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quarta-feira, 6 de julho de 2011

"VOCÊ É O QUE COME"

O antigo provérbio é verdadeiro: “Você é o que come”. A saúde do nosso corpo está diretamente relacionada ao que comemos e bebemos. Jesus disse que a sua carne deveria ser a dieta principal: “... se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos”. (João 6: 53).
    Os judeus não puderam compreender tal pensamento, por isto “... muitos dos seus discípulos o abandonaram, e já não andavam com Ele” (João 6: 66). Diziam: “... duro é este discurso; quem o pode ouvir” (João 6: 60).
    Diante do “evangelho fast- food” que nos é apresentado, milhares de vidas estão sofrendo de uma epidemia espiritual, “obesidade mórbida espiritual”. Uma geração de pastores mercenários e seguidores bem nutridos, mas muito mal alimentados pela Palavra de Deus. Ovelhas que tornaram- se tão fracas e enfermas pelo pecado que não podem comer um alimento mais forte.
     Ouça cuidadosamente, uma vez mais, as palavras de Jesus: “... eu vivo pelo Pai; também, quem de mim se alimenta, por mim viverá” (João 6: 57).
      Os que sofrem de obesidade mórbida espiritual, não querem exercitar- se espiritualmente, vivem de fábulas humanas, atrás de benção, curas e muita prosperidade! “Mas rejeita as fábulas profanas e velhas. Exercita- te a ti mesmo na piedade” (1 Timóteo 4: 7).
     É com muita tristeza que ouvimos “Uma multidão”, “concentração de fé”.  A multidão; discípulos, que estavam apenas atrás do pão e do peixe abandonaram a Jesus quando Ele falou a respeito do alimento espiritual: “A partir de então, muitos dos discípulos voltaram atrás e já não andavam com ele”. (João 6: 66).
      Uma multidão de ovelhas “obesas”, fracas e enfermas, preferem antes criticar os ensinamentos que lhes incomodam. Tendem a leviandade e ao divertimento, e se esquecem da genuína palavra de Deus. Por causa dos muitos alimentos desagradáveis, seus apetites espirituais encontram- se insensíveis. Essas ovelhas “inchadas” desprezam a farta mesa divina, trocando- a pelos “lanches” do mundo. “Os olhos deles estão inchados de gordura; não têm limite as imaginações do seu coração” (Salmos 73: 7).
     Nossas igrejas estão “inchadas” de uma multidão que só querem o “pão e o peixe”, vivem apenas atrás de milagres e revelação, benção e vitória sem santidade. Crentes que continuam na cobiça e na idolatria. Infelizmente, muitos ainda se alimentam à mesa de demônios, servindo aos seus apetites sensuais. Em seguida, tentam chegar à mesa do Senhor para se deleitarem com os justos. Isso leva somente a fraqueza e morte espirituais, porque aqueles que são enganados não distinguem o verdadeiro pão de Deus.
      Tomo a televisão como um dos primeiros exemplos. Poucas atividades atraem tanto os cristãos quanto essa. A televisão é particularmente uma forma traiçoeira de idolatria, milhares de crentes tornaram- se “obesos espirituais” devido a sua programação. Uma fonte de luxuria! Contudo, mesmo sabendo disso, literalmente milhões de cristãos sentam- se à frente de seus televisores, hora após hora, dia após dia, aceitando uma dieta que contém todo tipo de lixo para amargurar o coração de Deus. “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito de luxúria os engana, e eles, prostituindo- se, apartam- se do seu Deus” (Oséias 4: 12).
     Nada poderia ser mais claro para mim do que o sofrimento de Deus, não pela televisão em si, mas pela dependência que ela gera nos cristãos. Isso é uma afronta a um Deus santo! O Espírito Santo geme, com gemidos inexprimíveis, por causa das multidões de crentes cegos espiritualmente, que recusam a deixar de beber dessa cisterna imunda. Se Jeremias pudesse testemunhar este espetáculo triste e deprimente... Milhões de servos de Deus distraindo- se em frente á televisão todos os domingos, sorvendo toda a luxúria, crime e avareza, em vez de estarem à mesa de Deus comendo o seu pão... O profeta iria chorar e lamentar- se. Ele certamente clamaria ao Senhor: “... o meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito... a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2: 11, 13).
     Passamos tanto tempo à mesa comendo com nossos inimigos (a TV é apenas um exemplo), nos aconselhamos, nos detemos e finalmente nos assentados a sua mesa (Salmos 1: 1). Como Deus apreciaria ter aquele tempo desperdiçado para alimentar- nos com o verdadeiro pão da vida! Não será tarde demais para virar a mesa do diabo? Para entrar na Casa de Oração e nos alimentarmos com o verdadeiro pão de Deus? E livrar nossas vidas e lares de tudo que manche e polua nossas mentes? Em que mesa você esta assentado neste momento?
     Cristo declarou a seus discípulos: “Uma comida tenho para comer que vós não conheceis... A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, a realizar a sua obra” (João 4: 32, 34). Ele também lhes deixou esta instrução: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará” (João 6: 27). Não ousemos perder o segredo do vigor espiritual. Assim como Cristo vivia pelo Pai, devemos também receber nossa vida alimentando- nos de Cristo. Alguém me falou: “Se nos estivéssemos realmente atentos ao arrebatamento da igreja, não haveria pregadores na televisão”.
     O pão de Deus é distribuído diariamente à igreja, assim como o maná, para os israelitas no deserto. A Bíblia diz que Deus o enviou para humilha- los (Deuteronômio 8: 16). Não que o maná fosse comida de gente pobre, pois na verdade era o pão dos anjos (Salmos 78: 25), mas foram humilhados porque tinham de procurá- lo diariamente. Lembrava- lhes isso que Deus possuía a chave da despensa. Eram forçados a esperar, e admitir continuamente que somente Ele era a fonte de seu sustento.
     Os cristãos, hoje, são humilhados do mesmo modo. O que recebemos de Cristo ontem, diz- nos Deus, não suprirá nossas necessidades hoje. Devemos admitir que, sem o suprimento diário do pão celeste, ficaremos famintos espiritualmente, fracos e desamparados. Devemos vir à mesa do Senhor com regularidade, e mantermo- nos cotidianamente alimentados. Devemos nos conscientizar de que jamais teremos, em nossas vidas, mais suprimento para um dia de esforço! Precisamos perguntar- nos honestamente: Em que mesa estaremos assentados quando o Redentor vier subitamente a Sião? Pastor Elias Fortes.

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