Por mais de trezentas vezes, numa média de um
versículo a cada vinte e seis, o Novo Testamento refere- se à segunda vinda de
Jesus Cristo. Por conseguinte, não corremos qualquer risco em depositar a nossa
confiança nesta verdade. O que não podemos fazer é marcar a data de sua volta.
Este é um assunto que compete única e exclusivamente a Deus.
Entre os evangélicos, hoje, há um consenso generalizado sobre o fato de
que Jesus Cristo realmente está preste a voltar. Até mesmo entre os teólogos
modernos, aquela conversa sobre a morte de Deus já é coisa passada. Hoje, eles
já se voltam à doutrina das últimas coisas. Entretanto, a despeito dos modismos
teológicos, precisamos estabelecer nossas convicções sobre a verdade revelada
na Palavra de Deus. Afinal, o próprio Jesus, durante o seu ministério terreno, afirmou
categoricamente: “Eu voltarei”. E alertou! “... Quando, porém, vier o Filho do homem,
achará fé na terra?”. (Lucas 18: 8b).
No
Antigo Testamento nós vemos a figura de Enoque, ele tipifica o crente que será arrebatado para
junto com Deus. Crentes que vivem pela fé e não por vista. A Bíblia nos diz que
Enoque “Andou com Deus”. (Gênesis 5: 24). Esse homem ia e vinha de
braços dados com Deus todos os dias de sua vida. “Foram todos os dias de Enoque
trezentos e sessenta e cinco anos”. (Gênesis 5: 23). Ele tipifica o
crente que, durante 365 dias cada ano, por todos os seus 365 anos, andou com
Deus e foi recompensado pela sua fé. “Pela fé Enoque foi trasladado para não ver
a morte; não foi achado, porque Deus o transladara. Pois antes da sua
transladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. De fato, sem fé é impossível
agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. (Hebreus 11: 5, 6).
Aqueles que andam com Deus são compensados por Ele, somos transportados
diariamente do alcance de Satanás. “Ele nos libertou do império das trevas e
nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. (Colossenses 1: 13).
Temos
a promessa que o próprio Jesus nos leva para longe do poder do diabo e nos
coloca num lugar de repouso. Crentes que em meio às dificuldades encontram paz
em seus corações, não são reféns das circunstâncias, pois, guardam as palavras
do Mestre Amado. “... No mundo tereis aflições, mas tende bom animo! Eu venci o mundo”.
(João 16: 33b).
Enoque
provou que o testemunho maior é andar com Deus no meio da tempestade. Hoje, há muitos crentes que acreditam na transformação
da sociedade através de programas governamentais, "lobbies",
insurreição civil e grupos de pressão. Não acho em lugar algum da Bíblia que
esta é a missão da Igreja militante de Jesus cristo. A missão da Igreja é a de
falar às almas perdidas a respeito da redenção proporcionada por Jesus Cristo.
Essa missão está sendo substituída por aqueles que acreditam que o Reino de Deus pode ser estabelecido aqui e agora
mediante ações humanas. “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias
sobrevirão tempos difíceis”. (2 Timóteo 3: 1, leia os versículos 2 ao 9).
Enoque profetizou sobre o tempo que a
impiedade tomaria proporções inimagináveis. “Concernente a estes profetizou
Enoque, o sétimo depois de Adão: Vede, o Senhor vem com milhares de seus
santos, para fazer juízo contra todos, e para fazer convictos todos os ímpios,
acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticam, e de todas as duras
palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram”. (Judas 14, 15).
Ímpios! Ímpios! Ímpios! Era isso que Enoque
via, uma geração de ímpios, ímpios aos milhares transvestidos de crentes, cujos
altares, os louvores e pregações estão de mãos dadas com o mundo. Crentes Inimigos
de Deus e amigos do mundo, mas que em breve entrarão em juízo com Ele. “... aquele
que quiser ser amigo do mundo, constitui- se inimigo de Deus”. (Tiago 4: 4).
Enoque andava com Deus em meio aquela
geração de pessoas malignas, sua confiança em Deus aumentava a cada dia, sua fé
era fortalecida nos 365 dias do ano. “Andou Enoque com Deus; e já não era...”.
(Gênesis 5: 24a). Essa expressão e já não era, significa: “ele não era
deste mundo”. Na oração sacerdotal Jesus intercedeu por nós usando a mesma
expressão: “Eles não são do mundo, como eu do mundo sou”. (João 17: 16).
Já não era preso a este mundo, morria
diariamente para esta vida, não era parte deste mundo que jaz no maligno, sua s
obrigações diárias não o afastavam de Deus.
Diferente do que é ensinado nos dia de
hoje. Muitos só buscam a Deus quando querem bênçãos, curas, livramentos. Não
sabem o que é andar com Deus os 365 dias do ano.
Os ministérios carnais têm contribuído em
muito para isso. Esses ministérios tornaram-
se objeto de culto, são verdadeiros ídolos na vida desses lideres espirituais,
arrebanhando multidões de prosélitos a viver por vista e não por Fé. O verdadeiro ministério é aquele que foi
designado e biblicamente ordenado, provido por nosso Senhor Jesus Cristo com o
tríplice propósito de liderar a igreja:
(1) evangelização do mundo (marcos 16: 15- 20);
(2) adoração a Deus (João 4: 23, 24);
(3) edificação de um corpo de santos que está sendo aperfeiçoado segundo a imagem do Filho de Deus (Efésios 4: 11, 16).
Enoque tipifica a igreja que será arrebatada, uma igreja que anda em comunhão com Deus diariamente 365 dias do ano, com um povo cheio de fé em Jesus Cristo, essa é verdadeira fé que agrada a Deus. Pois: “a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo”. (Romanos 10: 17).
(1) evangelização do mundo (marcos 16: 15- 20);
(2) adoração a Deus (João 4: 23, 24);
(3) edificação de um corpo de santos que está sendo aperfeiçoado segundo a imagem do Filho de Deus (Efésios 4: 11, 16).
Enoque tipifica a igreja que será arrebatada, uma igreja que anda em comunhão com Deus diariamente 365 dias do ano, com um povo cheio de fé em Jesus Cristo, essa é verdadeira fé que agrada a Deus. Pois: “a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo”. (Romanos 10: 17).
Não uma fé no homem, ministérios, em placas
de Igrejas. Nem uma “fé placebo” focada em patuás e objetos “ungidos”, com mensagens
para dar coceira aos ouvidos, essa é uma fé morta e destrutiva. A Bíblia nos alerta: “...
pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”. (Coríntios 3: 6b). O
crente que não anda com Deus todos os dias, vive uma vida sem
intimidade com Jesus, esse crente ligado à letra produz em si uma emoção morta,
egoísta e exigente, que não é fé de modo algum. Com certeza Deus não se agrada
disso. Ele até pode enganar por um tempo, mas não todo o tempo.
A fé que agrada a Deus é aquela que vem
pelo ouvir a Palavra e andar intimamente com Deus. Falar somente, sem agir, não
nos leva a lugar algum. Precisamos: “olhar para o autor e consumador da fé”.
(Hebreus 12: 2). Fé é andar com Deus, conhece- ló e estar familiarizado
com a sua glória e majestade, ai esta um povo que não precisa de curso e nem de culto de
oração, pois a oração faz parte de sua vida, como o ar que respira, e muito menos precisaria participar de seminários de fé.
Precisamos olhar para o nosso autor e
consumador da nossa fé todos os dias, sendo transportados da escuridão do diabo
para as mãos do Filho de Deus. Somente pela fé que agrada a Deus, somos transladados
para estar- mos em sua presença, todos os dias crescemos na graça e no conhecimento
do Senhor Jesus Cristo, nos tornamos menos ligados às coisas terrenas e mais
próximo da glória dos céus. Somente então, podemos fazer a ultima oração da Bíblia: “Aquele
que dá testemunho destas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Vem, Senhor
Jesus” (Apocalipse 22: 20). Venha Senhor, não há nada aqui para mim!
Pastor Elias Fortes.
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