É
possível ter sentimento sublimes, grandes paixões, até grande simpatia por um
povo e mesmo assim não amar o homem. Sentir poderosamente é uma coisa, viver
verdadeiramente é caridosamente é outra. O pecado pode ser sentido no âmago do
ser e, no entanto, pode não ser expulso. Irmãos, cuidado. Vejam como um homem
pode proferir palavras boas, verdades ortodoxas e, contudo, estar podre em seu
coração.
O Espiritismo está ligado à origem da
humanidade. O movimento moderno, porém, propagou- se a partir de 30 de abril de
1856, na França, com Hippolyte Léon Denizard Rivail 1804- 1869. Ele ficou
popularmente conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, pois acreditava ser a
encarnação de um poeta celta com esse nome.
Hippolyte Léon Denizard Rivail escreveu
posteriormente O Evangelho segundo o Espiritismo, O livro dos Médiuns, O Céu e
o inferno e Gênesis. Antes da sua morte, porém, tentou alertar de sua
discordância ao próprio Evangelho segundo o Espiritismo.
O Espiritismo a luz da Bíblia, nos revela
que o espiritismo é uma afronta ao ensino das Sagradas Escrituras. Os espíritas
usam certos textos para defenderem a mediunidade.
Os espíritas dizem que João Batista, foi à
reencarnação de Elias baseado em Mateus 11: 10- 14. Porém, esta
passagem está relacionada à profecia de Malaquias 4: 5 e o seu cumprimento.
A reencarnação é inaceitável neste caso, porque os próprios judeus não criam
nela e sim na ressurreição. Foi o próprio João Batista, que disse que não era
Elias (João 1: 21). Quando Jesus mencionou João como Elias que havia
de vir, queria dizer que o ministério profético de João era semelhante ao de
Elias em caráter e em poder. A revelação a Zacarias deixa isso bem claro (Lucas
1: 17).
Os espíritas dizem que na transfiguração,
se deu uma sessão ao ar livre e que evidencia a reencarnação de Elias e João
Batista (Mateus 17: 1- 13). Ao analisarmos o texto, e o contexto vemos
Jesus explicando a vinda de Elias. Seus discípulos compreenderam que se referia
a João Batista. Análise! Como Elias teria voltado se ele não morreu (2
Reis 2: 11)? A finalidade do acontecimento foi mostrar que Jesus é o
Messias: Moisés representa a Lei; Elias, os profetas, e Jesus é o seu
cumprimento definitivo. Ao examinarmos as Escrituras constatamos que João
Batista tinha acabado de ser morto. Portanto! Se a reencarnação fosse verdade,
a aparição deveria ter sido de João Batista, já que ele seria a Última
encarnação de Elias!! (Jeremias 23: 36- 40).
Os espíritas dizem que o novo nascimento,
referido por Jesus na conversa com Nicodemos em João 3 está relacionado à
reencarnação. Esta tese, não é verdadeira. Neste mesmo texto (Lembre- se! Texto
e contexto, para o diabo não por pretexto). Neste mesmo texto Jesus deixa claro
que não se trata do nascimento físico, mas sim espiritual (João 1: 12- 13). Na Bíblia
não há contradição. Em Hebreus 9: 27 ela deixa claro que ao
homem está ordenado morrer apenas uma vez. João 3: 3 refere- se à transformação
operada em Cristo como exigência para entrar no Reino de Deus (2 Coríntios 5: 17).
Para os espíritas 1 Samuel 28, quando Saul
tenta se comunicar com Samuel, já morto, é uma evidência da pratica da
mediunidade totalmente condenada pela Bíblia? (Isaias 8: 19- 20; Atos 19: 19;Gálatas
5: 19- 21). A bíblia não se contradiz. Em 1 Samuel 15: 23 o profeta
rejeita a prática de mediunidade, condenando- a (Leviticos 20 6, 27). A
ordem dada em Israel era para que se extirpassem os médiuns e adivinhos. Como
Saul morreu dias após a consulta á pitonisa, não foi ele quem repassou a
história. O fato foi contado pelos seus servos (1 Samuel 28: 7- 8), que
eram estrangeiros (1 Samuel 21: 7). Foram eles mesmos que levaram Saul à médiuns (1
Samuel 28: 7), indicando que a história sofreu influência de seus
crendices. Em 1 Samuel 28: 11, 14 revela que a manifestação foi subjetiva.
Não foi Saul, mas a própria mulher que entrou em transe e disse ter visto um
homem subindo. Pela descrição, Saul sem ver, concluiu que fosse Samuel.
Seria de Deus tal manifestação?
Jamais! Crônicas 10: 13- 14
mostra que Saul morreu por causa da transgressão que cometeu ao consultar uma
necromante. Como poderia ter morrido em juízo por algo que Deus mesmo teria
reprovado? Na verdade, essa manifestação foi totalmente diabólica. O Senhor o
rejeitou como rei porque consultará à médium (Leviticos 20: 6- 27).
Essa manifestação esta repleta de mentiras. Pois Satanás é o pai da mentira João
8: 44. Em 1 Samuel 28: 19 vemos um espírito enganados, da parte do diabo,
se passando por Samuel. Ele afirma que Saul seria entregue nas mãos dos
Filisteus, uma predição mentirosa, lemos 1 Samuel 31: 4 que Saul tentou o suicídio.
Finalmente, quem o matou foi um amalequita e não um filisteu (2
Samuel 1: 1- 16). Sendo cremado depois pelos homens de Jabes- Gileade,
que também não eram Filisteus.
Esse espírito mentiroso, também predisse
que todos os filhos de Saul morreriam. (1 Samuel 31: 8; 2 Crônicas 10: 2, 6).
Somente Jônatas morreu (2 Samuel 21: 8). Armoni e Mefi-
Bosete escaparam e Isbosete reinou por dois anos (2 Samuel 2: 10). O espírito
mentiroso predisse que Saul morreria no dia seguinte. Logicamente que isso
também não ocorreu (1 Samuel 30: 1, 8).
O espiritismo acredita na sucessão de vidas
passadas para a evolução do espírito humano. Por isso, a pessoa deveria nascer
em corpos diferente até que cumpra o carma. O carma é o0 peso da culpa dos
erros da vida passada que deve ser expiada através das obras e do sofrimento. Porém
a Bíblia nos diz que essa vida é suficiente para que a pessoa se responsabilize
por suas ações (Lucas 23: 42- 43; hebreus 4: 7). Pense! Por que o ladrão da
cruz não precisou reencarnar para ser salvo? Se houvesse reencarnação, para que
existiria a necessidade do perdão? O perdão tira a condenação do pecado (1
João 1: 7, 9; Romanos 8: 1; Lucas 23: 39). Porque deveríamos pagar com
sofrimento aquilo que já foi perdoado? (Hebreus 10: 17). Se Deus se
esqueceu dos nossos pecados do passado, com o arrependimento, nos mínimo seria
tolice pagar por eles em outra vida! (Isaias 43: 25).
A reencarnação afronta ao ensino das
Sagradas Escrituras, pois na reencarnação a pessoa perde a identidade da vida
anterior. É como se a vida simplesmente se desintegrasse no tempo pela
necessidade de assumir novas personalidades. A pessoa, portanto, é engolida
pelo cosmo e acaba virando nada. Isso não faz sentido! Que propósito teria a
vida? A verdade é que Deus nos ama e leva em conta a nossa identidade. Você é
um ser único, irrepetível. Na ressurreição sua identidade será mantida, ou para
a vida eterna, ou para a perdição eterna (Daniel 12:2- 3).
Ao analisarmos o caso de Lázaro de
Betânia. Mesmo após ter sido ressuscitado, continuou sendo Lázaro. Isso se deu
com Jesus, que, mesmo ressurreto, foi reconhecido pelos discípulos como o mesmo
que conviveu com eles antes de sua morte. Inclusive, Jesus fez refeições com
eles após a ressurreição, indicando que não era da fato um espírito ou fantasma e sim um ser de carne e
osso glorificado. (João 20 e 21, Lucas 24: 31- 39).
Como o carma (conhecido como destino) pode
ser verdade, se a pessoa não se lembra dos erros da suposta vida passada? Isso
comprova a impossibilidade de o próprio carma ser um meio de pagar pelos erros.
A Bíblia nos ensina que Jesus é o único que pode nos libertar do pecado (João
8: 24, 34- 36), e que devemos esquecer-nos dos erros passados (Filipenses
3: 13- 14).
Como a evolução do espírito pode ser
verdade, se a humanidade está cada vez pior, e se desde o ini9cio ela tem
crescido assustadoramente que tem dobrado o número de pessoas em pouco tempo? (2
Timóteo 3: 1- 4).
Deus, a suprema perfeição, não poderia
criar jamais espíritos imperfeitos e submete- lós ao sofrimento. Onde ficaria o
livre arbítrio? Como alguém pode reencarnar diversas vezes e aprender tudo de
novo? Por que os espíritos não comunicam novos conhecimentos? Além disso, a
crença na reencarnação produz uma atitude cômoda diante das maldades: posso
fazer porque vou pagar na próxima encarnação! Com isso Muitos afirmam que o
inferno é aqui neste mundo. Contudo, de acordo com a Bíblia, Jesus o coloca
após a morte. É um lugar de dor e sofrimento (Judas 7; Salmos 116: 3).
É um lugar de ira (Efésios 2: 3; Colossenses 3: 6). È um lugar de condenação
eterna (Marcos 25: 41, 46; Judas 1, 7).
Para o espiritismo Jesus é um espírito evoluído.
Ele se encontra na posição de espírito de luz. A Bíblia, porém, declara: Ele é
o único caminho de salvação (João 14: 6). Jesus é um com o pai (João
14: 9- 10). Ele é o Filho de Deus (João 3: 16; 1 João 5: 11- 21).
Os espíritas creem na salvação por
caridade, méritos pessoais. A luz da Bíblia, porém vemos que, somos salvos pela
graça, por causa das misericórdias divinas (Efésios 2: 8- 10; Tito 3: 3- 5; Isaias 41:
24; 64: 6). Ela nos ensina que Jesus é único meio de salvação (Atos
4: 12; Atos 10: 34- 44).
Para os espíritas o Diabo é uma simples
personificação do mal. Dizem que há espíritos de linha branca, do bem, e que há
espíritos atrasados. A luz da Bíblia, o Diabo é descrito de maneira bem
distinta: Ele é chamado de Lúcifer (Isaias 14: 12); Satanás (Zacarias
3: 1); Diabo (Mateus 4: 1); Maligno (Mateus
13: 19); Príncipe deste mundo e Das potestades do ar (2 Coríntios
4: 4, Efésios 2: 2); o Tentados (1 Tessalonicenses 3: 5).
Prezado leitor. Satanás usa de dupla identidade
para enganar as pessoas e aprisioná- las, longe da Palavra de Deus. Ele é o pai
da mentira e tem destruído muitos através da mentira do espiritismo.
Nesses tempos de guerra, rumores de
guerras, violência urbana, mentiras, morte, e fascínio pelo ocultismo, que a
cruz de Cristo seja a nossa resposta a uma sociedade decaída. A cruz nos
assegura que esse Deus é a realidade dentro, por trás e além do universo.
Pastor Elias Fortes.