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sábado, 26 de novembro de 2011

MORTALHAS

Existem momentos na vida em que uma grande alegria subitamente vira uma grande tristeza. E quando isso acontece, é fácil esquecer que Deus pode transformar qualquer tragédia em triunfo.
     Mais cedo ou mais tarde, vamos enfrentar a tragédia. Ou ficamos com o símbolo da morte ou com o símbolo da vida. Pode ser uma pulseira com a identidade no hospital, uma nota de jornal sobre a morte de um amigo, um carro destruído. Nós não gostamos desses símbolos, nem desejamos. Eles ferem nossos corações com lembranças de dias ruins.
     Lembro- me de um culto realizado na despedida do pai de um amigo! Naquela manhã triste perguntei para aquelas pessoas: “Quantos leram a passagem bíblica na placa de bronze, que estava ao lado do caixão?”.  “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3: 16). A maioria não leu, outros gostaram daquela passagem bíblica, talvez esteja ao lado de seu caixão.
      Você já participou de bate- papos com seus amigos em que alguém perguntou: “O que você está planejando vestir no caixão?”. Ninguém gosta de falar sobre este assunto. Ninguém gosta de mortalhas. Talvez de uma placa de bronze com a passagem de João 3: 16, mas, de mortalha não!
     Embora seja um assunto que nós não gostamos de falar, precisamos estar firmes na palavra de Deus, quando as mortalhas chegarem. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Romanos 8: 28). Será que “todas as coisas” incluem adversidades, sofrimentos e tragédias? 
     Deus pode transformar qualquer tragédia em triunfo, mas para isso temos que aprender a esperar e observar. Convenhamos? Não é uma tarefa fácil, não é mesmo?   Gostaria de falar de uma tragédia, ela aconteceu numa da sexta- feira: “Depois disso, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus. E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigia de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com especiarias, como os judeus costumam fazer na preparação para o sepulcro” (João 19: 38- 40).
      Como uma mortalha pode mudar a vida de homem! Amedrontados durante a vida de Cristo, mas corajosos em sua morte. José de Arimatéia tinha dado à sepultura. Nicodemos tinha trazido mirra e aloés. Glória a Deus pelas mortalhas, recentemente eu fiquei com as marcas de uma mortalha, confesso! Cada vez que toco neste assunto o meu coração “arde”. Mas esta mortalha me aproximou maravilhosamente de Jesus, bendita mortalha. Pois, deixei de ser um covarde.
      João nos fala que Nicodemos levou cerca de três quilos meio de mirra e aloés. Essa quantidade é digna de nota, pois tal montante de óleos funerais era usada normalmente apenas em reis. João nos leva a ver os lençóis, pois, para ele, era um quadro de tragédia, a tragédia da sexta- feira.
      Quantas vidas que choram neste momento... Ficou apenas com aquela foto, aquele sorriso, a roupa dobrada carinhosamente sobre a cama... Mortalhas! Apenas mortalhas!
       Enquanto não houvesse mortalhas, enquanto não houvesse uma sepultura, havia esperança.
       Mas a chegada das especiarias e dos lençóis assinalavam o fim de qualquer esperança. Para o apóstolo, a mortalha simbolizava tragédia. João havia abandonado sua carreira e colocado sua vida nas mãos daqEle carpinteiro nazareno. Creio que foi o dia mais triste na vida de João. Pouco antes, naquela semana, João havia desfrutado de um desfile empolgante, quando Jesus e seus discípulos entraram em Jerusalém. “Pastor! Ele estava bem, conversamos... e agora ele se foi, gostaria de ter abraçado carinhosamente... gostaria de falar o quanto o amo... Quanto tempo eu desperdicei, poderia ter aproveitado melhor o tempo ao lado...”. Meu Deus! Como as coisas mudam depressa.
      As pessoas que o tinha chamado de Rei no domingo exigiam a sua morte na sexta- feira seguinte. Aqueles lençóis eram um memorial visível de que seu amigo e seu futuro estavam envolvidos numa mortalha e selados atrás da rocha. João não sabia naquela sexta- feira o que você e eu sabemos agora. Ele não sabia que a tragédia da sexta- feira seria o triunfo do domingo. João depois confessou que: “... ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos” (João 20: 9).
     O que João fez no sábado é muito importante para nós. Ele esperou. Confesse! Existe algo mais difícil do que esperar? Especialmente quando você não sabe pelo que está esperando. Não sabemos nada sobre o sábado após a morte de Jesus. Não temos nenhuma passagem para ler, nenhum conhecimento para compartilhar. Tudo o que sabemos é isso: quando chegou o domingo, João ainda estava presente. Quando Maria Madalena veio procurando por ele, ela o encontrou.
      Jesus estava morto. O corpo do Mestre estava sem vida. O amigo de João e seu futuro estavam enterrados. Mas João não tinha ido embora. Por quê? Ele estava esperando a ressurreição? Não! Leia atentamente:“Correu, pois, [Maria Madalena] e foi a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava e disse- lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então, Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro correu mais apressadamente do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando- se, viu no chão os lençóis e que o lenço que tinha sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu” (João 20: 2- 8).
      Então porque ele estava ali? Porque ele amava Jesus. Era o seu melhor amigo! Amigo de reclinar a cabeça no peito.
      Para muitos, Jesus era um realizador de milagres (cura, benção e prosperidade). Para outros era mestre (apenas teologia). Para outros era esperança de Israel (meio para se promover na política). Mas para João, Jesus era o amigo! O que Jesus é para você?
      Você não abandona um amigo... Nem mesmo quando aquele amigo está morto. João ficou perto.
      Ele tinha o hábito de fazer isso. Ele estava perto de Jesus no jardim do Getsêmani. Ele estava aos pés da cruz na crucificação, e estava bem perto da sepultura no enterro. Uma mensagem poderosa para nós. João esperou. E você? Quando é sábado em sua vida, como você reage? Quando você esta em algum lugar entre a tragédia de ontem e o triunfo da amanhã, o que você faz? Você abandona a Deus... ou permanece perto dEle?
     Lembre- se! Às vezes, as coisas mais maravilhosas acontecem quando você menos espera. João não estava esperando nada de maravilhoso naquele sábado depois da crucificação. Mas João decidiu permanecer perto de Jesus no sábado da espera, e pode desfrutar do domingo do milagre: “Finalmente entrou também o outro discípulo, que chegará primeiro ao sepulcro, e viu e creu” (João 20: 8).
     Oh mortalha maravilhosa! Aquela mortalha não tinha sido rasgada e jogada no chão. Os tecidos não tinham sido trocados. O lenço que cobria a cabeça de Jesus estava cuidadosamente dobrado. Através dos trapos da morte, João viu o poder da vida. Curioso Deus usar algo tão triste como uma mortalha para mudar uma vida!
      Será que Deus poderia fazer algo parecido em sua vida? Ele poderia pegar o que hoje representa tragédia, tristeza e dor, e transformar num símbolo de triunfo? O que devo fazer? Faça com João! Não vá embora. Fique perto de Jesus. “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8: 28 ênfases minha). João amava Jesus, ele não compreendia ou sempre concordava com Ele, mas o amava. E porque o amava, ficou perto dEle. E ela estava lá quando o mundo foi mudado para sempre.
       Diante desta palavra podemos falar: “A mortalha contribui juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”.
       Para minha irmã em Cristo, Maria, esposa do irmão Cândido  O câncer no seio, e a medicação errada (quimioterapia), onde queimou a sua boca, esôfago e pulmões, ela ficou sem se alimentar por dois meses, e hoje curada, caminhando sete quilômetros a pé para levar a santa ceia para um casal de irmão idosos. Para a irmã Maria lemos assim: “O câncer no seio contribuem para o bem”.
         Como Romanos 8: 28 seria lido na sua vida?
 “A despedida de um ente querido contribuem para o bem”.
 “Notas baixas contribuem juntamente para o bem”.
 “O divórcio dos pais contribui juntamente para o bem”
 “Uma amizade rompida contribui juntamente para o bem”.

      Se Deus pôde mudar a vida de João através de uma tragédia, seria o desejo dEle usar uma tragédia para mudar a sua? Por mais difícil que pareça você pode estar apenas a um sábado de distancia da ressurreição. Quando a sexta- feira da tragédia chegar, temos o sábado da espera (ao lado do Senhor Jesus Cristo), par finalmente desfrutarmos do domingo da ressurreição. Que este domingo do milagre, seja iluminado pelo sol da justiça, o choro do sábado cessou com domingo da alegria! Que Jesus abençoe a sua vida ricamente por partilhar esta palavra comigo. Pastor Elias fortes.

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