Nos dias de Jonas, Nínive tinha 120.000 crianças abaixo dos sete anos. Sua população total devia passar de 600.000. Ela se espalhava por um raio de cinqüenta quilômetros, e era protegida por um muro de trinta metros de altura. A largura do muro era suficiente para três carros correrem lado a lado em sua pista, e havia mil e quinhentas torres cada uma com oitenta metros de altura.
Nínive era uma grande cidade mercante, um centro de comércio internacional. Três quartos do mundo conhecido estavam sob domínio político e comercial. Sob a pregação histórica de Jonas, Nínive mostrou um tipo de arrependimento, mas esse arrependimento foi superficial, durou pouco. Nínive logo voltou para seus dias de perversidade, e Deus foi logo esquecido. A perversidade e a imoralidade do lugar foram exportadas para o mundo todo, e Nínive e o império Assírio começaram a alardear suas matanças. Então Deus ficou irado. O Espírito de Deus veio sobre o profeta Naum:
“O Senhor é um Deus zeloso... e é cheio de furor; o Senhor toma vingança.” (Naum 1: 2).
Naum viu aquela sociedade perversa, embriagada de prazer, sucesso e prosperidade, cheia de orgulho, cobiça e violência, um povo que roubava e derramava sangue sem problemas de consciência, e clamou: “Ai de Nínive! Deus voltará a trazer julgamento!”.
A profecia de Naum veio anos após Jonas ter sido enviado para proclamar o julgamento à cidade. Deus havia sido “Tardio em irar- se” e paciente, apesar da perversidade, da violência e da impiedade dos ninivitas. Ele se lembrava do curto período de arrependimento de seus pais sob a pregação de Jonas.
Olhamos para nossas cidades e perguntamos: “Porque tantas drogas e violência?”. Nós já não atingimos o mesmo patamar de Nínive? Não estamos nós embriagados pela luxúria, drogas, violência, pecados sexuais? Não estamos intoxicados de sucesso e prosperidade? Com toda a certeza o alerta de Naum é também para nós:
“Tu também serás embriagada, e também te esconderás” (Naum 3: 11).
“Pastor! Estamos muito cansados para ouvir sobre julgamentos”. Embora tenham presenciado a natureza esbravejando contra nós, a violência se multiplicando de uma forma assustadora, o que estamos pregando? O que o povo gosta de ouvir: “benção e prosperidade”. Como Nínive, nossa sociedade tem uma ferida incurável. A não ser um milagre de misericórdia, já não há cura para nós, apenas julgamento. Naum pergunta:
“Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante da sua ira? (Naum 1: 6).
Milhares de vidas estão brincando com os utensílios da casa do Senhor, e oferecendo um “pernoite” de prosperidade para seus profetas: “Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: As tuas dádivas fiquem contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação” (Daniel 5: 17). Através das Escrituras Daniel viu que aquele pernoite de prosperidade iria durar apenas algumas horas, Belsazar estava muito embriagado para ouvir o profeta.
A mensagem esta escrita nas paredes, em nossos muros, em nossos morros. Mas, quem é capaz de interpreta- lãs? Não agimos como os ninivitas, corremos para dentro de uma igreja quando estamos enfrentando dificuldades? Mas, logo voltamos a vida “normal”! Dizem: “Deus é amor! Vivemos no tempo da Graça.” É no tempo da graça que vem este alerta para nós:
“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hebreus 10: 31).
Quando a fúria de Deus se manifesta sobre a terra, quando bate o ardor de sua ira, que juiz continuará rebelde? Quem suportará? Deus golpeará todos eles com temor, infundindo- lhes confusão na alma. Ficarão desamparados no dilúvio, clamando: “O que aconteceu? Está tudo caindo!”. Não terão fim os cadáveres! Crianças brincando ao lado de cadáveres, Não é isso que estamos presenciando pela televisão em nosso país?
“Haverá uma multidão de mortos, e abundancia de cadáveres, e não terão fim os defuntos; tropeçarão nos seus corpos”. (Naum 3: 3).
Cercas elétricas câmeras de vídeo e segurança armado não ira resolver. A realidade é: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmos 127: 1).
Traficantes entraram pelos portões de nossas cidades, matando milhares de jovens com as drogas. Naum alertou:
“... As portas da tua terra estarão de todo abertas aos teus inimigos...” (Naum 3: 13).
Olhando para os reality shows, as novelas e filmes demoníacos, vemos que a nossa nação desenvolveu um apetite pela perversão e pelo sadomasoquismo. Até as novelas diurnas estão repletas de conversas obscenas, cenas de sexo e de homossexualismo. A televisão passou a ser uma comporta escancarada de uma barragem de sujeira:
“Lançarei sobre ti cousas abomináveis, e te envergonharei, e pôr- te- ei como espetáculo” (Naum 3: 6).
Deus está fazendo com o Brasil o que fez com Israrel depois que o povo murmurou por causa da falta de carne: “Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias ... mas até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela” (Números 11: 19- 20). Clinicas de abortos clandestinos estão sendo procurados por meninas de doze anos, crianças no jardim de infância estão sendo flagradas praticando sexo oral. Meninos de dez a quinze anos tornaram- se matadores profissionais. Nossa nação brinca de prostituta dançando carnaval, desprezando a arma mortal, a Aids.
Belsazar promoveu um verdadeiro carnaval para seus convidados: “Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra”. (Daniel 5: 4). Conseqüências? De Sodoma a Babilônia, os impérios moribundos tornaram- se beberrões, preguiçosos, viciados e imunes a todos os alertas. Como Belsazar, o rei de Babilônia que viu a incrição na parede, acabam dando um dia de corte aos profetas... dizendo- lhes que sim, que estão na pista certa, que tudo o que dizem é verdade. Mas logo voltam para o seu carnaval.
“Pastor com essa mensagem você pode ser chamado de profeta do caos”, “onde já se viu falar contra o carnaval?” pode me dar nome do que quiserem. Pois já sou cidadão de outro país: a Nova Jerusalém, que esta em cima. Espera- se que estejamos em busca de uma cidade cujo idealizador e construtor é Deus.
Jesus nos preveniu um dia futuro, tão terrível, que o coração dos homens não conseguiriam enfrentá- lo, de medo, na expectativa dos horrores que viriam à terra. (Lucas 21: 26). Em seguida advertiu- nos:
“Levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” (Lucas 21: 28). Esta chegando a hora povo de Deus! Pastor: Elias Fortes
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