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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ESCOLA DA VIDA OU DA BÍBLIA?

Às vezes, basta uma pequena tempestade. Não há trovoadas, nem chuvas torrenciais, nem furacões, bastam apenas umas nuvens escuras, um vento mais forte. E as paredes desabam. Podemos aprender com a vida, ou com a Bíblia, a escolha é nossa. A vida como professora, nos da a lição mais dolorosa, pois primeiro ela da à prova e depois a lição. A Bíblia nos da à lição e somente depois, enfrentamos a prova. Falando em prova! Nós Vivemos em dia de extrema violência, basta uma rápida olhadinha nos jornais, para comprovarmos este fato.

O Rio de Janeiro esta sitiado, por traficantes enfrentando a policia, e criando caos para a população, A Coréia do Norte atacando a Coréia do Sul, atentados com bombas no Iraque, tensão na faixa de Gaza e as drogas estão se alastrando em nossas cidades. Olhando para a Bíblia, um crente pode perguntar: “Como é que os crentes do passado enfrentavam essas coisas? Quero enfrentá- las do mesmo jeito. Quero tirar lições dos erros e das vitórias deles, bem como da fé deles”. “Lembrai- vos dos vossos guias, que vos falaram a palavra de Deus e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai- lhes a fé.” (Hebreus 13: 7).
     Temos muitos exemplos de homens e mulheres que enfrentaram grandes provas na Bíblia, mas, gostaria de falar sobre um aluno! Davi. Um homem segundo o coração de Deus. Ele nos deixa grandes lições, Davi via tudo por uma perspectiva histórica, e possuía uma visão mundial, embora não tivesse televisão, internet, jornais, mapas modernos, jatos e revista, ele declara:
“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam cousas vãs? Os reis da terra se levantaram, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri- se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá: Eu, porém constitui o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do Senhor. Ele me disse: Tu és meu filho, eu hoje te gerei. Pede- me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por sua possessão. Com vara de ferro as regerás, e as despedaçarás como um vaso de oleiro.” (Salmos 2: 1- 9).
      No ultimo verso, sabemos que Davi se refere em parte a Jesus Cristo, o Messias. Embora não tivesse a tecnologia que possuímos hoje, ele pode fazer uma avaliação dos povos segundo o relacionamento deles com Deus. Ele nos ensina: “Porque as nações se acham tão tumultuadas? Por que realizam conferência contra Deus e contra o seu Ungido? A nações podem até tramar suas estratégias, imitir ultimatos com relação a Jesus Cristo e seu evangelho, presidentes podem assinar leis que proíbam o evangelho, mas Deus simplesmente se rirá delas”, em resposta Deus fala: “Aqueles ínfimos seres finitos lá em baixo pensam que vão me destruir. Pensam que vão acabar com o Rei. Devem estar brincando; mas não estão. E como não estão, vou pisar neles, vou destroça- los como destroça um vaso de cerâmica atirado contra uma pedra”.
       Hoje em dia as nações continuam revoltadas contra Deus. Estamos sempre lendo noticias de guerra e revoluções no mundo. Mas o cristão que possui uma visão ampla e histórica, uma visão mundial não entra em desespero como os ímpios. Ele sabe o que está por trás de tudo isso. E tem consciência de que Deus também sabe e pode falar como Davi:
“Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai- vos advertir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, e alegrai- vos nele com tremor. Beijai o Filho para que não se irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem- aventurado todos os que nele se refugiam.” (Salmos 2: 10- 12).
       Davi, sabendo como Deus enxergava as nações em guerra, possuía um grande amor por aqueles que não conheciam seu Senhor. E queria que todos viessem a adorar a Deus também. Como cristãos, devemos ter uma visão mundial. Muitas pessoas têm pequenos problemas em suas igrejas, e milhares estão desanimadas, mas se tiverem uma visão histórica e bíblica não cairão em desespero, saberão que Deus esta no controle e nada pode parar o avanço da Igreja de Cristo na terra.
“Lembrar- se- ao do Senhor e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações. Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações. Todos os opulentos da terra hão de comer e adorar, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, até aquele que não pode preservar a própria vida. A posteridade o servirá; falar- se- á do Senhor à geração vindoura. Hão de vir anunciar que foi ele quem o fez.” (Salmos 22: 27- 31).
       Esta é uma importante fórmula de maturidade, nesta lição deixada por Davi; “nos confins da terra”. Nós aprendemos que, Integrar- se seriamente no serviço de Deus pedem a Ele que lhes dê uma visão global, uma perspectiva bíblica, histórica. Aprendemos que ao invés de perder o sono, por presenciarmos nação contra nação e traficantes dominando os morros e as cidades, guerras e mortes e com muitos por que: um deles é: “Quem irá assumir o poder agora?”. Ao invés disso pergunto a mim mesmo: “O que será que Deus está querendo fazer naquele país? Como será que isso afetará o trabalho missionário nessa região?”. E embora possa até nunca vir a conhecer nenhum cidadão desse país, sei que posso orar pela nação. Afinal! Não foram essa as instruções deixadas por Jesus?
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra.” (Atos 1: 8).
      Aquele que quer realmente procurar conhecer a operação de Deus em todo o mundo, não deve contentar- se em levar uma vidinha tranqüila, buscando satisfazer seus anseios pessoais e seus desejos. Terá que ter uma visão mais ampla e um verdadeiro amor pelos perdidos. Davi agiu assim, e isso foi há milhares de anos. “É pastor, eu não sou Davi!”. Você anda com Deus? Você faz grandes orações e tem grandes sonhos? Qualquer um de nós, se estiver andando com Deus como Davi andou, pode ser usado por Ele para abalar grandes nações e ganhá- La para Cristo. Ninguém precisa ser um “super” em alguma coisa. Deus realiza coisas maravilhosas que não conseguimos entender.
      Davi queria ser usado por Deus para conduzir seu povo ao Senhor. E onde foi que Deus o encontrou? Num pasto. Onde Deus te encontrou? Você tem o desejo de que as pessoas conheçam a Cristo? O que preciso ter para Deus me usar? Vejamos a lição deixada por Davi:
“Purifica- me, Senhor; perdoa- me; dá- me um espírito voluntario. Então ensinarei o teu caminho aos transgressores, e os pecadores se converterão a ti.” (Salmos 51: 12- 13).
      Deus pode usar qualquer pessoa que tenha um coração assim. Mesmo que você não tenha tido oportunidade de estudar como gostaria ... E isso seria muito bom... Deus pode usá- lo. Eu mesmo não estudei tudo que eu gostaria ter estudado, mas Deus tem achado por bem usar- me em sua obra. Creio que ele me usa porque eu desejo de todo o coração ser usado por Ele. E ele pode agir da mesma forma com você. Deus pode realizar coisas grandiosas por intermédio de qualquer pessoa que se colocar nas mãos dEle. Seja homem ou mulher, jovem ou idoso. Você já foi matriculado na escola do Espírito Santo? Como diz um pastor muito amado! A primeira lição da Biblia é: O- B- E- D- E- C- E- R.
Pastor: Elias Fortes.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

OS "PERTURBADORES"

Realmente estamos vivendo dentro de um contexto muito conturbado quanto à pregação do Evangelho de Jesus. Não estou embriagado com nomenclaturas distantes da necessária como alguns estão insinuando. Prego a JESUS CRISTO. Portanto seria leviano afirmar que estou exibindo: ideologias, denominações, estrelismo. Nossa base é a Bíblia Sagrada, nosso desejo não é acusar, polemizar ou lançar contendas entre os irmãos. Este blog foi criado para que juntos possamos refletir na Palavra de Deus, mas lamento se ele tem “perturbado” a alguns conformados com este mundo pecaminoso!

... És tu o perturbador de Israel? (1 Reis 18: 17). Essa palavra foi dirigida a Elias pelo rei Acabe. A presença do profeta incomodava o rei , que se distanciara do Senhor e estava em pecado.

Elias lhe responde no poder do Espírito: “... eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai. Deixastes os mandamentos do Senhor, e seguistes os baalins.” (1 Reis 18: 18). A seguir, convoca ousadamente os profetas de Baal, invoca a presença de Deus e recebe a resposta: vê descer fogo dos céus, que consumiu o holocausto, lambendo a até a água!

O extraordinário poder naquela vida e em sua mensagem era algo que realmente “perturbava” os pecadores! È interessante observarmos alguns aspectos da conduta de Elias diante da Palavra e ensino do Senhor, os quais devem servir de inspiração para nós, que desejamos ter a mensagem de poder, aquela que pode “perturbar”, mas produz frutos.

1). Sua prontidão em obedecer ao Senhor (1 Rs 17: 2- 5, 8- 10; 18: 1, 2). Não questionou em ser alimentado por corvos, não questionou em ser sustentado por uma mulher viúva, não questionou em levar a mensagem a Acabe.

2). Desassombro na entrega da mensagem (1 Rs 18: 18, 19). Elias enfrentou Acabe, Jezabel, os falsos profetas e o povo. Às vezes a mensagem é dura. Firmeza e humildade são necessárias para transmiti- La ou recebe- La...

3). Fé e oração (1 Rs 18: 36, 38). O profeta era minoria diante de todos naquele contexto. Mas, com firmeza, invocou a presença do Senhor:

“Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique hoje sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas” (ARA). E veio a resposta: “Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto...”

Elias enfrentou sérios problemas, e até depressão, mas cumpriu sua tarefa e saiu vitorioso. E você pregador tem falado a verdade para a congregação? Você teria a mesma coragem de Natã? “Tu és este homem! Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12: 7, 13).

Quando Davi foi confrontado com a parábola dos dois homens (2 Sm 12: 1- 7), ele não se sentiu no banco dos réus, mas na cadeira do juiz: “ Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso”, disse.

O pecado obscurece a razão, bloqueia a mente. Mas quando o Espírito age através de uma mensagem ou de circunstancias, o coração se quebranta e a luz penetra. Sob o impacto daquela mensagem do profeta enviado pelo Senhor (2 Sm 12: 1), Davi, tendo os olhos abertos, sentindo a extensão da sua culpa, escreve o Salmo 51. Dentro de nossas igrejas, quantos pecados são acobertados, com medo de perder “bons dizimistas”, quantas vidas que não sabem o que é nascer de novo!

Como é tremendamente importante e necessária essa mensagem de poder, mensagem que produz frutos! Mas é bom estarmos preparados: quando a mensagem é autentica e tem poder, ela deverá causar impactos, e mesmo “perturbar”! Às vezes esses impactos são positivos e tranqüilos, como no caso de Natã e Davi. Mas há a hipótese de choques entre a mensagem e o pecado de corações endurecido, e por isso sermos tachados de “perturbadores”, como foi nos caso de Elias e Acabe.

Mas, nós não podemos esquecer que a mensagem deve acontecer exclusivamente pela força do Espírito e não por falta de bom senso, como na história do homem que entrou na procissão, de chapéu na cabeça, para mostrar às pessoas ali presentes que estavam erradas: Levou uma tremenda surra e depois disse que estava sofrendo por amor ao Evangelho. Ta bom!

“Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade”. (Atos 16: 20).

Paulo e Silas foram acusados pelos senhores da jovem que tinha sido possuída por demônio. Eles havia perdido, com a libertação dela, a sua fontes de lucro. Donde veio a força daqueles apóstolos para “perturbarem” uma cidade? Não eram autoridade constituída; não “batiam caixa” diante de si; não mandavam nada... Mas causaram uma revolução na cidade!

Creio que este é, ou deveria ser, o anseio de cada um de nós: ter, para os que passam pelo nosso caminho, uma autêntica mensagem do Senhor que produz frutos. Quando a mensagem reflete o poder de Deus, há o genuíno arrependimento. Infelizmente o que nós temos presenciado na maioria dos casos não é mensagem, mas “massagem”, fala- se muito em dinheiro e muito pouco em Jesus. Quanto ao pecado? Ele agora mudou de nome, “desvio de conduta”. Fica mais fácil vender “patuás ungidos”, óleo de Israel, lenço ungido e cornetas encantadas do que trazer uma verdadeira mensagem do Senhor. Afinal! Você pode ser tachado de “perturbador” da congregação! E a tua fonte de lucro pode acabar não é mesmo?

“Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui”. (Atos 17: 6).

O verbo “transtornar” significa, entre outras coisas, “alterar a ordem ou viver de alguém”. Aquela expressão dos judeus com relação aos dois, Paulo e Silas, revela que alguém se sentia incomodado com o ministério deles. Por quê? Porque o pecado obscurece a razão, bloqueia mente. “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. (2 Coríntios 4: 4).

Não espere “tapinhas” nas costas se você levar uma mensagem autentica de Deus, a mensagem de Estevão é maravilhosa, mas qual foi à reação das pessoas que a receberam? “Ouvindo eles isto, enfureciam- se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.” (Atos 7: 54).

Paulo e Silas alteraram o viver daquelas pessoas, mas os frutos apareceram: “Alguns deles creram e ajuntaram- se com Paulo e Silas, e também grande multidão de gregos devotos, e não poucas mulheres de posição.” (Atos 17: 4).

Em apenas “três sábados” ocorreu esse fato. Quando analisamos o nosso trabalho hoje, ficamos pensando: O adversário tem se sentido incomodado? Tem achado que estamos “perturbando” ou “transtornando” a cidade? Ainda que o adversário não se manifeste, os frutos estão surgindo? Temos uma arma eficiente em nossos dias, a internet, estamos “perturbando” com nossas mensagens, ou estamos brincando de teólogos?

Vamos falar com Deus a respeito de tudo isso e fazer a nossa parte, para que a mensagem proferida, escrita ou vivida “perturbe”, no bom sentido, os que estão acomodados em seus erros e pecados! E que os frutos apareçam!

Pastor: Elias Fortes.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UMA COOPERATIVA DE SUCESSO

Povo cristão pouco se dedica a “Dar e Servir”. Não há outra razão para construirmos igrejas senão proporcionarmos um lugar onde os cristãos se reúnem para adorar, orar, ouvir o Evangelho e servir a Deus e ao próximo. Quando as Igrejas deixam de ser usadas para esse propósito, deveriam ser demolidas, como o são outros edifícios quando nãos servem para mais nada.

Quantas pessoas são ensinadas a depender de suas obras, a receberem muitas bênçãos, tomar posse, exigir, outorgar, é o “evangelho egocêntrico” a todo vapor. A ordem é construir grandes Mausoléus e abrigar milhares de pessoas em busca da sua satisfação pessoal. Deus não deu mandamento especial concernente ao edifício das igrejas, mas emitiu seus mandamentos em referência à nossa alma, suas igrejas reais e peculiares. Paulo diz concernente a elas: “...sois o templo de Deus. [...] Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá”. (1 Corintios 3: 16, 17).

“Há, eu não vejo nada demais em construir lindos prédios para nossas igrejas!” Nem eu! Mas a ira de Deus repousa sobre as suntuosas igrejas, do que em outros edifícios, porque ali são cometidos mais pecados, são ditas mais blasfêmias e é feita mais destruição de almas e de Igrejas do que em bordéis e antros de ladrões. O guarda de um bordel público é menos pecador que o pregador que não entrega o verdadeiro Evangelho, e o bordel não é tão ruim assim como a igreja do falso pregador. Triste não é? Mas, lembre- se que a doutrina do falso pregador não causa nada mais que dia- a- dia desviar e violar almas recém- nascidas no batismo, cristãos jovens, almas tenras, noivas virgens, puras e consagradas a Cristo. Considerando que o mal é feito espiritualmente e não fisicamente, ninguém observa; mas Deus está incomensuravelmente descontente. Em sua ira, Ele clama através dos profetas em termos inconfundíveis: “Tu, meretriz, que convidas todo transeunte!” Deus tolera tão pouco a pregação falsa, que Jeremias em sua oração faz esta reclamação: “Forçam as mulheres em Sião; as virgens, nas cidades de Judá”. (Lamentações 5: 11).
      A virgindade espiritual, a fé cristã, é imensuravelmente superior à pureza física; pois ela sozinha pode ganhar o céu. Infelizmente, muitos “barões da fé”, monopolizaram suas “doutrinas de homens corruptos”, deixando milhares de dependentes, do seu ópio espiritual. O que acabamos de ver, não é uma cooperativa de sucesso, mas um monopólio espiritual praticado por “chefões da fé” sedentos de poder e dinheiro, muito dinheiro, mas não o poder de Deus, e sim, o poder humano. (eles emprestam sua “fé” mediante uma “ofertinha simbólica de cinqüenta reais).
      Mas a Bíblia nos revela o mapa de uma cooperativa de sucesso; Vejamos: “Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pedro 4.10).

“Era um coração e a alma da multidão dos criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuíam era sua própria, mas todas as coisas eram comuns. Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia entre ele necessitados algum. Pois todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo- as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia- se a cada um, segundo a sua necessidade. Então José, chamado pelos apóstolos de Barnabé (que significa Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu- a, trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos”. (Atos 4 .32-37).

Como acabamos de ler, estas duas passagens nos descrevem o verdadeiro modelo de uma “cooperativa” de grande sucesso. Um dos principais obstáculos para vivermos o Evangelho de Jesus em toda a sua plenitude é a tremenda dificuldade que temos de nos desprendermos de nós mesmos e dar um pouco do que temos para Deus e para os outros. Infelizmente, as palavras do Senhor "mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20.35). Continuam sendo uma fronteira desconhecida e inexplorada para a maioria dos cristãos, cujos estreitos horizontes não passam d'além dos seus próprios interesses. Mas, por que dar? Por que servir? Por que dar e servir são tão importantes para o cumprimento da Palavra de Deus em nossa vida? O texto que nós lemos é tremendamente importante para nós entendermos o porquê. Pedro disse que devemos servir uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.
      Podemos chamar de lei do fluxo e refluxo. Vejamos! Esta lei determina que só recebe aquele que exercitou a graça de dar de si mesmo. À medida que nós damos (fluxo), nós recebemos (refluxo). Jesus decodificou essa lei do Pai quando disse: "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também" (Lc 6.38). 
       Vemos a lei do fluxo e do refluxo na viúva de Serepta. Deus disse a Elias: "Dispõe-te, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida." (I Reis 17. 9). Para receber, a viúva de Sarepta primeiro teve que se dispor a dar aquilo que tinha. Por que? Porque esta é uma lei da vida: à medida que damos, recebemos. O fluxo (dar) sempre termina num maravilhoso refluxo (receber) da Graça de Deus em nossas vidas. Dar e servir são tão vitais quanto o não dar e servir são prejudiciais para nós. Ou seja, quem não dá, morre. Quem não dá, torna-se um mar morto - sem saídas, sem vazão, sem trocas, só recebe - por isso é morto. Para não morrer (embora não soubesse disso) aquela viúva teve que dar o pouco de farinha que tinha e o pouco azeite que lhe sobrara. O não dar implicava na própria morte.
       Aqui está a ironia final da vida. Aquilo a que ela atribuía valor fundamental para sua vida seria o que lhe roubaria a vida, caso não se dispusesse a entregar. Dar e servir eram tão vitais quanto o não dar e servir seriam prejudiciais para ela. Talvez esta seja a razão porque existam muitas pessoas que morreram para vida. Nunca deram de si para ninguém. Sofrem da síndrome do mar morto. São lacradas, são sem saídas, são hermeticamente fechadas, só recebem; são cisternas cujas águas estão sempre paradas, nunca se renovam. Vivem depressivas, debaixo de psicotrópicos, tem acesso à tecnologia e ao conforto, mas privou- se de ter vida em abundancia. Simplesmente por que passou a pensar em si mesma. Milhares de lideres espirituais estão mortos, pois só recebem, mas nunca dão, e acham que contruindo grandes igrejas irão ficar impunes.
       Mas nem tudo esta perdido! Eu e você fomos chamados por Deus para essa cooperativa de sucesso. Lembre- se! O retorno é sempre infinitamente maior do que aquilo que nós damos. Aquilo que damos, volta, em uma medida infinitamente maior. O retorno sempre é maior que o investimento: "dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão...".
       Aquela viúva deu um pouco de farinha e azeite. O que ela recebeu? Farinha e azeite? Não! Ela recebeu a vida de seu filho de volta (mais tarde, Elias orou e o filho da viúva ressuscitou). (I Rs 17.17-23). Será que, se ela soubesse antes que Elias iria salvar o seu filho, teria relutado em dar o seu pão para mantê-lo vivo? Claro que não! Ela jamais imaginou que ao dar o seu pão para o sustento do Profeta, ela estava dando na verdade a vida para o seu próprio filho. Jamais imaginou que o ajudando (o que fez com certa má vontade) ela estava na verdade se ajudando.
       Aqui está o problema que nos impede de dar o que temos para Deus e para o próximo. Quando damos, o fazemos achando que estamos sempre ajudando os outros e nunca nós mesmos. Não atinamos para o fato de que ao dar o nosso "pão", não estamos ajudando ninguém, a não ser unicamente nós. Porque o retorno sempre é infinitamente maior do que aquilo que nós investimos. Quando Deus pede para nós darmos alguma coisa (por mais precioso que pareça ser) é porque Ele quer nos dar em troca algo muito maior e mais importante. Existem na igreja pessoas que ainda não desenvolveram a graça de dar de si mesmo para outros e para Deus. Não entenderam ainda que, na contabilidade de Deus, é dando que se recebe, é dividindo que se soma, é deixando escorrer de nós o fluxo da graça de dar, que somos inundados pelos refluxos generosos da graça de viver - o que nos faz pensar que é sempre mais bem-aventurado dar que receber... No texto de Atos 4 percebemos coisas de suma importância para todos nós nos tempos atuais.

O versículo 34 diz: “Não havia, pois, entre eles” ( o que?) necessitado algum.

Versículo 32: “E era um ……” (o que?) coração.

Versículo 32: “…… lhes eram comuns.” (o que?) todas as coisas.

Versículo 33: “davam testemunho ……” (o que?) da ressurreição do Senhor.

Versículo 33: “e em todos eles havia ……” (o que?) abundante graça.

O grupo estava unido por uma visão comum e pelo seu compromisso profundo uns para com os outros nessa cooperativa de sucesso. O compromisso de serem todos os despenseiros da multiforme graça de Deus. É com muita tristeza que temos presenciado certos lideres pedindo dinheiro para construir Igrejas, fazer grande cruzadas, e promover programas que são verdadeiro lixo moral, enquanto muitos membros não têm o que por a mesa para seus filhos.
       Como critãos, temos um compromisso com Deus em devolver o que é dEle. “trazei todos os dízimos a casa do tesouro...” (Ml. 3.10). Jesus tinha essa mesma responsabilidade em relação ao dizimo, e deixou este ensinamento para nós. (Mateus 23: 23). Mas o que nós temos presenciado em nossos dias não é a pregação necessária de dízimos e ofertas e sim o “evangelho da cobiça”: “Contenda de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro”. (1 Timóteo 6: 5). No mesmo programa, eles falam da palavra Deus e vendem os seus produtos e patuás, como o ímpio aceitará esta mensagem?
       Contudo, não devemos ser levados a concluir que é errado construir e aparelhar igrejas. Errado é ir ao extremo de perder a fé e o amor na execução do empreendimento, presumindo com isso que fazer boas obras merece o favor de Deus. Isso resultará em abusos que impedem a moderação. Todo canto e recanto está cheio de Igrejas, independentes do objetivo que temos em construir igrejas. Para que você possa ter um uma compreensão mais exata deste assunto, certa vez ei li sobre:

Uma mulher piedosa, Elizabete, ao entrar certa vez num convento e ver na parede uma excelente pintura retratando os sofrimentos de nosso Senhor, exclamou: “O custo desta pintura deveria ter sido reservado para o alimento do corpo; os sofrimentos de Cristo devem ser pintados no coração”.

Quão violentamente esta declaração religiosa é dirigida contra as coisas em geral consideradas preciosas! “Quem tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, cerrar- lhe o seu coração, como estará nele o amor de Deus?”. (1 João 3: 18). O apostolo Pedro escreveu a igreja de Jerusalém dizendo: “Mas, sobretudo, tendes ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados” (I Pe 4.8).

Onde está a caridade (amor) com o qual deveríamos amar nossos semelhantes? Como então podemos ficar indiferentes ao vermos nossos irmãos que em muitas oportunidades não tem o pão para servir a mesa aos seus filhos e familiares. Quantas vezes há em nossa mesa a sobeja de pão, sobra tanto que na maioria das vezes, quando os animais caseiros não dão conta de comer todas as sobras, nós lançamos no lixo.

Para outros acontece ao contrario! Eles compram, compram, compram, mas, sempre tem falta de alguma coisa. Nunca estão satisfeitos. O dinheiro não preenche o vazio existencial. Esquecem que caixão não tem gaveta e, em cortejo funeral não vai o caminhão de mudança. A Palavra de Deus tem uma resposta muita clara e objetiva para esse fenômeno.

“Semeias muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos farteis; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado”. (Ag 1.6).

       A igreja que você coopera é uma cooperativa de sucesso? Ou um covil de ladrões? Pois à medida que tomamos consciência de que somos Igreja, que professamos a mesma fé em Jesus Cristo; à medida que queremos a mesma fé em Jesus Cristo: à medida que queremos permanecer unidos a Jesus pelo amor fraterno, vamos nos sentindo responsáveis uns pelos outros. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor a igreja aqueles que se haviam de salvar”. (At 2. 42-47).

Deus nos ajude a entender as necessidades uns dos outros e a fazer parte desta cooperativa celestial. Pastor Elias Fortes.