A
grandeza atual de Jesus Cristo pode ser resumida neste verso poderoso:
"A VIDA ESTAVA NELE...". João 1: 4. Cristo estava e continua
renovando vida. Ele era renovado constantemente, pois a vida era retirada de um
manancial celestial. Ele nunca se queixou das multidões que o procuravam, e
muitos receberam dEle virtude. Quantas curas e libertações? Quantas
almas foram salvas por Ele? Sim! Ele experimentou dias de cansaço, noites de
oração, mas mesmo assim Ele dava atenção para todos. Afinal! Qual era o segredo
do seu renovo?
Certa vez, seus discípulos o encontraram descansado e revigorado, aqui esta o
segredo da vitamina celestial, o tônico dos santos: "Mas
ele lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”. João 4: 32.
Amados! A compaixão é um precioso instrumento de transformação. Quantos homens
e mulheres foram até Jesus buscar socorro? Muitos vieram gritando o Seu Nome
pelo caminho, multidões que o pressionavam, mas, jamais Jesus mostrou- se
impaciente com elas, pelo contrario! Ele tinha tempo para as criancinhas. Num
momento de fadiga, parou junto a um poço de água para descansar (e
provavelmente com sede), pediu para uma mulher samaritana: ‘...
Dá- me de beber” (João 4: 7b). porém, Jesus sabia que aquela mulher
precisava de ajuda.
“disse- lhe a mulher samaritana:
Como, tu sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Pois
os judeus não se dão com os samaritanos.)”. (João 4: 9).
Hoje as pessoas ouvem os sermões da TV, veem os prédios de nossas igrejas e
leem nossos folhetos. Mas estão famintas pela manifestação da glória de Deus.
Algo maior do que elas. Algo maior do que nós. Elas querem ver a Deus.
Infelizmente, muitas igrejas fizeram cisternas rotas. “Porque o meu povo fez
duas maldade: a mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas,
cisternas rotas, que não retém águas”. (Jeremias 2: 13).
Uma cisterna é um reservatório artificial para armazenar
água. A água nele pode tornar- se estagnada e suja. Quando a cisterna se rompe,
a água escapa e a poluição penetra. Muitas Igrejas estão sendo inundadas pela
poluição do mundo. Transformaram a casa de oração em casa de comercio a céu
aberto. É muito triste ver que em algumas igrejas evangélicas foram liberadas
para assistirem o jogo da copa do mundo dentro delas, com se já não bastasse à
falta de saneamento básico (doutrinas bíblicas) e a enxurrada de heresias. “Como
fonte turva, e manancial poluído, assim é o justo que cai diante do ímpio”. (Provérbios
25: 26).
O mundo é uma cisterna, uma cisterna rota. Oferece a esperança de prazer e
felicidade, mas aqueles que procuram satisfação nele ficam inevitavelmente
desapontados e sedentos. Hoje, na ânsia de “agradar o povo”, muitos líderes
perderam a autoridade vinda de Deus. Em algum lugar da História, a igreja impôs
limite ao nosso Salvador. Desenvolvemos uma teologia que o fez Senhor sobre o
espiritual, mas não sobre o natural. Cremos, por exemplo, que Ele pode perdoar
nossos pecados, dar- nos paz e alegria, e oferecer- nos vida eterna. Porém,
poucos crentes conhecem Jesus como o Senhor natural, de nosso cotidiano, isto
é, de nossas crianças, emprego, contas, casamento, ai você começa a entender o
porquê de tantos crentes sem renovo, faltando- lhes autoridade no falar, pois
não as têm em seu viver diário. Por isso há tão poucos crentes renovados.
Jesus era constantemente renovado pelo Espírito, qual era o segredo do Seu
renovo. “Maravilharam-
se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os
escribas”. (Marcos 1: 22).
Sempre foi assim. Paulo referiu- se à mesma realidade quando escreveu em 1
Coríntios 2: 4, 5 “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em
palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e do
poder”. Por
que isso era importante? “Para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”.
“... demonstração do Espírito e
do poder”. O mundo já
tem sabedoria humana o suficiente. Se a sabedoria humana fosse o bastante para
resolver os problemas do mundo, estaríamos livres das guerras, da fome e das
doenças. E não teríamos necessidade alguma de Deus.
Obviamente, isso não aconteceu. O mundo ainda está emaranhado em discórdias,
definhando com vazio físico e espiritual, e ainda se encontra ferido e agonizante.
Continua desesperado pelo tipo de cura que somente Deus pode oferecer.
Seria uma boa ideia, então, se cada uma de nós parasse periodicamente durante o
trabalho para o Senhor e perguntasse: “Em que estou confiando? Quem estou
mostrando às pessoas?”. A demonstração do Espírito e do poder, vem do amor
de Deus, e resultará naturalmente em compaixão pelas pessoas. Não podemos amar
ao Pai sem amar seus filhos também, mesmo quando não são dignos de amor. “
Respondeu- lhe Jesus: “Se conheceres o dom de Deus, e quem é o que te pede: Dá-
me de beber, tu lhe pedirás, e ele te daria água viva”. (João 4: 10).
Deus usa as pressões das tribulações para aperfeiçoar
nossas vidas. Ele talha facetas em uma pedra humilde para refletir a sua
glória. “Disse-
lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tira- lá, e o poço é fundo. Onde tens
a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual
ele próprio bebeu e, bem assim, os seus filhos e o seu gado?”. (João 4: 11-
12).
Em relação à nossa vida espiritual, muitos de nós são pessoas do tipo
“tudo ou nada”. Se não somos automaticamente perfeitos, desistimos. Quando as
virtudes cristãs como a paciência e a bondade parecem difíceis de serem
obtidas, abandonamos nosso desenvolvimento do caráter e decidimos que a
santidade é para aqueles que estão mais bem equipados, pois, o poço é fundo.
Contudo, quando desistimos, estamos desistindo da nossa parte da sociedade. A
perseverança é uma de nossas responsabilidades no processo de transformação.
“Respondeu Jesus: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede, mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água
que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna”.
(João 4: 14).
Naturalmente, ainda haverá áreas em nossas vidas em que lutaremos. Ainda haverá
lutas e perderemos algumas ocasionalmente. Mas, se temos desejo de perseverar
no processo, Ele fará em nós uma fonte que jorre para a vida eterna.
“Disse- lhe a mulher: Senhor, dá- me dessa água para que eu não mais tenha
sede, nem precise vir aqui tirá- La”. (João 4: 15).
Nossa fé deve afirmar que o poder de
Jesus vai além do limite da morte. Quero viver intimamente com Jesus de modo
que, quando chegar o momento de deixar este mundo, eu também passe pelo véu
muito fino descrito por Henrieta Mears. De uma vida cheia de glória para outra.
Do ato de sentar- se “em sua presença” para o de estar “face a face”. “Disse-
lhes Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá”. (João 4: 16).
Deus, por amar você, trabalhará para purifica- ló. Sua ira vem sobre a
perversidade obstinada. Porém, o castigo amável é para aqueles que se
arrependem e voltam- se para Ele. Você pode sentir a mão de Deus em sua alma,
por causa de seus erros, mas, ao arrepender- se, é possível clamar pelo amor
que traz disciplina. “Respondeu
ela: Não tenho marido. Disse- lhe Jesus: tens razão em dizer que não tens
marido, pois já tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido.
Isto disseste com verdade”. (João 4: 17)
Os sedentos pelo rio de água viva passarão por provas, e serão purificados de
tudo o que não é semelhante a Cristo, como preparação para o casamento. Quando
a presença de Jesus se manifesta, as coisas escondidas são reveladas. O povo de
Deus abandona as águas turvas do pecado, e volta- se para as águas cristalinas
do rio da vida. “Disse- lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos
pais adoraram neste monte, mas vós, os judeus, dizeis que é em Jerusalém o
lugar onde se deve adorar”. (João 4: 19- 20).
Apesar de ter sido um dos maiores líderes espirituais da história, Jesus passou
muito pouco tempo em lugares religiosos, pois quase sempre ficava onde as
pessoas viviam. Ele estava interessado nas pessoas, em buscar as ovelhas
perdidas da casa do Pai. Ele exerceu grande influência na vida daqueles que
conheceu. Assim como Jesus, fomos chamados para mostrar a fonte da água da
vida. Nossas vidas deveriam ser um refugio para os feridos e não um clube de
campo para pessoas satisfeitas. “Disse- lhe Jesus: Mulher, crê-
me, a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o pai. Vós, os
samaritanos, adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a
salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais
que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que adoram o adorem em
espírito e em verdade”. (João 4: 21- 24).
Na vida dos verdadeiros adoradores manifesta- se um espírito de santidade. Por
trás da verdadeira santidade há sempre um espírito operando. Onde Jesus opera,
é possível descobrir muito mais que separação do mundo e abstinência às coisas
que não são divinas. Encontraremos um espírito de obediência, e seremos
renovados, pois, a vida esta nEle. “Então, deixando o seu cântaro, a
mulher foi à cidade e disse ao povo: Vinde, vede um homem que me disse tudo o
que tenho feito. Poderia ser este o Cristo? Saíram da cidade e foram ter com
ele”. (João 4: 28- 29).
Ao meio dia a mulher samaritana encontrou Jesus, ao meio dia e meio ela foi
transformada e às treze horas da tarde, ela era uma missionária, isso é uma
verdadeira transformação. A compaixão é a água potável vindo direto do
manancial de Deus. O convite ao sedento continua: “Ó
vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tem dinheiro,
vinde, comprai, e comei! Vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e
leite”. (Isaías 55: 1).
Queremos um resultado. Mas preferimos pular o processo. Receio que a
nossa geração tenha atingido arriscadamente a mentalidade “Estou ficando
cansado, então vamos parar um pouco”. E não apenas no campo espiritual. Fazer
dieta é uma disciplina, então ficamos gordos. Concluir os estudos é uma
chatice, então caímos fora. Cultivar um relacionamento íntimo é doloroso, então
desistimos. Escrever um livro exige demais, então paramos logo. Resolver
conflitos do casamento é para alguns, um esforço tão cansativo que preferem
partir. Persistir em um trabalho é árduo, então começamos a olhar para os
lados... E no momento em que estamos dispostos a desistir, surge o Mestre, que
se curva e sussurra: “Continue; não pare. Continue”. “Quem
crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.
(João 7: 38). Pastor Elias Fortes.