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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SE BEBER! NÃO DIRIJA




“SE BEBER NÃO DIRIJA”. Esta frase foi dita em um “culto Evangélico”, se a tua “fé” não te condena beba com moderação!
      A fé é apenas um dos elementos que compõem o fruto do Espírito, e não a sua essência, o qual é formado por: “... amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio...” (Gálatas 5: 22- 23).
      Abstinência total ou moderação?  Muita discussão tem reinado entre os estudantes da Bíblia quanto a se as Escrituras ensinam a abstinência total ou se sancionam o uso moderado de vinho.
      Onze palavras heb. Diferentes são assim traduzidas no AT. A distinção exata entre todas elas é difícil, e, certamente, impossível de se determinar. No entanto, a maior parte delas é usada apenas algumas vezes. O interesse maior liga- se a duas palavras do AT que são usadas diversas vezes: yayin (134 vezes) e tirosh (38 vezes). A contraparte do NT é oinos (usado 33 vezes).

 YAYIN: O termo hebraico: yayin “parece ser usado para descrever ‘todos os tipos de vinho”’.

“...um abundante suprimento de vinho de todas as espécies...”. (Neemias 5: 18):

Desde o simples suco de uva, ou um xarope engrossado, até as bebidas alcoólicas mais fortes com as quais os israelitas estavam familiarizados, cujo uso freqüentemente levava a cenas deploráveis de embriaguez. Esta é a palavra usada na primeira referência bíblica ao vinho:

“Bebeu do vinho, embriagou- se, e se descobriu no meio de sua tenda” (Gênesis 9: 21).

Ele era intoxicante, e então fez com que Noé caísse em condição vergonhosa, a qual deu ocasião a um grave pecado por parte de seu filho, Cam. Melquisede que trouxe pão e yayin para o conforto de Abrão.

“Então Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Ele era sacerdote do Deus altíssimo”. (Gênesis 14: 18).

       As filhas incestuosas de Ló o usaram para causar em seu pai uma condição inebriante: (Gênesis 19: 30- 38). Os sacerdotes eram proibidos de beber yayin quando ministravam no Tabernáculo: (Lv 10: 1, 2).  Pode ser inferido que a ingestão de vinho foi o que causou o erro de Nadabe e Abiú que resultou em sua destruição (Lv 10: 1, 2). Semelhante, ele era proibido ao nazireu durante o período de sua separação (Nm 6: 3, 20). Os recabitas recusam- se a beber vinho, porque um notável antepassado havia recomendado que não o fizessem (Jr 35: 6, 7). O propósito daquele homem foi, aparentemente, conservar a vida simples e nômade de seu povo, evitando que se envolvessem com os perigosos luxos da civilização.

TIROSH: O termo heb. Tirosh é usado para o suco que acabou de ser extraído das uvas, e freqüentemente traduzido como “vinho novo”.  Certamente a palavra é usada aparentemente até mesmo para denotar o suco ainda não espremido das uvas (Is 65: 8; Mq 6: 15). Quando se permitia que o suco fermentasse, o resíduo borra ou sedimento, ao depositar- se no fundo do reservatório, dava força e sabor ao vinho. Antes de ser servido, o vinho deveria ser filtrado para eliminar a borra. Apenas uma vez a intoxicação é presumivelmente sugerida em conexão com a palavra tirosh:

“A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento” (Oséias 4: 11). Mas o Talmude deixa claro que ele também poderia ser fermentado.

OINOS: O termo Gr. Oinos é tradução dos dois termos hebraicos na Septuaginta. Todas as referências do NT ao vinho, exceto uma usam esta palavra:
“Outros, porém, zombando, diziam: Estão cheios de vinho” (Atos 2: 13).

        O termo gr. Refere- se a “vinho, normalmente ao suco de uva fermentado. O processo de fermentação é evidentemente citado em Marcos 2: 22: “Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se o fizer, o vinho novo rompe os odres, estragam- se tanto o vinho como os odres. O vinho novo deve ser “em odres novos”, e o suco, quando colocado pela primeira vez nos odres, é chamado de “oinos novo”. Na festa de casamento de Caná, o Senhor Jesus transformou a água em oinos, e este foi elogiado como sendo melhor que o servido anteriormente (João 2: 1- 10).

VINAGRE: O termo vinagre (heb. Homes, gr. Oxos) na Bíblia refere- se ao vinho azedado que era mais barato do que o vinho normal, e assim uma bebida predileta para as camadas mais baixas da sociedade (Rt 2: 14). A profecia em Salmos 69: 21, “Na minha sede me deram a beber vinagre”,  teve um cumprimento no momento do Senhor Jesus na cruz (Mt 27: 48; Mc 15: 36; Lc 23: 36; Jo 19: 28- 30). Os soldados romanos bebiam um vinho fino e azedo que em latim era chamdo de acetum, “vinagre, vinho azedado”.
          Muitos que reconhecem que a Bíblia não proíbe absolutamente o uso do vinho, entretanto, sentem que “a completa abstinência pode ser amplamente defendida com base nos princípios bíblicos, não se trata da “religião” permitir ou não, se a “fé” te condena ou não.
          O apóstolo Paulo nos fala a respeito da bebida de “vinho” que poderia ser uma pedra de tropeço e ordena a abstinência neste particular, como em outros, para evitar dar ocasião de fazer um irmão tropeçar:

“Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça”. (Romanos 4; 21).

         Um cálice de vinho não faz mal? Cerveja caseira sem álcool tem problema? Nosso pastor bebe vinho, não tem nenhum mal nisso, não é? Diante dessas e outras perguntas a Bíblia tem a respostas para nós:

“Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira motivo de tropeço para os fracos”. (1 Coríntios 8: 9).

         Creio que a declaração deste líder foi muito infeliz, não passa de um ébrio espiritual sendo uma pedra de tropeço para os fracos, assim como aqueles que os defendem. Eu prefiro ficar com a Palavra de Deus que nos ensina que, Arão e seus filhos não deveriam beber vinho e nenhuma bebida forte quando ministravam no Tabernáculo (Lv 10: 9). Essa determinação aplicava- se também aos seus descendentes. Através de Isaias, Deus pronunciou a desgraça sobre aqueles que bebiam o dia todo: “Ai dos que se levantam cedo de manhã para correr atrás da bebida, que continuam até alta noite!”. (Isaías 5: 11), e sobre as autoridades que bebiam, porque isto debilitava a sua capacidade de julgamento (Isaías 5: 22- 23). Os sacerdotes e profetas (E muitos que se dizem cristãos):

“Também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham: Os sacerdotes e os profetas erram por causa de bebida forte, e são absorvidos pelo vinho; desencaminham- se por causa da bebida forte, andam errados na visão, e tropeçam no juízo”. (Isaías 28: 7).

        Muitos ministérios estão pobres espiritualmente, servindo de tropeço para muitos, pois, a Bíblia nos diz que a bebida forte trás sofrimento e devassidão (Provérbios 23: 29- 35). Em dias de alcoolismo crescentes precisamos divulgar a mensagem do Senhor:

“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por ele é desviado não é sábio”. (Provérbios 20: 1).

      Creio que se João Batista estivesse aqui ele falaria: “SE BEBER, NÃO DIRIJA UMA IGREJA”, pois, ele não bebia: “... Não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lucas 1: 15). E é exatamente este o conselho que o apostolo Paulo nos deixou:

“E não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei- vos do Espírito”. (Efésios 5: 18).

                                                                                 Pastor: Elias Fortes

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