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terça-feira, 24 de junho de 2014

MOSTRE- ME A TUA GLÓRIA!

Uma das maiores tragédias da Igreja nesta geração, e grande tristeza de Deus, é a existência de cristãos infelizes. Eles cantam, batem palmas, sorriem e oram. Porém, por trás dessa fachada, existe solidão e profunda miséria.
       Milhares de crentes vivem neste ciclo de altos e baixos na presença de Deus. Seus casamentos seguem o mesmo padrão, entre meando brigas com momento de paz. Muitos justificam: “Bem, é assim que o casamento deve ser. Não se pode esperar ser feliz e amar o tempo todo”.
      Sua alegria não é duradoura. São fervorosos, mas se tornam subitamente frios. Não sabem lidar com o medo. A depressão vai de encontro a eles como um rolo compressor. Numa semana estão eufóricos e na outra, desanimados. Jesus profetizou: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de quase todos esfriará”. (Mateus 24: 12, grifo meu).
      Números. Estatísticas. Levantamentos. Pesquisas de opinião. Muitas pessoas confiam nisso. E podem fornecer informações valiosas. Falam muitas coisas. Mas existe uma coisa que os números e as opiniões não podem medir: a verdade.
       Você precisa olhar além das aparências superficiais para perceber a verdade. Porque a verdade não se importa com o que qualquer pessoa, ou todas as pessoas; pense, diga ou faça. Ela simplesmente existe, e aparece quando menos se espera. O que, de tempos em tempos, deixa um monte de gente envergonhada. Jesus declarou: “Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8: 32).
      Nossas intenções para com Deus serão reveladas principalmente por meio de nosso comportamento. Milhares de crentes afirmam que conhecem a Deus, no entanto, o negam com seu viver. A obediência em tempos difíceis é de alto valor na vida secular, e muito mais na esfera espiritual.
     Obediência em tempos difíceis é o que podemos contemplar na vida de Moisés. “Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha do Faraó. Escolhendo antes ser maltratados com o povo de Deus do que, por algum tempo, ter o gozo do pecado. Teve por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito, porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; ficou firme por que viu aquele que é invisível”. (Hebreus 11: 24- 27).
      Moisés enfrenta os piores medos de sua vida. Exatamente como enfrentamos nos dia de hoje. Rodeado por israelitas que haviam sido libertos da escravidão de Faraó (Faraó simboliza o Diabo), queriam retornar para o Egito (Egito simboliza o mundo) e um deserto de ventos quentes e pedregulhos flamejantes (Deserto simboliza o caminho apertado, lugar de provação e tentação).
     O ex- pastor de ovelhas, diante de uma tormenta de dificuldades, implora: “[Deus] Tu me ordenaste: ‘conduza este povo’, mas não me permites saber quem enviarás comigo... Andarás conosco ou não?” (Êxodo 33: 12- 16).
     Meu Deus! Como nós nos distanciamos da verdade. O “Evangelho filha de faraó” esta sendo pregado em muitos púlpitos. Prosperidade, riqueza, sucesso, poder e vida fácil. Charles Haddon Spurgeon afirmou: “Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação. Avalie o preço; e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita- me sussurrar em seus ouvidos: ‘Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? ’”.
       Todos os verdadeiros seguidores de Cristo passam por momentos de angustia, não me refiro ao sofrimento culposo, e sim ao probatório, ao contrário do que se prega, a tribulação nem sempre deve ser considerada sinônimo de derrota ou resultante de um pecado. Mas o Senhor está com eles em meio as tribulações da vida! Foi exatamente isso que aconteceu com Moisés: “Eu mesmo o acompanharei... Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome”. (Êxodo 33: 14, 17).
       Milhares de crentes afirmam conhecer Jesus, profetizam em seu nome, expulsão demônios, operam maravilhas e muitos milagres. Mas, verdadeiramente Jesus os conhece? O saudoso pastor Valdir Nunes Bícego, escreveu: “Toda e qualquer manifestação, seja através de palavras, faladas ou escritas, ou atos, precisa ser examinada. A única coisa que dispensa qualquer comentário é a Palavra de Deus, pois é perfeita (Salmos 19: 7), provada (Salmos 18: 30), refinada (2 Samuel 22: 31) e muito pura (Salmos 119: 140).
       Se você serve ao Senhor há pouco tempo, deveria estar crescendo diariamente na graça e no conhecimento de Jesus. E prosseguindo de glória em glória, á semelhança de Deus, saboreando doces vitórias. Satanás deveria agora estar fugindo de você e a alegria deveria estar inundando todo teu ser. No deserto: “O Senhor Falava com Moisés face a face, como quem fala com seu amigo”. (Êxodo 33: 11).
      Creio não sermos verdadeiramente salvos, até estarem nossos corações andando firmemente com Deus. Proclamar- nos salvos e dizer ao mundo que pertencemos a Ele, não basta. Podemos orar; declarar, chorar, cantar “louvores” de apaixonados, e buscar avidamente sua Palavra. Porém, a menos que andemos intimamente com Ele, todos os dias, cairemos cada vez mais profundamente na frieza do amor, logo nos encontraremos dançando ao redor do bezerro de ouro, das recordações do Egito, dos temperos e da carne na panela do Faraó.
       Não podemos ser parte do mundo. Andando com Jesus, aprenderemos a odiar esse sistema ímpio mundial. E nos posicionaremos contra os que blasfemam o nome do Senhor, considerando que “aquele que quiser ser amigo do mundo, constitui- se inimigo de Deus”. (Tiago 4: 4).
       Quando andamos com o Senhor, nos tornamos menos ligado ás coisas terrenas e mais próximo da sua glória. Assim, como o apostolo Paulo, morremos diariamente para esta vida. E somos levados em espírito ao Reino Celestial. Em nosso Monte Sinai espiritual podemos clamar como Moisés: “PEÇO- TE QUE ME MOSTRE A TUA GLÓRIA” (Êxodo 33: 18).
       Menos foco em nós mesmos, mais foco em Deus. Menos sobre mim, mais sobre Ele. Nossas mensagens falariam apenas sobre Ele, nossos cânticos de “amores”, cantariam somente a Grandeza e o Seu Poder. Moisés pediu para dar uma “espiada” no Deus Santo. Andando com o Senhor, somos recompensados com luz, direção, discernimento, revelação. Jesus veio: “para alumiar os que jazem nas trevas... dirigir os nossos pés” (Lucas 1: 79).
      Senhor! “Mostre- me a tua glória”. Enquanto a humanidade à nossa volta afunda- se na iniquidade, nós nos tornamos cada dia mais parecido com o Senhor. “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito?”. (2 Coríntios 3: 7, 8).
      Deus coloca seu servo na fenda de uma rocha e avisa! “Você não poderá ver minha face, porque ninguém poderá ver- me e continuar vivo... Eu... o cobrirei com a minha mão até que eu tenha acabado de passar. Então tirarei a minha mão e você verás as minhas costas; mas a minha face ninguém poderá ver” (Êxodo 33: 20, 22, 23).
      Deus existe para revelar a Deus. “Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo povo glorificado serei”. (Levítico 10: 3). A glória de Deus carrega todo o peso de seus atributos: seu amor, seu caráter, sua força, e assim incessantemente. Creio que se existisse uma placa no céu, não seria de: “Sejam bem vindos!”. Mas, “declarem a glória de Deus”. Quando você pensa na “glória de Deus”, pensa em “proeminência”. E, quando você pensa em “proeminência”, pensa em “prioridade”. Porque a glória de Deus é a prioridade de Deus.
      A fé consiste em saber quem é Deus e andar intimamente com Deus. Falar somente, sem agir, não nos leva a lugar algum. Devemos sempre “olhar para o autor e consumador da fé, Jesus” (Hebreus 12; 2). A fé consiste em saber quem é Deus, e em tornar- se familiarizado com sua glória e majestade. Quem melhor o conhece, mais nEle confia.
      Temos motivo de sobra para nos alegrar no Senhor, da próxima vez que você olhar para o céu lembre- se! Os céus existem, pois “declaram a glória de Deus” (Salmos 19: 1).
      Libertos da escravidão de Faraó, saímos da terra do Egito, estamos peregrinando pelo deserto desta vida rumo à terra que emana leite e mel, a terra prometida por Jesus: “Na casa de meu pai há muitas moradas...”. (João 14: 2a). Nesse deserto vivemos em um corpo que esta morrendo, andando por um planeta em decomposição, rodeado por uma sociedade materialista e egoísta. Não precisamos ser “mimados” por Deus exigindo conforto, bênçãos materiais e físicas, precisamos do que Moisés precisou: “PEÇO- TE QUE ME MOSTRE A TUA GLÓRIA”. “Não a nós, SENHOR, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade”. (Salmos 115: 1). Se alguém se gloriar, “Glorie- se no Senhor”. (2 Coríntios 10: 17).
      As pessoas que abandonaram seus pecados e estão andando com o Senhor, podem ainda ter conflitos a resolver. Mas há neles a atração tal pelo Senhor, e um desejo por Cristo, que a consequência é inevitável: o súbito romper de alegria. Pois, para Ele a terra gira. Para Ele temos talentos e habilidades. Para Ele temos dinheiro ou pobreza. Para Ele temos forças ou batalhas. Para Ele tudo e todos existem para revelar a glória dele. Inclusive você.

       Temos um Deus amoroso e terno que se imposta conosco. Através do Seu Filho Amado Jesus Cristo, podemos contemplar a Sua glória e entender o quão paciente e cuidadoso Ele tem sido conosco, é impossível contermo- nos. Gritamos, até faltar- nos a voz: “Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam”. (Salmos 63: 3).  Deus acordou você e a mim esta manhã por um motivo: “Anunciem a sua glória entre as nações, seus feitos maravilhosos entre todos os povos!” (1 Crônicas 16: 24). Pastor Elias Fortes.