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sexta-feira, 10 de junho de 2011

ARBUSTOS SOLITÁRIOS NO DESERTO


Poderia escrever um livro sobre as desgraças de pessoas que conheço homens e mulheres que, em desespero descuidaram das próprias vidas, abandonaram a igreja e vive hoje uma vida espiritual seca, infrutífera, fizeram alianças “profanas” para conseguir seu próprio negócio, sua “independência financeira” e agora esta carregando as suas famílias para o desespero, depressão, cobiça e materialismo desenfreado. Outros se entregaram a uma paixão carnal, optaram pelos prazeres sexuais, deixando de lado as riquezas espirituais e o gozo eterno.
     Depressão, seca e desespero resultam diretamente do corte de suprimento diário de água viva. Ao negligenciarmos a fé, a oração e a Palavra, condenamo- nos à solidão e esterilidade. Leia atentamente esta passagem: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estendem as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto” (Jeremias 17: 5- 8, grifo meu).
      Jeremias apresenta duas leis espirituais. Uma leva á morte e desesperança; a outra, á vida e esperança. Essas leis são a chave para entendermos porque alguns cristãos desfrutam paz e alegria constantes no Senhor, enquanto outros andam em desespero.
      A palavra hebraica que Jeremias usa para maldito significa “completamente detestável”. A pessoa que abandona a Deus para depositar sua confiança no homem torna- se abominável para Ele. E como saber quando estamos confiando no homem, mais do que em Deus? Acontece quando as ações dos outros afetam nosso andar com Deus. Isto é confiar no homem! Cristãos há que colocam sua confiança no homem, a fim de obterem segurança, mas, cedo ou tarde, irão decepcionar- se: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá” (Jeremias 17: 9). É frase comum a respeito de alguém que se suponha conhecer: “Nunca esperei isso dele!”.
      É comum o “crente arbusto solitário” colocar a culpa nos outros. Todos têm que mudar, mas, ele não! “Pastor meu marido tem- me magoado. Jamais tentou me compreender, ele fere- me com palavras, esta matando o meu amor. Se ele mudasse, eu poderia ser feliz!”
     Temo não ser essa a solução. Quando a Bíblia nos aconselha a “não confiarmos na carne” (Filipenses 3: 3), fala da nossa própria carne. Mesmo que aquele marido tornando- se um cônjuge perfeito, isto não mudaria a mulher. Ela não veria a boa parte porque seu coração não foi modificado. Haveria desespero. Creio até que iria sentir- se pior, porque o problema reside nela. Está confiando em alguém mais, além de Deus, para obter felicidade.
     Quantos crentes estão como o arbusto solitário no deserto? Afastado da verdadeira fonte de suprimento, não estão atraindo água viva. Tornaram- se arbusto infrutíferos! Isso pode ocorrer em nossas vidas. Muitos cristãos perderam a esperança, voltam- se para si próprios, em vez de buscarem ao Senhor. Mas Deus está nos chamando: “Vocês estão em desespero porque não confiam em mim. Voltam- se para médicos, amigos, conselheiros, banqueiros. Não edificam sobre minhas promessas, contudo, deixam as palavras dos homens derrubá- los. Esta é a razão de estarem secos e solitários: não retiram água da minha fonte!”.
     Jeremias percebeu o mesmo pecado em Judá: “... Cousa sobremaneira horrenda cometeu a virgem de Israel! Acaso a neve deixará o Líbano, a rocha que se ergue na planície? Ou faltarão as águas que vêm de longe, frias e correntes?” (Jeremias 18: 13, 14). É muito triste ver uma pessoa cujas águas refrescantes deixaram de correr em suas vidas. A água do Líbano é uma corrente interminável, no entanto, o povo de Deus continua seco, a lamentar-se: “Fomos deixados à própria sorte. Seguiremos os nossos caminhos vazios”. “O Senhor não esta operando em minha vida. Terei de lutar sozinho pela minha sobrevivência!”.
     Deus se entristece ao ouvir esse testemunho desesperado. Estremeço quando ouço: “Não adianta. Não há esperança!” É a mesma linguagem de Israel quando em desespero: “Mas eles dizem: Não há esperança...” (Jeremias 18: 12).
    Há um grande perigo em permanecer sem esperança: “Contudo todos do meu povo se têm esquecido de mim, queimando incenso aos ídolos, que fizeram tropeçar... para que andassem por veredas não aterradas” (Jeremias 18: 15). Quantas vidas que deixaram de produzir no Reino de Deus porque estão alucinadas pelos cuidados desta vida! As riquezas tornaram- se o seu ídolo, deixando de lado a Palavra de Deus: “... são sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida, e seus frutos não chegam a amadurecer” (Lucas 8: 14). Para o arbusto solitário no deserto, só lhe resta depressão, seca e desespero, pois, lhe foi cortado o suprimento diário de água viva, não há mais oração, Palavra de Deus e a comunhão intima com Deus.
    Graças a Deus pela outra lei imutável, a da esperança e vida! “Ele é como árvore plantada junto à corrente de águas...” (Salmos 1: 3). Este verso contém o segredo de se viver em esperança. É a conduta daqueles famintos por mais de Jesus, condição que não se conquista pelo esforço em agradar pessoas ou por meio de promessas as quais não podemos cumprir. A pessoa que experimenta a verdadeira promessa não mais se deixará magoar, porque sua expectativa é o Senhor. Não importa o que digam ou façam os homens; seus olhos e ouvidos estão voltados inteiramente para Deus. E Ele jamais o desapontará.
     A palavra hebraica usada no texto acima é surpreendente. Plantada significa, na verdade, “transplantada”. A fé transporta o arbusto seco do deserto para junto das correntes do Líbano. Davi exclamou: “Tu visitas a terra e regas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água... e lhe abençoas a produção” (Salmos 65: 9, 10).
     O rio de Deus cura tudo o que toca. Se estendermos nossas raízes até ele, não temeremos a chegada do calor. Pois nossa “folha [aparência] será verde [viva]”. A maldição da seca não nos afetará e produziremos frutos continuamente. Não nos sentiremos mais abandonados. Pelo contrário, experimentaremos o renovo ao descansarmos em sua Palavra.
      Por que alguns crentes alegram- se e enriquecem na esperança? Por que parecem tão cheios de paz e alegria, irradiando saúde espiritual? Será que eles não têm problemas? Eles, provavelmente, enfrentam mais dificuldades que a maioria das pessoas. Porém, estenderam suas raízes até o rio de Deus.
     Se você está plantado junto ao rio, não precisa buscar reavivamento ou “chuvas de bênçãos”. Quem desfruta do fluxo constante de água viva não precisa mudar a cada temporada de seca. A fome espiritual não o atinge, e o forte calor da apostasia não o perturba. Se eu tivesse de escolher entre reavivamento e raízes escolheria estas últimas, pois mesmo na falta daquela, elas supririam diariamente minhas necessidades.
     O profeta Ezequiel viu a Nova Jerusalém e nela uma corrente de água jorrando do templo (Ezequiel 47). A corrente aumentara de um pingar para um fluxo constante. Ele viu então um homem medindo o fluxo crescente, até que este tornou- se um rio. Nas suas margens havia muitas árvores, todas verdes e dando frutos: “Junto ao rio, às ribanceiras... nascerá toda sorte de arvore, que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário, o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio” (Ezequiel 47: 12).
     As arvores representam aqueles que têm raízes de confiança no Senhor: “Toda criatura vivente que vive em enxames, viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e aonde chegarem estas águas tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio” (Ezequiel 47: 9).
     O rio é Jesus! Sua presença refrigera e renova. No momento em que nos livrarmos do medo, exclamaremos: ‘Senhor, tenho em ti rica esperança. Seremos transplantados para as margens desse rio, pelo poder do Espírito Santo!”É importante estarmos arraigados na esperança agora, porque o pior está por vir: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?”(Jeremias 12: 5).
    Um grande período de aflição aproxima- se da terra. Mas, lançando nossas raízes para o rio, atingiremos o reservatório da vida. Este é o único modo de alegrar o coração e permanecer em fidelidade ao Senhor Jesus Cristo.
    Os que aguardam pacientemente em Deus têm esta esperança: “Contudo, o Senhor, durante o dia, me concede misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico...” (Salmos 42: 8). Cristo mudará o nosso desespero em gozo e revestir- nos- á de alegria, basta colocarmos nEle a nossa confiança: “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco, e me cingiste de alegria” (Salmos 30: 11).
     Pelo fato de ter Ele tudo sob controle, e por estarmos plantados junto ao seu rio, podemos ser ricos em esperança. “Alegrai- vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Romanos 12: 12). Que Jesus te enriqueça de esperança! Pastor Elias Fortes.


Um comentário:

  1. A Paz do Senhor Pastor.
    E uma honra pra mim sua participação no meu blog, que Deus abençoe seu ministerio e familia.

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