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domingo, 28 de abril de 2013

O LUGAR DE COMPARTILHAR O PÃO


A crise na família, passa pela desvalorização e esvaziamento da unidade, do compartilhar afeto e emoções. A situação é tão critica, que no Brasil, mais de 40% das famílias não participam do jantar juntas. No Brasil, 70% das famílias fazem refeições com a TV ligada.
    Em um curso para vestibular em Curitiba com mais de cem alunos o professor perguntou para esses alunos quantos participavam das refeições com seus pais, uma vez por semana, apenas três alunos levantaram suas mãos.
    Na Inglaterra, uma pesquisa afirma que, neste ano, as lojas de móveis de escritório constataram um crescimento em torno de 40%, enquanto que a venda de mesas de jantar caiu em torno 8%. O numero de famílias na Inglaterra que já não têm mesa de jantar é de 25%.
   Na cultura judaica, a mesa não era apenas um móvel de enfeite, mas era um lugar especial em torno do qual a família se reunia. O salmista escreveu: “... os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa” (Salmos 128: 3b).
    A mesa é um lugar de comunhão e relacionamento íntimo, é troca de experiências no cotidiano, é o prazer de estar juntos, reunidos com aqueles que amamos. A mesa é um pretexto para que a família se veja e se comunique, enquanto se alimenta, mas infelizmente muitas famílias abandonaram esta pratica abençoada, e transformaram suas mesas em rodas da fortuna, como profetizou Isaías: “Mas a vós, os que vos apartais do Senhor, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que preparais uma mesa para a fortuna, e que misturais a bebida para o destino” (Isaías 65: 11).
    Muitos crentes deixaram de orar para o alimento negligenciando o ensino de Jesus: “Então outros barcos chegaram de Tiberiades, perto do lugar em que comeram o pão, tendo o Senhor dado graças” (João 6: 23).
    A crise na família é medida quando há uma troca; a sala de estar onde é feita as refeições em frente à televisão, pela mesa de jantar onde era para haver a celebração e comunhão no partir do pão. Muitas mesas foram transformadas em verdadeiros alambiques, deixaram de compartilhar a unidade, para se embriagar com bebidas fortes, mentiras, falsidades e fofocas. “Todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia, e não há nenhum lugar limpo” (Isaías 28: 8).
    É na mesa onde a família se reúne que Deus se revela e se revela Deus. Nenhum outro lugar é momento tão oportuno para a revelação do caráter de Deus na família do que este, quando todos estão em torno da mesa. “Chegada à tarde, assentou- se à mesa com os doze” (Mateus 26: 20).
    A mesa é um lugar para discipulado. É lógico que aprendemos na cortesia de passar um alimento, de repartir um alimento raro e de servir um suco, mas o momento é adequado a tratar de qualquer assunto que seja necessário, e o que é mais necessário para o cristão do que a presença de Cristo? “Estando com eles à mesa, tomou o pão, abençoou- o, partiu- o e lhes deu” (Lucas 24: 30).
   Seja uma mesa arredondada, ou retangular, aqueles que estão a sua volta podem compartilhar das bênçãos do Senhor, das alegrias, do dia a dia. Vale a ressalva de que deve- se evitar tratar com frequência, de assuntos tensos, que podem “estragar” a refeição dos demais. Recordo- me da casa da minha vó (hoje ela esta com Jesus), a cozinha grande e a sua mesa enorme para acomodar toda a família nos almoços de domingos, era um verdadeiro culto ao Senhor como aquele em Betânia: “Ofereceram- lhe ali um jantar. Marta servia, e Lazaro estava entre os que se reclinavam á mesa com ele” (João 12: 2).
    Na sua casa o momento da família em torno da mesa na hora das refeições é valorizado? Amado! Se não for, é melhor você se familiarizar com a mesa do partir o pão, pois, breve estaremos diante de Jesus, e Ele nos prometeu: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu o confio a vos, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Lucas 22: 29- 30).
   Vamos valorizar as refeições com a nossa família, o partir do pão em volta da mesa, pois breve estaremos participando do jantar mais importantes de nossas vidas, portanto devemos estar bem familiarizados com a mesa e o Pão Vivo. “Depois enviou outros servos, recomendando: Dizei aos convidados que já preparei o meu jantar: Meus bois e cevados já foram mortos, e tudo está pronto. Vinde ás bodas” (Mateus 22: 4). Pastor Elias Fortes.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

AS OBRAS E A GRAÇA



"... envolveu- o em panos..." (Lucas 2: 7). Que "panos" haveria de ter sido aqueles que Maria "enrolou" o seu primogênito quando nasceu? Com certeza não eram fraldas descartáveis, mas certamente era o melhor que Maria tinha. Eram panos que estavam ao seu alcance. Eram panos que ela tinha e que certamente havia preparado para levar na viagem para Belém. Ao olharmos para as Escrituras, vemos que esses panos nos pertenciam.
    Jesus nasceu pobre. Ao nascer foi envolvido em panos. "Pois já conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos" (2 Coríntios 8: 9).
    Quando Jesus morreu, nossa pobreza foi transformada em grande riqueza, pois Ele ressuscitou, e hoje esta a destra de Deus intercedendo por nós.
     Quer seja pobre ou rico, todos devem confessar Jesus Cristo como Senhor  e Salvador de suas vidas. Pois não é a situação financeira que ira nos salvar e sim a fé em Cristo Jesus.
     José de Arimatéia e Nicodemos dois bons exemplos para nós entendermos que: “Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, tendo grandes riquezas” (Provérbios 13: 7).
     Esses dois homens de posses, compraram não panos, mas lençóis finos e aroma e neles envolveram o corpo de Jesus. A Bíblia nos relata que o sepulcro também era novo. Exatamente como profetizou Isaías 53: 9. "Deram- lhe sepultura com os ímpios e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca".
     Porque um sepulcro novo? A resposta é surpreendente! Não seriam os apóstolos que providenciariam o sepulcro! Pois, a maioria deles estava se escondendo de medo dos judeus. “... e estando cerradas as portas do lugar onde estavam os discípulos, com medo dos judeus...” (João 20:19). Não poderia ser as mulheres que seguiram Jesus fielmente, pois, não tinham recursos financeiros para isso.
     É ai que entra em cena José de Arimatéia. Um homem rico e membro proeminente do mesmo conselho que tinha condenado Jesus. José de Arimatéia tinha muitas qualidades admiráveis. Ele era um homem  justo e bom que esperava o reino de Deus. Ele se destacou entre os seus companheiros para crer em Jesus. Quando o conselho havia condenado a Jesus, entregando-o a Pilatos para a sentença de morte, José "o qual não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros...” (Lucas 23: 51b).
    Mas faltava algo muito precioso na vida de José de Arimatéia, embora , ele fosse um homem muito rico. Até a época da morte de Jesus, ele tinha sido um discípulo de Jesus, "... mas em oculto, por temer os judeus...” (João 19: 38). Que tremenda advertência para nós! Ninguém jamais deve se envergonhar de Jesus, independente da situação financeira ou das circunstâncias que os cercam.
    A morte de Jesus e a necessidade de ter um enterro decente trouxeram à tona o melhor de José de Arimatéia. "... foi ousadamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus” (Marcos15: 43b).
    É estranho que aqueles que não tinham medo de serem discípulos tiveram medo de pedir o corpo do Senhor, mas aquele que teve medo de ser discípulo não temeu fazê-lo. O rico que enxergou a sua pobreza.  E que num ato de coragem deixou seu trapos de imundícia para ver que os lençóis finos pertenciam a Jesus. É bem possível que José, como Ester, tinha sido elevado ao cargo para “... E quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?” (Ester 4: 14b).
     Outro personagem importante no relato do sepulcro novo é Nicodemos. Chefe dos judeus, fariseu, também membro do conselho. João, em seu relato, teve o cuidado de identificar o Nicodemos que ajudou no enterro de Jesus como o mesmo Nicodemos que antes veio a Jesus "Este foi ter de noite com Jesus..." (João 3: 2a).
     Nicodemos, assim como José de Arimatéia, possuíam muitas qualidades. Nicodemos tinha estado disposto a ouvir pessoalmente sem depender do que os outros diziam a seu respeito. Ele tinha reconhecido a legitimidade do ensino e do poder de Jesus: "... Rabi, sabemos que és Mestre, vindo da parte de Deus... " (João 3:2).
     Nicodemos corajosamente questionou o conselho sobre a indisposição de ouvir Jesus com justiça. “Nicodemos, um deles, que de noite fora ter com Jesus, perguntou: Condena a nossa lei alguém sem primeiro ouvi- ló para descobrir o que faz?” (João 7: 50- 51).
     Nicodemos, assim como José de Arimatéia, era pobre espiritualmente, lhe faltava algo muito precioso na sua vida, pois, também não havia confessado abertamente a fé em Cristo Jesus. Porém, na morte de Cristo, corajosamente uniu-se a José no enterro, Nicodemos fornecendo o unguento, e José de Arimatéia, o túmulo. Qual foi o resultado destes atos de corajem? Lemos: “Abaixando- se, viu no chão os lençóis de linho...” (João 20: 5). Cumprindo- se assim as Escrituras.
     Agora fica fácil entender o que Isaías escreveu sobre as nossas justiças: “Todos nós somos como o imundo, e todos os nossos atos de justiça como trapo da imundícia; todos nós caímos como folha, e os nossos pecados como um vento nos arrebatam” (Isaías 64: 6).  Glória a Deus! Nada por obras, tudo pela graça em Cristo Jesus. Jeremias 9: 23- 24, profetizou: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; nem se glorie o rico nas suas riqueza, mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, que faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.
     Lemos sobre a coragem, a fé, a lealdade e a dedicação dos apóstolos, eles tinham superado vários testes. Mas José de Arimatéia e Nicodemos foram aqueles que deram um passo a frente no momento em que os apóstolos falharam. Eles, nos servem de inspiração.
    Os atos deles falam de coragem nas mais difíceis circunstâncias, de ficar de pé e ser úteis no momento em que todos estão fraquejando, de mostrar admiração por outra pessoa bem no momento em que ela mais precisa de nós.
    Louvo a Deus porque tenho em minha família o “Nicodemos” e o “José de Arimatéia”, elas são as minhas tias. Elas têm cuidado das mortalhas de nossa família de uma maneira maravilhosa, nos momentos mais difíceis elas sempre se destacam.
    Amado! Que lugar e que panos você teria para Jesus hoje? Panos (obras) ou lençóis limpos (graça)? Os meus panos são imprestáveis e imundos. Não servem para nada. Mas pela graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, eu recebi novas vestimentas, brancas, puras e resplandecentes. Glória a Deus! Hoje eu posso declarar em Cristo Jesus: “Eu me regozijo muito no Senhor; a minha alma se alegra no meu Deus. Pois ele me cobriu com vestes de salvação, e me envolveu com o manto de retidão, como o noivo que se adorna com um turbante, e como a noiva que se enfeita com as suas joias” (Isaías 61: 10). Pastor Elias Fortes.
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