rapazinhos pequenos saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: “Sobe, calvo! Sobe, Calvo! Virando- se para trás, viu- os e os amaldiçoou em nome do Senhor. Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazinhos” (2 Reis 2: 23- 24).
      Você pode perguntar: “Eliseu causou a morte de quarenta e dois jovens por um ataque de egoísmo?” Porque mexeram com a sua careca? Não! Eliseu movia- se no poder do Espírito Santo agora. Esses jovens zombaram contra o ministério do Espírito Santo; um pecado imperdoável. Eles sabiam a respeito do translado de Elias, e agora zombam de Eliseu dizendo: “Sobe, calvo! Sobe, calvo!”.
     A igreja decaída de Betel de hoje com seu jovens ministros, estão fazendo a mesma coisa. Multidões se reúnem para adorar diante de um altar de favores.  Os bezerros de ouro tomaram conta dos altares de Betel. Estamos diante de uma geração de escarnecedores e zombadores. As musicas que o mundo rejeita, estão sendo tocada nos altares de Betel, quarenta e dois caixões foram expostos em Betel, o que tem acontecido com os nossos jovens de Betel? Precisamos desesperadamente de porção dobrada do Espírito Santo.
       Jericó: Eliseu volta a Jericó com a porção dobrada do Espírito, quando Eliseu entrou na cidade os homens lhe disseram: “... Como o meu senhor vê, esta cidade é bem situada, mas as águas são más, e a terra é estéril” (2 Reis 2: 19).
       As águas envenenadas significam a palavra poluída sendo pregada dos púlpitos das igrejas. Sermões dirigidos pela carne, causando morte espiritual para o seu povo. Não há pregadores, hoje gostam de ser chamado de “preletores”, o culto a Deus passou a se chamar de “concentrações”, “sessões”, “manifestações” e “show da fé”.
      Jericó significa “agradável”, representa o ministério: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como deveis responder a cada um” (Colossenses 4: 6).
       Qual é a cura para Jericó? Purificar os suprimentos de águas, para isso precisamos de vasos limpos cheio de sal: “Disse ele: Trazei- me uma tigela nova, e ponde nela  sal. E eles  a trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele, dizendo: Assim diz o Senhor: Sarei estas águas. Jamais causarão morte nem esterilidade. Ficaram sãs aquelas águas até o dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha dito” (2 Reis 2: 20- 22).
       As águas é a Palavra, o sal representa o evangelho da pureza e da santidade. Só há uma coisa que pode deter a onda maligna que avança sobre à Igreja do Senhor: vasos limpos e puros. Andando em Santidade. Jesus prometeu: “Vós já estai limpos por causa da palavra que vos tenho falado” (João 15: 3). Jesus continua nos purificando com as águas de Jericó (lugar chamado agradável). Ouça! Você quer ressuscitar os mortos da sua igreja? Você quer vida para o seus familiares? Quer dar vida ao seu casamento? Quer levantar almas do tumulo das drogas e do alcoolismo? “Enquanto alguns enterravam um homem, de súbito viram um bando de invasores, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Quando o cadáver tocou os ossos de Eliseu, o homem reviveu, e se levantou sobre os seus pés” (2 Reis 13: 21).
       Você já tem o seu “sucessor espiritual” na sua família? Saiba que Deus continua falando para nós: “Quero realizar milagres em sua vida, transformar o seu lar, acertar o seu casamento, salvar seu queridos não salvo. Você vai ser capaz de enfrentar o seu próprio Mar Vermelho, seu próprio Jordão. Deus nos fala neste dia claramente: “Eu quero abrir estas águas para você, mas, você precisa de porção dobrada de meu Espírito Santo”!”. Pastor Elias Fortes.