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domingo, 30 de outubro de 2011

O DEUS DOS NOSSOS MONSTROS

Por que existem pulgas? Você já fez essa pergunta? Não? (Evidentemente nunca possuiu um gato ou um cachorro.) Pense nisso. Qual é o propósito delas? É claro que sua existência cria os empregos necessários para a invenção, testes, fabricação e venda de xampus e aerossóis anti- pulgas. Mas, por que elas estão aqui neste planeta? São sujas e desagradáveis e se reproduzem a uma velocidade incrível. Por que Deus criou deliberadamente tais pestes aparentemente desnecessárias? Por que elas existem? Existe uma resposta?
     Poderíamos perguntar da mesma forma: Por que existe dor? Você conhece o sofrimento e a tristeza insuportáveis? Será que têm algum significado? Vamos enfrentar a realidade, a vida apresenta inúmeros desafios a todos nós. Não é mesmo?
    Algumas pessoas descrevem piedosamente o sofrimento emocional, que é o nosso melhor amigo, como uma bênção brilhante disfarçada. A dor é de certa forma tida como um instrumento útil, ensinando- nos lições valiosas.
    Essa filosofia parece bastante oca e vazia, porém, quando falamos com pessoas que se acham na agonia do sofrimento e que passaram por dificuldades. O que dizer do casal que perdeu seu filhinho tão esperado, três dias após o nascimento? Ou o homem que descobriu a feia realidade sobre a sua doença incapacitante, ou a mulher que experimentou uma série inexplicável de tragédias? O que dizer quando perguntam: “Por que isto está acontecendo comigo?” Ou com reagimos quando imploram, “Por favor, me ajude... Jamais quero sofrer deste modo novamente”.
     Recentemente eu e a minha esposa Adriana, oramos por uma irmã que esta enfrentando os seus piores monstros. Seis meses atrás seu esposo, saiu para ir à casa de seus pais, e não voltou mais, passado alguns meses vêm a noticia, ele estava morando com outra!  “Como pode! Faz dezoito anos que estavamos juntos... Íamos à igreja, ele estava bem comigo e aparentemente com a igreja... Como pode fazer isso comigo?”
    Eu estaria mentindo se dissesse que, nos dias vindouros, os cristãos estarão a salvo dos sofrimentos do mundo, confortavelmente instalados num casulo de saúde e riqueza. Isto não acontecerá, mas, assim como Deus livrou a Jó de sua aflição, também nos livrará.
    Nos últimos meses, uma torrente de problemas desprendeu- se da terra. Dificuldades, tristezas e sofrimento têm- se abatido sobre nós. Essa torrente possui uma identidade: Satanás. Ele foi o causador dos problemas de Jó, e faz o mesmo conosco. Certamente ele esta diante de Deus, proferindo acusações contra a igreja:
“É a última hora, olhe como esta a sua igreja! A maioria dorme. Olhe para eles: são materialistas e egoístas, à procura de riquezas e boa vida. Ouça seus mestres ensinando- lhes que não precisam de sofrimento. Derrube a sua muralha de proteção e deixe- me toca- los à prova, derramarei sobre eles o medo e desanimo. Permita- me levá- los à pobreza, e verás tua amada geração subjugada. E, quando caírem, abandonar- te- ao. Não há “Jós” nessa Igreja. São todos inúteis espiritualmente!”.
“... Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12: 12).
    Jó é o protótipo dos cristãos dos últimos dias, sabemos que o diabo não pode nos tocar, amenos que Deus derrube as muralhas de proteção. Creio que foi exatamente isto que Ele fez. As Escrituras são claras ao advertir- nos sobre o fogo purificador dos últimos dias.
    O mais preocupante desse quadro é saber que os autodenominados conselheiros “amigos de Jó” estão em muitos ministérios desencorajando e condenando os que estão enfrentando algum tipo de sofrimento, pois dizem eles que, a maior “prova” de que Deus esta abençoando alguém é ter prosperidade e saúde. 
    Como sentimos falta daqueles cristãos que choram com os que choram. Onde estão aqueles irmãos que carregam o fardo do seu próximo? Se você está sofrendo, e o motivo não é pecado em sua vida, então poderá experimentar o verdadeiro conselho, vindo de pessoas que oram, e são guiados por Deus, e possuem a compaixão que há em Cristo. Com certeza Deus esta levantando um ministro da consolação agora mesmo ao seu lado. Se você entregou a sua vida a Jesus pode ter certeza que as aflições farão parte da sua caminhada de fé,pois, Jesus nunca prometeu um “evangelho indolor”. Por isso, tome muito cuidado, pois, o sofrimento produz um coração duro e espírito de incredulidade, ou uma gloriosa certeza de estar Deus dirigindo a nossa vida. Foi exatamente esta lição extraída de Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42: 5, 6).
    Como já citei, Jó é o protótipo dos cristãos desses últimos dias da igreja na terra. Jó passará muitas horas em reverencia, louvando- o e adorando- o. Seus “amigos” discursaram a respeito da sua consolação, santidade, caráter, natureza e ira. Discorreram sobre sua majestade, poder e sabedoria. Deus foi apresentado como pura terminação teológica, palavras mortas. Não é isso que estamos contemplando em nossos púlpitos hoje? Artistas, malabaristas e todo tipo de entretenimentos? Infelizmente em nossos “seminários de fogo” baniram a palavra sofrimento, por quê? Medo de enfrentarem os seus monstros!
     Deus espera de nós mais que nos ver prostrados diante dEle ou cantando em seu louvor. Ele quer que sejamos capazes de vê- lo, não como descrito nas letras mortas de um livro, mas como aquEle que está sempre perto, mantendo tudo sob controle.
    É com muita tristeza que temos visto cristãos construindo suas moradas de fé na areia da facilidade e tolerância. E quando vem a tempestade, são carregados para longe, pois, nada sabem sobre provações e jamais passaram por aflições. Crê em que, por buscarem a Deus de todo o coração, e o amarem, fazem jus a uma existência sem dor. Acham que toda oração deve ser respondida imediatamente. Provações? Nem pensar!
     A Bíblia não afirma que o senhor nos manterá longe das aflições, mas que nos livrará delas. Foi o que fez por Jó. No meio do furacão (símbolo de provas e aflições). E o fez levando- o a observar dois monstros aterradores, o hipopótamo e o crocodilo:
“Contempla agora o hipopótamo...” (Jó 40: 15); “Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo?” (Jó 41: 1).
      Você sabe o porquê Deus levou a Jó a considerar esses dois monstros?
 O hipopótamo esmaga tudo o que esta a sua vista. É um problema grande demais para enfrentar. Como você venceria um hipopótamo? Laçando- o? Subornando- o com alqueire de milho? Você não pode competir com ele. Apenas o Senhor sabe deter um hipopótamo.
      O crocodilo representa os dentes que o diabo mostra para você. E não se pode privá- lo de sua armadura usando força meramente humana. Somente Deus pode vencê- lo em batalha. Não sei que tipo de monstros você esta enfrentando neste momento, o fato de você esta lendo esta mensagem, é por que Deus esta falando: “Encare a verdade sobre os monstros de sua vida. Você não pode enfrenta- lo. Sou o único capaz de vence- los”.
      Somente quando Deus apresentou esses dois monstros a Jó, ele entendeu que esses monstros eram os seus problemas, E, enquanto ele se debatesse para enfrentar esses monstros, mais sem forças ficava. Enquanto tentava entender o porquê Deus permitiu que o atacassem, mais desanimado e incrédulo se via, pois, esqueceu que Deus pode fazer tudo. Foi ai que Jó despertou: “Então, respondeu Jó ao Senhor: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42: 1, 2). Na essência ele estava dizendo: “Minha vida não esta fora de ordem. Deus realmente está trabalhando por meio de meu sofrimento. Ele me libertará no momento certo. Nenhum monstro irá mudar- Lhe o pensamento ou afetar seus planos. Ele tem sua maneira de agir. Não posso levantar- me contra o hipopótamo ou o crocodilo, mas aguardo confiante a salvação do Senhor!”
    Lembre- se! Nossos problemas não são acidentais. Sejam eles quais forem Deus estará a postos para, na hora certa, derrubar os monstros. No momento em que enfrentamos nossos monstros pensamos que o diabo virá interromper o plano de Deus, mas este não é o caso. Se estivermos em obediência, conduzindo- nos sem desagradar ao Senhor, todo o mal que nos acontecer tornar- se- á em nosso proveito.
     Faça um bem para você mesmo. Não se prenda a erros passados. Tire os olhos dos monstros! E não deixe que a amargura e a autopiedade o destruam. Anime- se com estas palavras: “Meus Deus tudo pode fazer. Ele não se esqueceu de mim, e ninguém pode mudar seus planos. Não importa quão ruins as coisas pareçam, Deus tem tudo sob controle”.
    É no momento que enfrentamos os monstros, que fazemos estas perguntas: “Sairei algum dia desta provação? Haverá um final feliz, ou meu sofrimento continuará até que Jesus venha? Alegrar- me- ei novamente?”. Eis a respostas de Deus: “... Tendes ouvido da paciência de Jô, e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia, e compassivo” (Tiago 5: 11). Vale apena esperar em Deus: “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu- lhe o dobro de tudo o que antes possuía” (Jó 42: 10).
    Talvez você não tenha os seus bens duplicados, mas alcançará algo muito mais precioso: a certeza de ter Deus no controle de sua vida. Nunca mais temerá o adversário ou as dificuldades, porque você os superou assentado na sacada celestial ao lado de nosso irmão mais velho, Jesus Cristo.
     Como você conheceu a Deus? Por apenas de ouvir falar? Isso é muito bom, pois é da daí que vem a fé. Mas, vamos seguir o exemplo de Jó.  Pois, Deus quer que nós os vejamos, e acredite ter Ele um plano para nossas vidas, e que seu propósito eterno não pode ser impedido por nenhum monstro. Deus é Deus do seus monstros? Se você não crer e confiar nEle,  pode preparar- se para enfrentar dias de angustias, tristezas e dor intermináveis. Saiba que é maravilhosos quando Deus é o Deus de nossos monstros, no meio às maiores aflições e provações nós podemos citar confiadamente este verso do nosso irmão Jó: “Ainda que me mate, nEle esperarei” (Jó 13: 15). Pois, “Com os ouvidos eu ouvira falar de ti, mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42: 5). Como você conhece a Deus?  Pastor Elias Fortes.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O PREÇO JÁ FOI PAGO

Intimidade com Deus. O que isso significa para você? Será um nível de consciência atingido somente através da devoção profunda? Pela televisão vemos “homens de Deus”, subindo aos montes, levando água e todo tipo de patuás para serem “ungidos”, e descaradamente eles falam: “Estamos fazendo esse sacrifício por você!” ou “Nos vamos abençoar você”. (Só Jesus tem o poder para nos abençoar). Isso pode levar alguém a ter intimidade com Deus?
       De acordo o hinduísmo, uma religião baseada no carma das boas obras, a vida de uma pessoa não é suficiente para a alma alcançar a iluminação espiritual. Os matemáticos hindus calculam serem necessárias 6, 8 milhões de rotações por meio da reencarnação para que o mal e o bem em nós se equilibrem. Só então poderemos experimentar o último nível espiritual do nirvana.
       No extremo Oriente, durante os festivais religiosos, os homens geralmente têm ganchos introduzidos na pele, em suas costas. Esses ganchos são amarrados a carroças cheias de pedras, que são arrastadas pelos homens nas ruas, na esperança de obter o perdão para os pecados. Em determinadas áreas do México, as pessoas percorrem distâncias inimagináveis para encontrar a Deus.
       Como encontrar Deus em nossos dias? Não necessitamos de homens subindo ao monte levando garrafões de água ou patuás para fazer “sacrifícios” por nós. Não precisamos de “corrente dos setenta ou de um milhão” de homens superespirituais. Não precisamos de milhares de vidas para sermos puros o bastante e vermos a Deus. Não necessitamos colocar ganchos em nossas costas ou dilacerar nossos joelhos para receber o favor de Deus.
       Só precisamos de Jesus. Pois Ele é a única prova de que necessitamos. Para milhares de vidas é difícil imaginar o Criador do universo desejando nos conhecer. O apostolo Paulo fala sobre, como obter intimidade com Deus: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegaste perto” (Efésios 2: 13).
      Quando Jesus morreu, a cruz cobriu como uma ponte o grande abismo do pecado que nos separava de Deus. Com o seu último suspiro, Jesus rasgou o véu que impedia o contato entre o pecador e Deus. Agora podemos entrar na presença de Deus, limpos e aprovados, não por nossas obras, mas por sua graça. Jesus derribou “... a parede da separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne” (Efésios 2: 14).
      Quando não podíamos alcançar o paraíso, Ele desceu até nós e nos recebeu através de Jesus Cristo. Essas são as Boas Novas do Evangelho. O caminho foi aberto. O preço foi todo pago. Apenas precisamos nos aproximar: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Salmos 145: 18).
      Jesus Cristo é a verdade! O preço foi pago. O caminho foi aberto. Por favor, ouça essa simples verdade. Se você aceitou a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, o preço já foi totalmente pago para você. “Fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo [e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus].” (1 Coríntios 6: 20).
       Olhe para a Palavra de Deus, não são os “superespirituais” que podem realmente conhecer a Deus, somos nós, os fracos, os pobres de espírito, os doentes espirituais. Precisam de um médico urgente! “... Não necessitam de médico os são, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Pois eu não vim chamar os justos, e, sim os pecadores ao arrependimento” (Mateus 9: 12- 13).
        Outro dia eu ouvi a seguinte frase: “Todo crente na maioria das vezes é um ex- alguma coisa”. Sim! Eu respondi: “Todos nós éramos ex- condenados ao fogo do inferno que é a separação eterna de Deus”.  Pois a Bíblia nos fala que: “... todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3: 23). “Mas Jesus Cristo pagou o preço por nós, você já foi comprado por Jesus?”.
       O Criador do universo realmente deseja me conhecer? Mas eu sou tão indigno, estou preso pelo peso da minha própria espiritualidade! Ouça. Passamos tanto tempo de nossas vidas nos preparando para conhecer a Deus ou afastando o medo de desagradá- lo que nunca chegamos a ter uma intimidade real com Jesus Cristo. Seguimos o exemplo daquela multidão, que estava interessado apenas no pão e no peixe, mas não queria ter a intimidade da carne e do sangue.
     Hoje milhares de vidas vivem do “evangelho do caroço”, “evangelho da prosperidade”, “evangelho da conveniência”, mas, não querem o Evangelho da renúncia, de carregar a cruz todos os dias, pois, isso ofende a carne e o sangue. Para muitos, melhor e viver do “evangelho do lanchinho de pão e peixe”.
     Conta- se a história de um jovem que deixou sua terra natal e viajou de navio até a América para ter uma nova vida no Novo Mundo. Antes de partir, seu pai lhe deus algum dinheiro. Não era muito, mas era tudo que tinha. Esperava que o dinheiro ajudasse até o jovem encontrar um emprego. Sua mãe lhe entregou uma caixa com alimento para a jornada. Depois se beijaram se abraçaram e com lágrimas se despediram.
     No navio, o jovem deu sua passagem ao funcionário e achou o caminho para minúscula cabine que dividiria com muitos outros durante a viagem de um mês até Nova York. Mais tarde, na hora do jantar, o jovem foi até o convés e desembrulhou um sanduíche feito por sua mãe. Ele comeu em silêncio enquanto assistia à fila dos passageiros dentro de uma ampla dependência cheia de mesa. Ouvia as risadas dos que conversavam e via os garçons trazerem pratos com comida quente e fumegante.  Mas ele apenas sorriu, desfrutando do pão feito por sua mãe e da maça fresca colhida por seu irmão pela manhã. Ele orou: “Seja abençoada minha família”.
     Os dias se passaram devagar, e os alimentos da caixa do jovem rapaz diminuíram rapidamente. As refeições oferecidas no restaurante deviam custar muito caro, e ele precisaria do dinheiro mais tarde.
     Agora ele comia sozinho na cabine. O cheiro do restaurante fez seu estômago roncar de fome. O jovem havia reservado alguns biscoitos e uma porção de queijo para cada dia, sussurrando uma oração de gratidão antes de raspar o bolo do queijo duro. Uma maçã murcha e a água morna da chuva colhida com uma lata completaram sua escassa refeição.
      A três dias de Nova York, não havia mais nada a comer, senão uma maçã estragada. O jovem já não podia mais suportar. Pálido e fraco, perguntou ao funcionário do navio em um inglês mal falado:
     Quanto?
     O funcionário olhou confuso.
     Comida! Disse o jovem enquanto mostrava algumas moedas e apontava para o restaurante.
     Quanto?
     Finalmente o comissário entendeu. Ele sorriu e apertou sua mão.
     Não custa nada! Fechando a mão do imigrante que estava com o dinheiro.
     Você pode comer o que quiser! O custo das refeições estava incluído no preço da passagem.
     O preço já foi pago! Mas infelizmente milhares de crentes estão passando pela terrível fome espiritual: “Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Amós 8: 11). Creio que esses dias chegaram até nós.
      Muitos pregadores e igrejas estão oferecendo queijo envelhecido, maças murchas e privando a muitos da mesa de Cristo, com isso milhares de crentes estão agonizando por fala do Pão Vivo, o Maná do céu. Mas, ouça a palavra de Deus! O preço foi totalmente pago.
      Os céus não se alegram quando você compra um carro do ano ou um apartamento confortável. Os céus não se alegram quando você é curado de uma enfermidade ou vive confortavelmente em sua casa de praia.
       Mas há uma festa no céu quando uma alma se arrepende e aceita a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, e passa a ter uma intimidade com Deus. “Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles” (Apocalipse 7: 16).
      Ouço muitas pessoas falarem para mim: “Pastor! Hoje custa caro freqüentar uma igreja, estão cobrando indulgências demais!”.  Sim! Igrejas que estão pagando “levitas” para tocarem, e descontraírem a fome de religiosos anêmicos, que nunca conheceram a Jesus.    
      Vivemos em dias de fome espiritual, milhões de crentes estão sofrendo de inanição espiritual. Mas ouça! O preço já foi pago. Podemos desfrutar da mesa do Senhor Jesus Cristo e ter uma intimidade com Deus.    Jesus não se compra, pois, Ele é o comprador, você que tem fome e sede de justiça ouça essas palavras: “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Isaías 55: 1).
      A “parede de separação que estava no meio” foi derrubada, pelo menos do lado de Deus. Deixe sua “cabine” e o seu lanchinho, para ter uma verdadeira refeição com o Salvador. “Provai”, como diz o salmista, “e vede que o Senhor é bom” (Salmos 34: 8). Pastor Elias Fortes.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DOAÇÕES








   Aos nossos colaboradores. Com as doações e ofertas voluntaria, até mesmo as pouquíssimas, os nossos parceiros e leitores que colaboram com a Igreja Assembléia de Deus Ministério Em Defesa Da Fé, nos é possível alcançar outros com a sabedoria transformadora da Bíblia. Se possível, faça- nos uma doação.


    Por favor, procure o Senhor em oração e no estudo das Escrituras, antes de enviar apoio financeiro. Por favor, não enviar apoio financeiro a este ministério, se você não está sendo fiel em dar a sua Igreja local.


    A Bíblia nos ensina que: "Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros que retêm mais do que é justo, mas é para sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regados". (Provérbios 11: 24- 25).


     Que Jesus abençoe ricamente a sua vida! Pastor Elias Fortes.







segunda-feira, 10 de outubro de 2011

POR QUE FALAR SOBRE O INFERNO?

Sei que estou pisando num terreno difícil, ao falar sobre esse assunto. As igrejas tradicionais deixaram de acreditar em inferno desde aquela época longínqua em que deixaram de crer na Bíblia. Agora, muitas igrejas evangélicas populares se recusam, até mesmo, a pregar sobre o inferno. Por quê? Porque eles dizem que sermões sobre o fogo do inferno não são acolhedores para os que estão buscando; não são uma boa estratégia de marketing para as igrejas; não fazem amigos e influenciam pessoas. “O inferno e a perdição nunca se fartam...” (Pv 27: 20).
     C. S Lewis disse que nunca encontrou uma pessoa que tivesse uma crença viva no céu, que também não tivesse uma crença viva no inferno. Se não existisse inferno, as escolhas da vida não fariam mais uma diferença infinita. Removendo o inferno, o céu se tornaria insípido, automático e acessível para todos. O drama da vida, geralmente afiado como fio de navalha, tornar- se- ia algo suave e seguro. “... Melhor é que entres na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, sejas lançado no fogo do inferno” (Mt  18: 9).
     Se não existisse um inferno do qual ser salvo, então Jesus não seria nosso Salvador; seria apenas nosso mestre, um profeta um guru ou um modelo de ser humano, e haveria indiferença religiosa. Se a fé em Cristo como Salvador não fosse necessária, deveríamos chamar de volta todos os missionários e pedir desculpas por todos os mártires. Que desgaste de paixão, energia, tempo e vida! Se não existisse fogo, o corpo de bombeiros seria uma inutilidade e um desperdício! “... Mas quem disser: Tolo! Estará sujeito ao fogo do inferno” (Mt 5: 22).
      Se não existisse razão para crermos na detestada doutrina do inferno, também não haveria razão para crermos na doutrina mais amada no cristianismo: a de que Deus é amor. A doutrina amada é a razão que os críticos mais freqüentemente apontam para não crerem na doutrina do inferno. Contudo, as duas doutrinas cristãs se apóiam exatamente sobre o mesmo fundamento. “No inferno, estando em tormentos, ergueu os olhos e viu ao longe a Abrão e Lazaro no seu seio” (Lc 16: 23).
     Alguns ensinam que o inferno não existe, outros, que o inferno é um lugar vazio, e muitos tentam amenizar o horror que é o inferno.
     Quando os discípulos perguntaram: “Senhor, serão poucos os salvos?” (Lc 13: 23) Jesus não respondeu sim, mas “Esforcem- se para entrar pela porta estreita porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão” (Lc 13: 24). Contudo, mesmo que Ele tenha descrito os salvos como poucos e os condenados como muitos, devemos lembrar que Jesus não estava falando como um estatístico, mas como o Bom Pastor. O que significa muito para Deus? E pouco? Na parábola da ovelha perdida (Mt 18: 10- 14), o pastor achou que noventa e nove ovelhas seguras e salvas no aprisco era pouco, e foi em busca de uma ovelha perdida, que para Ele representava muito.
      Muitos cristãos interpretam erroneamente os conceitos de muito e de pouco em textos como Lucas 13: 23 24, acham que significa que a maioria das pessoas iria para o inferno. Mas é incorreto tanto dizer que os muitos não- salvos são a maioria como afirmar que ninguém vai para o inferno. Nós simplesmente não sabemos. Jesus se recusa a contar- nos. Em vez de satisfazer nossa curiosidade teórica, ele nos lembra o que precisamos saber e praticar: “Esforcem- se para entrar pela porta estreita” (Lc 13: 24a). “... Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16: 15).
      Se ninguém fosse para o inferno, não teríamos de esforçar- nos. Se temos de esforçar- nos para entrar no céu, aqueles que recusam a esforçar- se não entrarão no céu. A falta de esforço implicará a ida de pessoas para o inferno.
      Sobre a busca do pastor pela ovelha perdida, Jesus disse: “Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18: 14). A vontade de Deus pode ser contrariada? O fato de não ser vontade de Deus que ninguém pereça não significa que nenhuma pessoa vá perecer. Não é vontade de Deus que pequemos, mas pecamos. Temos livre- arbítrio para escolher.
       Sendo assim, esse texto [Mt 18: 14] não pode ser usado para negar o inferno, mas sim para negar que todos irão para o céu, porque a vontade de Deus é que nenhum se perca, e esta vontade não pode ser contrariada em hipótese alguma; ou que Deus quer que apenas alguns sejam lançados nos inferno.
       Vamos analisar o que Jesus falou sobre Judas: “... Melhor lhe seria não haver nascido” (Mt 26: 24b). Parece indicar que, pelo menos, Judas está no inferno, não no céu. Poderia Judas ser a única e exclusiva exceção da história? A questão não é que alguns sejam mais pecadores do que outros ou que cometeram pecados piores do que Judas, mas que muitos se recusam a arrepender- se, como ele recusou. Um Deus infinitamente amoroso poderia perdoar qualquer pecado se houvesse arrependimento genuíno, mas respeitaria nosso livre- arbítrio de recusar- nos ao arrependimento, se optássemos por isso.
       Além disso, na Bíblia, vemos um pecado que não será perdoado. Jesus disse: “Todos aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado” (Lc 12: 10). Esse texto geralmente é interpretado como a recusa de reconhecer a obra do Espírito de Deus, de arrepender- se e de aceitar o perdão que Deus oferece de graça a todos: “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação. Ora, quais os que, tendo- a ouvido, o provocaram? Não foram todos os que saíram do Egito por meio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no descanso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade” (Hb 3: 15- 19).
     Se somos livres para escolher o bem ou o mal, a vida ou a morte, o inferno é uma possibilidade real. A Bíblia diz de forma clara que Deus não está “querendo que alguns se percam” (2 Pe 3: 9), mas quer “que todos os homens se salvem” (1 Tm 2: 4).
     Recordo-me dos dias, quando pregadores não censuravam seus sermões, e as congregações eram suficientemente fortes em Cristo para receber a verdade sem diluição.
    “Gostaria que você viesse pregar na minha igreja, mas, por favor, não fale sobre o inferno, pois, temos muitos irmãos que não estão preparados para este assunto”. Isso é muito útil a Satanás. Ele não quer ouvir pregadores dizendo às pessoas para saírem do seu acampamento e entrarem no de Jesus. Satanás não quer ouvir pregadores dizendo às pessoas que, a menos que elas se arrependam e creiam em Jesus Cristo, passarão a eternidade lá, com Satanás e todos os seus demônios. Ele não quer ouvir pregadores alertando as pessoas para escaparem do juízo eterno que está para vir sobre o mundo, nem os quer ouvir falando sobre o lago de fogo preparado para ele e os seus anjos. Portanto, abafar a verdade sobre todas essas coisas, como as igrejas tradicionais estão fazendo, cai como uma luva nos planos do inimigo. Ele não se entristece quando as pessoas riem da idéia de fogo, enxofre e um Diabo real. Quando as pessoas trivializam o inferno e o tratam como uma piada, o inimigo se delicia. Quanto menos pessoas levarem o inferno a sério, mas companhia Satanás deverá ter. “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25: 41 ênfase minha).
     O “fogo” do inferno e o tormento do “ardor” do maldito e condenado estão consistentemente ligados à sede: “... manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (Lc 16: 22- 24). O sofrimento do inferno não existe pelo desejo de Deus de punir, mas em virtude de seu amor. Ele ama tanto o homem que o fez eternamente capaz de conhecê- lo e de habitar com Ele para sempre. Em seu amor, Ele formou o homem para que sua comunhão com Deus não seja uma mera opção e, portanto, pouco satisfatória. Não, isso é vital para sua existência real e, por conseguinte, traz infinito prazer e satisfação.
     No momento em que nós recusamos a viver uma vida sem seu propósito, não desejando conhecê- lo. Poderíamos compara- lo como um homem no deserto do Saara que, de manhã cedo, se recusa a beber a água que lhe é oferecida; porém, no calor do dia, esta morrendo pela falta da água anteriormente desprezada. “Os pobres e necessitados buscam água, mas não há; a sua língua se seca de sede” (Is 41: 17).
     A Bíblia faz uma conexão entre a separação da vida e comunhão com Deus e a sede que arde, fornecendo uma metáfora que nos dá uma medida que ajuda a compreender como serão o céu e o inferno. Percebemos que o sofrimento no inferno será tão doloroso pela mesma razão que o céu será tão intensamente jubiloso. Esse é o caminho com a sede insaciável ou satisfeita. “Como água fria para a alma cansada, tais são as boas novas de terra remota” (Pv 25: 25).
     É fácil entender que a pessoa que está morrendo de sede arda em tormento pela mesma razão que beber água fresca sacia a sede, algo que dá uma sensação boa e agradável. Nossa percepção torna- se mais clara quando lembramos que a sede queima e atormenta e que, ao saciá- La, reconforta e alegra, pois a água é absolutamente essencial para a vida. Da mesma maneira, o inferno será percebido como tão ruim quanto o céu, como tão bom, pois a intimidade e plenitude da presença e do amor de Deus é essencial para a nossa vida espiritual como a água para nossa vida física. “E quem der a beber ainda que seja um copo d` água fria a um destes pequeninos, por serem meus discípulos, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” (Mt 10: 42).
      Aqueles que vão para o inferno, e que Deus nunca pretendeu que fossem separados, queimarão com sede insaciável pelo amor de Deus em conseqüência pelo que fizeram. Para aqueles que estão no inferno, não há absolutamente como saciar essa sede espiritual e moral, pois, por escolha própria, eles se separam de Deus por toda a eternidade, pois, não atentaram eles que Jesus sentiu a nossa sede: “... Tenho sede!” (Jo 19: 28b).    
      Certa vez, C.S, Lewis disse que não existem relacionamento interpessoais lá. É um lugar confinamento solitário. Uma vez lá, todos os sentimentos de ligação, amizade e amor estarão perdidos para sempre.  
     Aqueles que dizem ser o céu um estado de espírito, em geral, dizem a mesma mentira sobre o inferno. O céu, dizem eles, é uma idéia abstrata, um devaneio, uma figura retórica, o inferno é um lugar de “reunir a galera” para tomar uma cerveja, servido por mulheres seminuas.
      C. S. Lewis esclarece melhor o ponto: Embora nosso Senhor fale repetidas vezes do inferno como sentença infligida por um tribunal, Ele também diz em outro lugar que o julgamento consiste no próprio fato de que os homens preferem as trevas à luz, e que não Ele, mas Sua palavra julga os homens (Jo 3: 19; 12: 48).
      Estamos, pois, em liberdade, já que as suas concepções, no final das contas, significam a mesma coisa... Pensar na perdição desse homem mau não como uma sentença imposta a ele, mas como simples fato de ser ele o que é. A característica das almas perdidas é sua rejeição de tudo que simplesmente elas mesmas não são.  Nosso egoísta imaginário tentou transformar tudo  que ele encontrava em um ramo ou prolongamento do eu. O gosto pelo outro, ou seja, a própria capacidade de usufruir o bem, é apagado nele, exceto na medida em que seu corpo ainda o impele a algum contato rudimentar com um mundo exterior. A morte elimina esse último contato. Ele satisfaz seu desejo... Permanecer inteiramente no eu e tirar o melhor proveito que lá encontra. E o que lá encontra é o inferno. (Lewis. O Problema do Sofrimento, cap. 8, Inferno).
        Na famosa pintura de Jesus com uma lâmpada batendo à porta (à alma), não existe maçaneta do lado de fora da porta. Apenas do lado de dentro é a porta da alma pode ser aberta livremente para a bondade, a verdade e a alegria. E apenas por dentro é que ela pode ser trancada. Se trancarmos essa porta, nossa loucura e nosso crime são os próprios castigos. “Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap  3; 20). Espero que esta porta esteja aberta em sua vida. Pastor Elias Fortes.

sábado, 8 de outubro de 2011

O DIA DAS BOAS NOVAS

“Então disseram uns para o outro: Não fazemos, bem; este dia é dia de boas- novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que agora vamos e o anunciemos à casa do rei” (2 Reis 7: 9).
    As crises sempre chegam à nossa porta sob as roupagens mais diversas, apresentando- se com rótulos variados: falência comercial, uma doença grave, morte, um filho que foge de casa. Como é que você recebe a crise quando ela chega? Por mais que nós não gostamos, ela sempre chega. Somos capazes de anunciar o Evangelho (Boas Novas) em meio à crise? Bem, se você é do tipo que coloca um adesivo no carro: “quem tem Cristo não tem crise”, então você não conhece a Palavra de Deus, ouça as palavras de Jesus: “... No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo! Eu venci o mundo” (João 16: 33). Agora de uma olhada no dicionário e veja o que significa aflição.
     Quase todas as pessoas levam uma vida normal. Bem regularizada, uma vida de pessoas comuns, até o momento em que são atingidas por uma crise que vem quebrar essa rotina. E é nesses momentos de crise que os outros, observando nossa reação a elas, descobrem muitas coisas a nosso respeito. Os belos cortinados da janela são arrancados, e nosso interior, nossa verdadeira vida espiritual fica exposta. Então, o que é que os outros estão descobrindo a seu respeito?  Tuas atitudes têm exaltado a Cristo em meio à crise?
    Quando tudo está indo maravilhosamente, quase todos nós podemos mostrar uma fase serena. Citamos versículos da Bíblia, cantamos mais ou menos afinados. Mas quando uma situação de emergência assola nossa tranqüilidade, o que acontece?
     A frase de Ray Stedmam   vem bem a calhar: “Ai daquele que tiver de aprender os princípios divinos em momento de crise”. Precisamos aprender essas verdades antes que a parede desmorone. Se não, estaremos sempre sendo dominados pelas circunstâncias, ficaremos confusos, atônitos, amedrontados. E nossa primeira reação será uma longa e amarga queixa contra Deus.
     Os quatros leprosos tomaram uma sábia decisão, porque assim que eles chegaram ao acampamento dos Assírios, Deus já havia feito um maravilhoso milagre e todos os inimigos haviam fugido, deixando todas as riquezas, prata ouro, comida e bebida  à vontade e outros pertences valiosos. Os leprosos se esbaldaram  com todas as bênçãos conseguidas. Comeram beberam, e foram guardando os despojos. Mas, algo começou a perturbar suas almas. E seus irmãos que estavam morrendo de fome em Samaria? Deixariam  que todos perecessem? E o que  fariam com tantas riquezas?   Eles reconheceram que aquele dia era um dia especial. Era dia de boas novas vindas da parte de Deus. Não podiam ficar calados enquanto os seus irmãos passavam fome. Tomaram uma decisão de anunciar em Samaria as boas novas recebidas. “Porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação,”  (2 Corintios 6:2)
     Milhares de vidas estão morrendo em meio à crise, chorando, debatendo-se, clamando pelo pão da vida. Em contra partida, muitos cristãos vivem em tempo de abundância e a quantidade de pão da vida (Jesus) que Deus nos deu assombra a cada pessoa a quem ela é revelada, pois, toda a necessidade espiritual conceptível é suprida pela mensagem do Evangelho.  Em face da necessidade do mundo, meramente desfrutar o que Deus nos deu e não partilhar isso com os outros seria egoísmo extremo Ficar silencioso e prostrar-nos inertes implica em morte aos milhões de famintos e grandes perigos às nossas próprias almas. Demo-nos pressa em relatar o que temos visto e sentido. “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” ( I João. 1:3).
     Temos os quatro evangelhos de Cristo (Boas novas) e o que temos anunciado nesses dias  de calamidade?
      “Para saber a quem você adora”, diz Theodore Parker, “Deixe- me vê- lo em sua loja, ouvi- lo em seu trabalho, deixe- me saber como você cobra o aluguel de suas casa, como consegue seu dinheiro, como o guarda e o gasta”
      Jesus diz basicamente o mesmo em Mateus 6: 21: “Porque onde estiver o vosso tesouro, ai estará também o vosso coração”. Vivemos em dias do cerco a Samaria. A fome espiritual esta assolando milhares de almas. E o que estamos fazendo com as riquezas do Evangelho de Cristo?
      J. Blanchard escreveu: “Nunca podemos permitir que a nossa teologia nos roube nossa responsabilidade”. Paulo diz ao jovem Timóteo: “Mas é grande ganho a piedade com contentamento” (1 Timóteo 6: 6). O descontentamento pode vir se arrastando sorrateiramente, nos deixando insatisfeito com o que temos. Não demore muito até que o descontentamento se transforme em determinação para conseguir o que julgamos merecermos, seja qual for o preço. Mas o preço é geralmente muito alto.
     “E nessa cobiça alguns se desviaram da fé”, adverte Paulo a Timóteo no versículo 10, “e se transpassaram a si mesmo com muitas dores”.
       O segredo da felicidade não está em conseguir o que você quer, mas em querer o que você tem. Nós temos as riquezas do Evangelho de Cristo. “... este dia é dia de boas- novas, e nos calamos... “.
       D.T. Niles escreveu: “Evangelização é um mendigo contando a outro onde encontrar o pão”.
       Se você é um verdadeiro cristão, Deus, com toda certeza, tem um plano para você, quer que você faça alguma coisa. Talvez algo que sobrepuje sua imaginação e sonhos mais ousados. Deus pode operar abundantemente em sua vida, muito mais do que você pensa, ou mais do que você peça. Existe um velho ditado que eu gostaria que fosse da Bíblia, e que diz o seguinte: “Portas grandes giram em dobradiças pequenas”. Pastor Elias Fortes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NO VENTRE DA BALEIA

"Veio a palavra do Senhor a Jonas... dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do Senhor" (Jonas 1: 1- 3). Jonas foi um profeta que entendeu a misericórdia do Senhor, contudo não pode desfrutá- La. Ao invés, era um, fardo para ele. Quando Deus ordenou- lhe que fosse à perversa cidade de Nínive e profetizasse contra ela, correu para outra direção. E confessou ao Senhor que fugiria por causa de sua misericórdia! “... Eu sabia que és Deus clemente e misericordioso, tardio em irar- se e grande em amor, e que te arrependes do mal” (Jonas 4: 2).
    A história de Jonas foi validada pelo próprio Cristo. Jesus disse: "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra" (Mateus 12:40). Em outras palavras, “a história de Jonas é tão certa quanto o sepultamento e a ressurreição do próprio Cristo”.
    Por que Jonas fugiu? Por que se recusou a obedecer a palavra de Deus claramente revelada? Jonas certamente era um homem piedoso e de oração. Pois, o Senhor fala com aqueles que têm comunhão com Ele. E o Senhor não escolhe Seus servos de maneira descuidada. Evidentemente, Ele viu algo em Jonas. Assim como Ele vê algo em mim e em você!
   Jonas profetizou em Israel. Ele foi contemporâneo de outros profetas da época. Claramente, esse homem foi dotado e escolhido por Deus. Contudo, nesse caso, Jonas correu do chamado de Deus. Em verdade, ele fugiu da presença do próprio Deus, bloqueando a comunhão com o Senhor. Por quê? O quê provocou tamanha desobediência nesse homem?
    Não temos o tempo gasto entre o chamado de Jonas para proferir julgamento, e sua decisão de fugir. Semanas ou mesmo meses? Além disso, a distância de Jerusalém à Jopa era quase sessenta quilômetros. Se Jonas viajasse a pé, ele teria muito tempo para reconsiderar sua missão. Uma coisa é certa: Jonas ficou ouvindo a voz do Espírito Santo soando em seu ouvido a cada passo do caminho. O Espírito Santo é o que nos convence do pecado da justiça e do juízo. Ele nos convoca para servir, Ele não nos deixa.  Jonas passou por essa experiência: O Espírito Santo alertava Jonas: “Olhe o exemplo de Adão, Jonas. Atente para as conseqüências de sua desobediência. Olhe para as o exemplo de Moisés. Esse homem manso e santo falou com Deus face a face. Mas o Senhor o repreendeu por um único ato de desobediência, deixando-o fora da Terra Prometida. Veja o exemplo de Davi! Um homem de oração, homem segundo o coração de Deus. Lembre-se do terrível sofrimento que passou por seu ato de desobediência. Não se pode desobedecer à palavra de Deus, e continuar impune. Volte Jonas."
O destino de multidões dependia da obediência de Jonas. Mas em vez de ir para Nínive, Jonas "tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir... para longe da presença do Senhor" (Jonas 1:3).
    Como um homem de oração como este pôde se desviar do chamado e cair na desobediência? Tudo começou com um conhecimento parcial e incompleto da natureza de Deus. Jonas recebeu uma revelação poderosa da graça e da misericórdia de Deus. (Jonas 4: 2). Ele recebeu a mesma revelação que Moisés recebeu, quando Deus revelou Sua glória a ele sobre o monte.
    Jonas afirma que essa revelação foi a razão de sua fuga: "Por isso, me adiantei, fugindo para Társis" (4: 2). Através de seus atos, ele estava dizendo: "Senhor, Tu perdoas com tanta facilidade todos os que se arrependem. Todas as vezes que pronuncias julgamento, és dominado pela misericórdia. Eu sei que não julgarás Nínive. Assim que eu profetizar, eles se arrependerão, e Tu derramarás Tua graça sobre eles". Você está enxergando o problema do raciocínio de Jonas? Ele está descrevendo só uma revelação parcial da natureza de Deus. E está acusando Deus de ser tolerante com o pecado. É claro, Deus é tudo que Jonas descreve aqui: longânimo, desejoso de perdoar, pronto para derramar graça abundante. Agradeço a Deus por essa maravilhosa revelação de Sua natureza. É a verdade que mais produz vida, pelo que sei. Amo pregar a misericórdia de Deus às pessoas. Mas a Bíblia também fala da natureza santa e justa de Deus. "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça" (Romanos 1: 18). Certamente Jonas conhecia esse lado de Deus. Como pôde descuidar-se dele?
     Acredito que Jonas não tinha entendimento do temor de Deus. Se você acha que Deus é só misericordioso, vai achar fácil desobedecer A Sua palavra. Você pensará que Ele valoriza poucas Suas advertências, que Ele não fala sério. Creio que esta foi a raiz da desobediência de Jonas.
    Todo servo leal tem de se apropriar da revelação do temor de Deus. Não quero dizer medo induzido pelo homem, manipulando as pessoas a obedecerem. Refiro-me à divina revelação do temor santo como revelado na palavra de Deus: "Não sejas sábio a teus próprios olhos; Teme ao Senhor e aparta-te do mal" (Prov. 3:7). "Não tenha o teu coração inveja dos pecadores, antes conserva- te sempre no temor do Senhor" (23:17). Este tipo de temor tem de ser buscado com diligência. E tem de ser implantado em nós pelo Espírito Santo: "Se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus" (Provérbios 2: 4- 5). Tal como a misericórdia de Deus, o temor de Deus concede vida: "No temor do Senhor há firme confiança" (Provérbios 14: 26). "O temor do Senhor é fonte de vida para evitar os laços da morte" (Provérbios 14:27).
     Há terríveis conseqüências para todos que desobedecem a palavra de Deus. A desobediência de Jonas é um alerta para nós: "O Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar. Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela" (Jonas 1: 4- 5).
     Às vezes, mesmo pessoas piedosas enfrentam tumultos na vida. Subitamente, tudo vira um caos. Mas Deus não as conserva nessa situação. Ele as livra, trazendo suas vidas à Sua divina ordem, com alegria, paz e consolação. Ou, lhes fornece graça para suportarem. Contudo, o servo que anda em desobediência enfrenta crise após crise.   
     Você já pensou no caos que o pecado de Jonas causou? Uma incrível tempestade irrompeu, e o mar começou seu bramido. Marinheiros corriam pelo navio desesperados, jogando a carga para fora. Apavorados viam sua subsistência afundando no mar. Se houvessem outros navios na área, eles teriam de fazer o mesmo, temendo por suas vidas.
     Quantas tempestades e traumas são causados por um crente que vive em teimosa desobediência à palavra de Deus. O quê é desobediência? É andar em direção contrária à revelada na palavra de Deus. Isso inclui todo mandamento de amor do Novo Testamento, desde as palavras de Jesus até as palavras de Seus apóstolos. Veja essas passagens sobre adultério e fornicação: "Nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus" (Efésios 5: 5). "Deus julgará os impuros e adúlteros" (Hebreus 13: 4). Em grego a palavra impuro é pornô, de onde vem a palavra pornografia.
    O que podemos falar da pornografia que assola nosso país? Homossexualismo, adultério e sexo fora do casamento estão em alta em nossa nação. De onde vem tamanha desordem? Não vem do diabo, mas do fato de Deus ter removido a muralha protetora. Ele provoca tempestades para despertar os Seus servos, como fez com Jonas: "Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento" (Jonas 1: 4). Jonas não estava consciente do caos e da dor que estava causando. Durante toda a tempestade, ele "havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente" (Jonas 1: 5). Você consegue entender a situação dele? Ele era prisioneiro da própria desobediência. O seu pecado havia iniciado a tempestade, e agora Jonas se encontrava incapaz de interrompê-la. Então, o quê fez? Ele se acomodou no torpor espiritual. Ele cedeu à preguiça sem culpa.
    Recentemente, em uma reunião com o conselho da igreja, ouvimos um irmão nos dizer: “preciso de tempo”. Ele nos deixará por estar envolvido em terríveis pecados sexuais, confrontado com a Palavra de Deus ele continuava dizendo: “Só preciso de tempo". Esse homem desviado havia perdido todo o temor de Deus. E havia convertido em dissolução a graça de Deus.
    Veja a explosão de divórcios na igreja. Pense no adultério que ocorre tanto no púlpito quanto na congregação. Os cristãos têm se paralisado diante do aumento da imoralidade na sociedade. Pela TV vemos as compartas do lixo moral sendo escancarados, os realities shows, novelas e todo tipo de imundícia. E os cristãos estão sendo seduzidos junto com o mundo. Como isso pôde acontecer você pode perguntar? É resultado da mensagem dominante da "graça apenas" na igreja. Essa mensagem é só uma verdade parcial da natureza de Deus. Os pastores hoje ignoram a doutrina do santo temor de Deus. E isso embala o Seu povo no torpor espiritual: "Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos...Então lhe disseram: Declara-nos, agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu? Ele lhes respondeu: Sou hebreu e temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra. Então, os homens ficaram possuídos de grande temor e lhe disseram: Que é isto que fizeste? Pois sabiam os homens que ele fugia da presença do Senhor, porque lho havia declarado" (Jonas 1: 6- 10).
    A desobediência de Jonas fez o Senhor parecer vingativo. A idéia é a de que se você cruzasse o caminho do Deus de Jonas, Ele iria lhe perseguir, e acabar com a sua vida. Porém esse não era o caso, em absoluto. Tratava-se de uma deturpação da natureza de Deus. Então, Deus estava bravo com Jonas? Isso era uma vingança contra o servo rebelde? Será que Deus estava dizendo: "Você falhou Jonas. Você teve sua chance, mas se desqualificou. Agora você está sendo julgado"? Não, Deus não estava bravo com Jonas. Deus podia ter ficado desapontado, mas não havia encerrado as coisas com ele. Nem um pouco.
    A história de Jonas é um caso de amor e de graça. Sim, Deus havia produzido a tempestade. Mas Ele o fez para trazer Jonas de volta para Si mesmo. O Senhor estava dizendo basicamente: "Vou agitar a natureza para restaurar Meu servo desobediente. Você pode estar fugindo de mim, Jonas, mas não vou desistir de você. Eu ainda lhe amo. Eu o chamei, e lhe escolhi. Você ainda é o homem que escolhi para essa obra".
   Note que o capitão teve de despertar Jonas. Nessa crise, o mensageiro de Deus foi pego de surpresa. Jonas tentou testificar do poder de Deus, mas ele não tinha credibilidade diante da tripulação. Eles sabiam que ele estava vivendo em desobediência, "que ele fugia da presença do Senhor" (Jonas 1: 10). O pecado de Jonas havia o descoberto. Igualmente, todo servo que vive em desobediência perde credibilidade diante do mundo. Eles vêem que ele não tem autoridade espiritual. Quando Jonas insiste com a tripulação para lançá-lo ao mar, eles o ignoram: "Entretanto, os homens remavam, esforçando-se por alcançar a terra" (Jonas 1: 13). A atitude deles dizia: "Por que devemos lhe ouvir? Enquanto invocávamos nossos deuses, você dormia. Nós mesmos temos de tentar sair dessa".
   Jonas estava totalmente desprovido de poder. Mesmo que não morresse na tempestade, ele não estava em condições de profetizar para Nínive. Por que deveriam respeitar sua palavra, se a tripulação do navio não respeitou? As escrituras nos dizem: "Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe" (Jonas 1: 17). "Do ventre do inferno gritei" (Jonas 2:2).
     Por que o Senhor levou Jonas tão para o fundo? Ele estava no ventre do inferno vivo, suspenso nas trevas, balançando entre a vida e a morte. Por que um Deus de misericórdia faria um servo passar por isso? Eu creio que a história de Jonas mostra como Deus trata com servos desobedientes. Jonas ficou nesse inferno por três dias e noites. Mesmo assim, ele não orou durante todo esse tempo. A tempestade não o colocou de joelhos; nem sua escaramuça com a morte no ventre da baleia. Só após três dias e noites lemos: "Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus" (2:1).
     Por que Jonas não orou antes disso? Foi porque estava convencido de que "lançado estou de diante dos teus olhos" (Jonas 2: 4). Ele descreve Deus como tendo misericórdia de Nínive, mas não conseguia crer na mesma misericórdia para si mesmo. Ele achava: "Sou um homem morto. Não posso chegar mais ao fundo do que cheguei. Deus virou Suas costas para mim. Ele me odeia pelo que fiz".
     Nada poderia estar mais longe da verdade. Quando as escrituras dizem: "Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas", a palavra deparou quer dizer embrulhou. Deus havia pego um grande peixe, e o instigou. Assim, quando Jonas foi jogado fora, o animal estava lá, pronto para engoli-lo. O Senhor ainda estava agindo. Porém o diabo conseguiu enganar Jonas. Quem dirige as regiões do inferno, senão Satanás? Jonas grita: "Os que observam as vaidades vãs, deixam a sua própria misericórdia" (Jonas 2: 8). A tradução literal em hebraico diz: "Os que protegem ou defendem a mentira enganadora, roubam de si próprios a misericórdia". É isso que aconteceu com Jonas. O engano a que foi levado lhe roubou toda esperança quanto à graça de Deus. Durante três dias e noites, ele foi levado a sofrer o efeito de um horrível engano. Satanás lhe disse: "Você fracassou. A vida agora acabou para você. A sua desobediência custou à vida de muitos que teriam se voltado para o Senhor. Nem mesmo Deus pode lhe salvar agora. Mesmo que sobreviva, ficará se arrependendo eternamente".
   A grande verdade é que Deus estava apressando Jonas para rumar a Nínive. Breve o profeta estaria novamente caminhando à luz do sol; estaria ousadamente pregando nas ruas como mensageiro escolhido. O que Deus planejou demonstrar através da experiência de Jonas no ventre do inferno? Demonstra que Ele permite que os servos desobedientes enfrentem isolamento total de tudo que é santo e puro. Durante algum tempo Jonas conheceu como é sentir-se morto. Ele não podia orar. Deus havia escondido a Sua face, e o profeta não tinha a quem recorrer. Para Jonas o inferno não eram as algas que ficavam se enrolando nele, ou ser arremessado para frente e para trás. Era o sentimento de que Deus havia retirado as mãos de sua vida.
Tudo teve o objetivo de testar Jonas em sua desobediência. Deus não estava exigindo: "Agora você vai me obedecer, Jonas?". Antes, Ele perguntava: "Nas palavras de quem você vai acreditar nesse terrível inferno, Jonas? Nas Minhas, ou nas palavras do diabo?". Finalmente lemos: "Então, Jonas... orou" (Jonas 2: 1). "Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração" (Jonas 2: 7). Jonas correu de volta para os amorosos braços de Deus. Então testificou: "... Das profundezas da sepultura gritei, e tu ouviste a minha voz" (Jonas 2: 2).
   Quantos Jonas se perderam e morreram em seus pecados por não compreenderem a sua graça? Por outro lado milhares de crentes se arrependeram de dentro do ventre do seu inferno, e foram restaurados. Hoje, Deus está lhes usando poderosamente outra vez, como pastor, mestres, evangelistas, obreiros leigos. Em cada caso, esses santos restaurados se entregaram à oração, clamando ao Senhor.
    Em todo período de corrupção extrema, Deus chama Sua igreja para prevenir a sociedade quanto a julgamento vindouro. O Seu Espírito ordena a todos nós: "Levanta-te e advirta tua cidade, tua família, teu país. Já agüentei muito essa pecaminosidade". O nosso ministério deveria levantar remanescentes piedosos de crentes, e advertir a sociedade quanto ao julgamento que se aproxima.
     A corrupção de nosso país supera de longe a de Nínive. Aquele povo antigo não era tentado pela pornografia, pela Internet ou pela sórdida TV. Nem havia a presença do evangelho em seu meio, para lhes apresentar a verdade. Eles não possuíam Bíblia, igrejas, mídia cristã. O nosso país está saturado por essas coisas maravilhosas. Ainda assim, a nossa sociedade está rapidamente sendo dominada pelo mal. Como isso aconteceu? É simples: os servos de Deus caíram no sono. A igreja fugiu de Sua presença, tendo perdido o piedoso temor.
    Nos dias de Jonas, os navios de Társis representavam prosperidade. Salomão construiu uma frota társica de navios para aumentar a riqueza de Israel. Mas Deus destruiu esses barcos. Hoje, como Jonas, muitos crentes estão dormindo abordo do barco da teologia da prosperidade. Mas breve enfrentaremos uma tempestade do Senhor, abalando nossa nação.
   Essa é nitidamente a hora para que os servos de Deus, homens e mulheres de oração e de discernimento, se levantem e previnam sobre julgamento. Tal como a tripulação do navio de Jonas, maciçamente multidões de ímpios perguntam aos cristãos "Que tempestade é essa? Onde está Deus nisso tudo?". Porém, tragicamente, a igreja perdeu a credibilidade aos olhos do mundo. Para muitos, cristianismo é só pastores de TV pedindo dinheiro. Eles vêem os cristãos dormindo no barco da prosperidade. Na canoa da benção, da cura e felicidade. Falar contra esta pratica? Despertar a Igreja para a tempestade? Você ouvira aos berros pastores dizendo: "DEUS NÃO ESTÁ POR TRÁS DA TEMPESTADE. ISSO É OBRA DO DIABO. NOSSO DEUS AMOROSO NÃO TRARIA JULGAMENTO SOBRE NOSSA NAÇÃO”.      
    Esses homens não conhecem a Bíblia. Nada acontece com qualquer nação sem a permissão de Deus. Afinal de contas, não foi o diabo que destruiu Sodoma; não foi ele que fez cair fogo e enxofre do céu. O Senhor trouxe esse julgamento justo sobre a corrupta Sodoma. Nem foi Satanás que trouxe o dilúvio nos dias de Noé. O próprio Deus abriu os céus, e enviou a terrível torrente de chuva. Mas o Senhor tem a Sua maneira de despertar a igreja e levá-la à oração. No momento, estamos só vendo a tormenta. Muito em breve, a nossa nação entrará no ventre da baleia.
Muitos serão lançados para dentro da tempestade, e engolidos por uma baleia de dificuldades, pois a Bíblia esta sendo banida de nossos púlpitos. Talvez você não goste de ouvir esse tipo de mensagem. Todos nós preferimos acreditar que de alguma maneira receberemos um salva-vidas, para evitar que caiamos no ventre do sofrimento. Mas na realidade, o ventre da baleia é o ato final de misericórdia de Deus. Ele tentou nos levar ao arrependimento através de Sua bondade. Mas nos engordamos em nossa prosperidade, e O abandonamos ainda mais. O Senhor está dizendo: "Não conheço outra maneira de salvá-los, senão através do ventre da baleia. Talvez dentro do ventre de uma economia falida vocês acordem. Talvez enfrentando um tempo de pânico, medo e angustia vocês retornem ao chamado".
   Ele também está tentando levar a igreja de volta à sua missão. O Seu desejo é que saindo de dentro desse período no ventre da baleia, as famílias se voltem para Ele; os ministros parem com o pecado e com as pregações tolas, e as igrejas revivam.
  A tempestade na qual estamos a enfrentar foi feita para nos ensinar que Deus leva a sério o que fala.  Tenho orado para que a igreja não cometa o erro de Jonas e falhe em desfrutar da misericórdia de Deus. Que possamos receber uma revelação a respeito do Seu temor, tanto quanto a respeito de Sua misericórdia e graça. Se você está andando em desobediência, corra a Ele já. Arrependa-se rapidamente, e derrame sua alma para Ele. Ele não lhe deixará muito tempo no ventre do peixe. Ele é um Deus amoroso que deseja ardentemente lhe restaurar. Volta Jonas! Pastor Elias Fortes