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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

TEMPESTADE


Encontrar Deus nesta vida não significa construir uma casa numa terra sem tempestade; mas construir uma casa na Rocha, aonde a tempestade jamais irá destrui- la. “Será abrigo e sombra contra o calor do dia, e refugio e esconderijo contra a tempestade e a chuva” (Isaías 4: 6).
    O cristianismo hoje esta sendo deturpado, não pode haver  cristianismo sem Cristo! O cristianismo bíblico nunca foi um meio de suprimir atitudes e desejos ímpios e muito menos satisfazer o ego de um bando de materialistas presunçosos; o objetivo de Deus não é alterar comportamento, mas modificar relacionamento. Na verdade, fora de um relacionamento momento por momento com Jesus Cristo, não conseguimos realizar nada.
    Conhecer a Cristo é conhecer seu coração com relação à sua igreja. Na noite anterior à sua morte, a noite mais sombria da sua vida, nosso Salvador apresentou ao Pai seu pedido mais elevado. Orou para que seus discípulos fossem “... para que sejam perfeitos em unidade...” (João 17: 23). Em meio aquela tempestade, onde o alicerce da casa estava sendo sacudido; a única unidade que os discípulos conheciam naquela noite era o medo comum e o fato de que em breve todos haviam de abandonar o Jesus.
     O Senhor Jesus disse àqueles futuros líderes da igreja de Jerusalém que seriam conhecidos pelo seu infatigável amor ágape. Mas naquela noite de tormenta, os três amigos mais íntimos de Jesus não puderam permanecer acordados com Ele nem mesmo durante uma hora enquanto Cristo passava pelo "olho do furação"... Jesus agonizava sozinho em oração. “Apressar- me- ia ao meu refúgio, longe da fúria do vento e da tempestade” (Salmos 55: 8).
     Mesmo diante da imaturidade, das ambições e das falhas dos seus discípulos, Jesus orou sem titubear para que eles se tornassem a habitação humana da Trindade, uma promessa que soava quase blasfematória a mentes que só conheciam o Velho Testamento. “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que esteja convosco para sempre” (João 14: 16).  A oração de Jesus Cristo tinha pouco haver com o caráter dos seus discípulos e muito a ver com o seu próprio poder de transformar os corações. “Eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste como também amaste a mim” (João 17: 24).
     Esses futuros líderes medíocres, esses homens vacilantes jamais iriam assumir a liderança da igreja e atingir com suas próprias forças; alvos tão sublimes, somente através do derramar do Espírito Santo e da vida intercessória de Cristo. Fariam as suas obras porque Ele estava indo “... para o Pai” (João 14: 12b) onde viveria para sempre para interceder por eles!
     Como foi naquela ocasião, assim é hoje, estamos presenciando os terríveis ventos das falsas doutrinas soprando contra a Igreja e muitos sendo “... levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro” (Efésios 4: 14b). Em meio a essa terrível tempestade que vem sobre a igreja, muitos líderes estão dormindo espiritualmente, estamos presenciado todo tipo de abominação em nossos altares. Ontem assisti pela televisão um líder que subiu um morro com um livro gigante (livro dos dizimistas) fazendo um “sacrifício pelo povo”, outro, estava vendendo pacote de TV fechado na ora do culto, Temos noticia que alguns lideres estão aceitando a oferta e dizimo com cartão de credito em até cinco vezes. A tempestade do materialismo esta soprando contra a igreja, com certeza tudo isso esta causando náuseas em nosso Deus.
      Em meio a essa tempestade de falsas doutrinas, quão desesperadamente precisamos do Espírito Santo, nosso refinador, para que venha nos despojar dos nossos títulos, do nosso materialismo desenfreado, dos nossos lugares nas primeiras fileiras nos templos e nossas mensagens do tipo “que vantagem posso tirar hoje”! Precisamos voltar à simples humildade, graças a Deus temos a intercessão de Cristo e a obra renovadora do Espírito Santo permanecendo como força e a esperança da Igreja.
     A condição superficial e imatura da igreja nunca impediu Jesus Cristo de orar pela perfeição. Seria impossível ele deixar de orar assim quanto seria para Ele deixar de ser Redentor da humanidade. E assim como Jesus não pode cessar de orar pelo seu povo imperfeito, esta deve ser a nossa posição de intercessão também. “Com efeito, devendo já ser mestres, por causa do tempo decorrido, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, por que é criança” (Hebreus 5: 12- 13).
     Infelizmente a “molecagem” espiritual esta fazendo um grande estrago em muitas mentes. Como lideres e intercessores, comprometemos nossos corações para obedecer a Deus, mas falhamos com frequência. Realmente, procuramos conhecer sua Palavra; mas a compreendemos de modo muito incompleto. . Comprometemo- nos em segui- La, mas quantas e quantas vezes nos encontramos perdidos em meio à tempestade da vida. Amado! A nossa espiritualidade não é medida em termos de conquistas humanas, mas na proporção da nossa dependência de quem Jesus se tornou para nós. Se a fundação de nossa casa é na rocha, tempestade alguma irá nos destruir. “Como passa a tempestade, assim desaparece o ímpio, mas o justo tem perpétuo fundamento” (Provérbios 10: 25).
     Cada líder que Jesus deu á igreja do primeiro século falhou de uma maneira ou outra. Deus não lhe deu as costas por isto. Pelo contrario, usou sua nova descoberta de uma mais profunda fraqueza pessoal para aperfeiçoar neles a sua força “... A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2 Coríntios 12: 9b).
     Pedro gabou- se que embora outros pudessem falhar ele nunca negaria ao seu Senhor. Apesar disso, Jesus avisou seu discípulo “convencido” que “Tu darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que de modo algum cantará o galo antes que me negues três vezes” (João 13: 38).
     Na verdade todos os discípulos de Cristo o abandonaram. Qual foi a reação de Jesus? Disciplinou Pedro? Não! Ele olhou para Pedro. Que olhar foi esse? De condenação? De maneira alguma! Foi um olhar de amor e compaixão: “Virando- se o Senhor, olhou para Pedro...” (Lucas 22: 61a) Embora existam ocasiões em que Cristo precisa nos confrontar e nos repreender, Jesus orou por Pedro para que, mesmo falhando, sua fé não desfalecesse e que pudesse fortalecer seus irmãos “Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lucas 22: 32).
      Jesus, de uma maneira incrível, sabendo que seus discípulos sofreriam terrivelmente por causa de suas próprias falhas, Jesus ainda mais os confortou dizendo: “Não se turbe o vosso coração...” (João 14: 1). Jesus esta a ponto de ser abandonado pelos discípulos, entretanto é Ele quem os conforta, procurando aliviar seus corações antes mesmo deles fugirem. Aqui esta o segredo para enfrentar as tempestades das falsas doutrinas sem entrar em desespero. “Quem observa o vento, nunca semeará; o que olha para as nuvens, nunca segará” (Eclesiastes 11: 4).
      Os alicerces da fundação de nossa casa espiritual estão apoiados em dois pilares, maiores e mais duradouros dos que as falhas da igreja: A imutabilidade do propósito de Deus. “Assim que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento” (Hebreus 6: 17). E, a intercessão sacerdotal imutável de Jesus. “mas este, porque permanece eternamente, tem o seu sacerdócio perpétuo” (Hebreus 7: 24).
       A questão da igreja ser totalmente dependente de Cristo é absoluta e irrevogavelmente central para o plano de Deus. O poder que deve emanar da igreja não é inerente a ela: deve fluir por meio de nós por causa do nosso relacionamento com Jesus Cristo através do Espírito Santo.
      Jesus nos alertou sobre as tempestades, chuvas fortes, rios transbordando e ventos soprando violentemente. Portanto, nenhuma decisão é mais crucial do que escolher o fundamento, sobre o qual construímos.
       Jesus usou a metáfora da construção sobre a areia para descrever uma pessoa que ouve as Suas palavras, mas não as pratica. Jesus disse: “transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mateus 7: 27). Em se tratando da nossa vida eterna não devemos utilizar um evangelho barato em nossas construções espirituais. Infelizmente milhares de crentes estão correndo atras mensagens sem fundamento e de profecias baratas (argamassa fraca). "Portanto dize aos que a rebocam de argamassa fraca que ela cairá. Haverá uma chuva torrencial, e grandes pedras de saraiva cairão, e um vento tempestuoso a fenderá" (Ezequiel 13: 11). Lembre- se! Simplesmente ouvir o que Jesus diz, não é suficiente.
        Em contraste, Jesus igualou uma pessoa que ouve e guarda os Seus ensinamentos a um homem sábio que constrói a sua casa sobre a rocha. “Portanto todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; contudo, ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mateus 7: 24). Note que a tempestade soprou tanto na casa que estava na areia, quanto a que estava na rocha, sendo que na rocha, nem mesmo o mais furioso dos temporais conseguiu derrubar a casa.
          As vezes, basta uma pequena tempestade. Não há trovoadas, nem chuvas torrenciais, nem ululantes furacões; bastam umas nuvens escuras, um vento mais forte. E as paredes desabam.
           Algumas pessoas se estilhaçam em mil pedaços por coisinhas; as pequenas dores e tragédias que a vida está sempre atirando no caminho da humanidade.
           Você esta preparado para as tempestades que estão por vir? Rocha firme ou areia movediça? Sobre qual fundamento construiremos, hoje? Pastor Elias Fortes.

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